Não era para ser você

Capítulo 7

"Oi filho, agora vejo que ir a casa da Dona Mary talvez foi a melhor decisão que tomei"

Entrei na casa da Dona Mary com um sentimento de culpa. Nenhuma filha pode fazer isso com uma mãe, o pânico tomou conta de mim. Olhei para todos cantos parecia que na casa não tinha mas ninguém.

_Toma!- disse ela- são as coisas para o teu banho.- O banheiro fica no primeiro andar a terceira porta a esquerda.

_ Obrigada!

Tomei um belo banho demorado até a minha pele ficar enrugada, pois só ficava a pensar no maldito almoço. Dira que me perdoe mas não posso aceitar essa condição. Tenho que tomar o meu rumo na vida. Depois do banho, fui tomar uma sopa que a Dona Mary preparou para mim, claro sob o olhar curioso dela e logo fiz questão de lavar a loiça.

_ Agora me conta o que se passou contigo!

Contei tudo não escondi nenhum detalhei e ela me olhou com atenção, reflectindo no que eu falava.

_ O teu pai não fez por mal- não acredito que ela disse isso- tu sabes o quão difícil é casar com a tua idade aqui. E não só ele quer o teu bem.

_ Não que nada é um egoísta e narcisista que só pensa no mundo dele.

_ Sabe! Ele foi a única pessoa a mim dar a mão no momento mas difícil da minha vida.

_ Claro tu és a amante dele.

_ Não sou e nunca fui.

_ O que?

_ Deixa eu te contar o que aconteceu.

Flashback on

_ Carrie! Sabes que tenho que ir. Os teus pais fizeram muito por mim. Tenho que ajudar os outros.- Disse arrumado as minhas roupas na minha mala.

_ Mas podes ser professora aqui. Não na India. O meu pai pode arranjar melhor escola para lecionares- ela fechou a porta do quarto e aproximou se de mim- não me abandona.

_Não estou só estou a seguir o meu caminho pode me visitar quantas vezes quiseres. Agora me dá um abraço.

Não foi fácil deixar a Carrie no castelo dela. Nem permitiu que o motorista dela me levasse ao aeroporto se não fosse o seu irmão, Charles não sei o que seria de mim.

Já faz duas semanas que estou em Bangalore uma cidade linda com prédios modernos a emergir lentamente mas com grandes problemas socias, não dá para ignorar a pobreza por trás dos grandes prédios. Porem é lugar lindo como muitos lagos e jardins, dai que não é atoa que chamam a cidade dos jardins. Tenho que admitir esta nova fase da minha vida está rechiado de mistério, sinto na minha alma um desejo exótico talvez seja pelo facto de toda hora eu não parar de comer comidas picantes que provocando uma explosão de sensações não só no paladar mas na mente também.

TOC,TOC,TOC!

Abro a porta e me suprindo com que vejo, a cabeleira loira que eu tanto amo. Fico estática pois não acredito que ela veio aqui.

_ O que fazes aqui Carrie?- disse com um sorriso no rosto.

_ É assim que recebes a tua melhor amiga que atravessou os milhares de quilómetros, teve que apanhar um comboio imundo e um riquixá que deixou ela toda descabelada.- Nem espero por ato meu logo me abraçou. Parece que faz mil anos que não nos vemos as saudades são tao intensas.

_ Obrigada meu amor por vires cá. Acho que não tens noção de que não existe Mary sem Carrie.

_ E não existe Carrie sem Mary.