2. Incontro con un quasi nemico.

38.4K 3.9K 34.2K
                                    

Conhecendo um quase inimigo.

#CaveSuaCova

Nós éramos jovens quando eu te vi pela primeira vez.

O sol nascia quando Daniel deixou seus aposentos reais, rumo ao estabulo.

De pé tão cedo, o príncipe trajou-se confortavelmente, eliminando quaisquer possibilidades de usufruir da farda real. A peça de cor creme, juntamente a calça marrom ganharam a atenção do rapaz. Sentia-se sufocado pela vestimenta requintada da família real.

Cogitou, momentaneamente, que durante a missão não teria de ficar tão apresentável, aquilo certamente o animava.

— Ei, garoto, como vai, hm? — Questionou, em baixo tom, erguendo a destra para tocar a pelugem do cavalo bem treinado. Carinhosamente apelidado por danado, o animal aproveitou do carinho por parte de Sua Alteza. — Vamos lá, preciso de sua ajuda. Daremos um passeio. !

Moveu-se, montando no cavalo, puxou a rédea ao que, bravamente, cavalgou para fora do estabulo. O príncipe herdeiro ao trono ultrapassou os portões de ferro do grande castelo, recebendo assobios dos guardas reais. Não é aconselhável que um sangue nobre esteja em ausência de sua guarda, mas o Mancini não dava a mínima para sua segurança.

Fora criado solto e liberto, embora houvesse um limite imposto por sua progenitora. Quando se mudou para o castelo, passou a viver trancafiado, no entanto, era inteligente o suficiente para escapar das garras do reino quando bem entendia e queria.

Nada o parava, e era por isso que Daniel, neste momento, corria em seu cavalo em direção a Vila Agitada, ansiava por uma despedida de sua mãe, afinal, horas mais tarde deixaria o reino em missão. Os conselhos de Aerum sempre lhe surtiam efeito, Daniel sempre fora um bom filho, teve uma excelente educação, o melhor dos cuidados e soube apreciar isso conforme crescia.

A poeira cantava enquanto a ferradura na pata do animal batia contra o chão, ágil e feroz, familiarizado ao percurso que, sempre que possível, era feito por seu dono. O campo aberto recebeu ambos, a montaria fora muito bem feita pelo príncipe, o animal vagava velozmente pela grama fresca, o vento surrava o rosto de Daniel, mas seus olhos encaravam fixamente o percurso que era tingido a cada passo do cavalo.

Havia algumas placas na entrada da vila de poucos habitantes. O príncipe apreciava o local, guardava boas lembranças do tempo em que passou morando nela. Seus dias que eram gastos em ver a mãe tecer roupas, as mais belas do reino. Juan Carlos lhe garantiu uma boa estadia financeira, contudo, a coreana permanecia firme em conquistar seu próprio dinheiro.

O falecido rei deixou tudo tão bem arquitetado para Aerum e a chegada de seu neto. O sentimento entre ambos era puro, certamente transcendeu em outras existências.

Daniel coordenou o cavalo, soltando murmúrios ao acalmar o animal, saltou dele e o puxou, levou-o até o pasto e deixou que se alimentasse enquanto estivesse ausente.

O príncipe ajeitou a roupa e marchou em direção à casa de sua progenitora, ajustava a manga do pano largo em seu torso conforme repassava em sua mente o que teria de fazer ao mais tardar. Continua descrente de sua partida em busca da captura dos rebeldes fajutos, presumia que, neste momento, o rei mandá-lo numa missão como esta não era a escolha, muito menos solução mais viável. No entanto, não recorreria, estava decidido a enfrentar o desafio.

Renderia a si bons frutos.

— Mamma? — Chamou, interrompendo os passos na entrada da pequena casa, rente a porta.

Certificou-se de olhar para os lados, numa procura silenciosa e até mesmo numa garantia de que os guardas não o seguiram, como já ocorrera outras vezes.

PRÍNCIPE DO CORAÇÃO PARTIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora