O coração é como cofre.
Um pequeno, grande cofre de ferro,
Impenetrável;
Trancados ali, sua cálida emoção,
Seus sentimentos asfixiados e seus segredos indecifráveis.
No seu singelo rosto, nem de longe transparece as marcas da dor que sequestrou seu animo.
A vida lhe fez atriz!
Apenas quem entende a linguagem das lágrimas
Por sinal, sempre represadas,
Enxerga nos seus úmidos olhos
As mazelas escondidas em suas periferias.
É feita de excessos e emoções flutuantes,
Mantém-se como equilibrista
Banbeando na corda das suas emoções
Vivendo das coisas que perturbam sua existência
Mas, que dá sentido a ela.
No seu mundo vazio de cores e amores
Só tem de seu, porões habitados por fantasmas,
Que se multiplicam e se alimentam de suas tempestades
E delas, só resta os ventos e o caos
Que destroem sua altoestima líquida
Que lhe roubam tudo, nem sua companhia lhe sobra,
Apenas o medo.
Um medo maior do que imaginam
Muito maior do que ela diz.
Acostumou-se a viver encarcerada na própria alma
Seu silencio á algema
Escondida de si mesma
Mas, existe a vontade de se encontrar.
Só não sabe onde começar a procura
De certo não sabe
Que ela é sua própria prisão
E que a chave está em suas pequenas
Mãos.
Mãos que escrevem os belos versos
que lhe dá a vida algum sentido,
E que talvez estes, sejam a chave pra sua liberdade.
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Alma oceano, A Profundidade De Mim.
PoetryEu sou como ondas do mar que mesmo se quebrando sobre a rocha, recomeçam, Ainda que seja pra se destruir novamente.