Capítulo único

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Com licença professor Riddle, eu posso entrar? - o moreno de cabelo ondulado me olhou e eu pude ver um leve sorriso em seus lábios cor de rosa. Eu queria muito quebrar os dentes dele.

- Entre Potter. - ele voltou a digitar em seu laptop enquanto eu fechava a porta - Vire a chave. - olhei para ele por cima do meu ombro, fazendo o que ele ordenou. Era impressionante como qualquer palavra que ele falasse, soasse extremamente arrogante - O que quer?

"Quebrar a porra da tua cara!"

- Eu gostaria de conversar, professor. - disse da forma mais amável que eu consegui.

- Estou ouvindo. - ele disse isso sem nem ao menos me olhar.

- Bem... - eu me sentei em frente á sua mesa – Professor, eu acho que talvez o senhor tenha se equivocado. - ele finalmente parou de pressionar as teclas e me olhou. Uma de suas sobrancelhas se arqueou perigosamente.

- Você disse que eu fiz o que? Acho que entendi errado. - admito que pensei seriamente em pedir desculpas e ir embora, mas meu futuro estava em jogo, então...

- Eu disse que, talvez o senhor tenha cometido um equívoco. Então não, o senhor não ouviu errado. - ele fechou o seu laptop com força, me olhando seriamente.

- E segundo você, no que exatamente eu me equivoquei, Sr. Potter?

- Minha nota final.

- Sua nota final? Qual o problema com ela?

- Foi a menor nota da classe, sendo que nós dois sabemos que eu fui muito bem no julgamento.

- Você foi excelente.

- Sim, eu fui-...? - eu parei um pouco - O senhor sabe que eu fui?

- Sim, eu sei.

- Então pode, por favor, me explicar a minha nota, professor?

- Você foi bom, eu admito isso, mas você cometeu um erro que nenhum advogado deve cometer. Você se deixou levar pelos sentimentos.

- Eu não me deixei levar, fui super competente! O senhor mesmo acabou de dizer que eu fui excelente. - eu não estava entendendo nada.

- Sim, mas se fosse um julgamento de verdade seria patético tanto sentimentalismo.

- Não foi sentimentalismo. Fred era inocente e eu acertei em todos os meus argumentos.

- Você cometeu erros. Em primeiro lugar, você deveria estar no grupo de advogados de Malfoy.

- Mas ele era culpado!

- Não interessa. Ele era o seu cliente, o seu dever como profissional era defendê-lo.

- E minha ética pessoal, como é que ela fica?

- Se você escolheu cursar direito já devia saber que sua ética pessoal não se sustenta em um tribunal, onde tudo deve ser feito em pró do seu cliente. Não importa o que seja.

- Eu tenho escrúpulos, professor. Mas se o senhor não tem, já não é problema meu. - me levantei, pegando minha mochila – que tinha deixado ao lado da cadeira, e andei em direção á porta.

- O santo Potter, o inocente. - seu tom de voz debochado foi a gota d'água que fez o copo transbordar.

- Eu não sou santo e muito menos inocente! Mas, se eu acredito na inocência de alguém, eu luto por isso!

 

Harry Off/Tom On


Ver sua expressão de ira foi realmente um deleite. Ele não tinha noção do quanto ele era adorável.

Ŏ̈ P̆̈r̆̈ŏ̈b̆̈l̆̈ĕ̈m̆̈ă̈ Ĕ̈ S̆̈ĕ̈ŭ̈ C̆̈ă̈r̆̈ă̈t̆̈ĕ̈r̆̈✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora