A profundidade de mim

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Sou mar
Sou um mar de aguas profundas e escuras
Ofereço a profundidade necessária pra mergulhar sem se machucar
Profunda!
Um mar, vezes calmo.
Outras, tempestivo
Alguns não conseguem mensurar a dimensão dessa profundidade
Isso paralisa
Dá medo
Medo de se afogar
Pessoas não sabem nadar
Mergulhar na alma de alguém
Restringem-se a agua no pescoço
A zona de conforto
Ao mesmo tempo em que se permitem
Limitam-se
Seria tão mais interessante se de fato aprendessem a nadar
Mergulhar
Ir fundo
E se afogar de vez em quando
Desvendar os mistérios
Infelizmente, pessoas são movidas pelo medo.
Umas molham os pés
Outras até se arriscam
Mas eu sou mar
Convido-te a nadar
Mergulhar
Afogar-se em mim
Coragem!

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 A vida que acontece dentro de mim é um presente.
Eu me apaixono todos os dias, por coisas, pessoas, afetos, lugares, cheiro, abraços..
Eu sou um ser que ama!
Amo os olhares que dizem..
Os abraços que são abrigos..
Eu sou uma mulher gigante!
Que explode, constantemente, em amor e fúria.
E compreende as mazelas alheias,
Se doa sem pedir nada em troca.
Eu choro as lágrima alheias
E sinto as dores que não me pertecem.
Talvez eu seja vulnerável..
Mais eu só sei ser assim.
Tudo me atinge feito raio,
Eu tenho consciência de alma,
Eu entendo se solidão,
Lacunas vazias,
É dos silêncios dos dias cinzas.
Eu não sei não sentir, eu só sinto!
Eu tenho um coração que pulsa por mim, pelos outros.
E talvez eu seja coração de mais, e demasiadamente humana, mais é só assim que eu sei existir..

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Era como tocar o que não existia.
Sentia-me escapar por entre meus dedos no resquício do feriado que partia.
Anoitecia, de repente, escuridão.
A dor apertava-me contra as paredes do quarto e o cheiro de angústia era sufocante,
Eu então Anoitecia antes da hora.
Sentia o peso das ausências
E das horas perdidas em acúmulos.
Eu era extensão do não ser,
Queria ser livremente forte, mas sou torpe diante da covardia que me prende às necessidades.
Eu sou filha das urgências,
Eu sangro e o ter é curativo.
Eu anoiteco e o ter é nascer do sol.

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Afogamentos

Me afogo diariamente no meu caos
Estou submersa em águas revoltas
Desfrutando das tempestades
É das marés do ser e do estar
Eu sou Rio, as vezes,
Rio de fluidez calma
Que corre devagar,
Mas constantemente sou mar revolto
E me afogo nas minhas próprias águas

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Ondas extremas

Minhas ondas desaguam feroz
nas fendas das rochas e
me ferem.
Minhas perturbações oscilantes dominam,
Me lançam cada vez mais forte sobre elas
Minhas águas de ressaca se quebram
Inteiras na pedra.
Mas se refazem.
Eu sou como ondas do mar
que mesmo quebrando sobre a rocha,
recomeçam,
Ainda que seja pra se destruir novamente

Alma oceano, A Profundidade De Mim.Onde histórias criam vida. Descubra agora