Seoul, 7am
Já estava claro quando o despertador tocou e fez com que o loiro acordasse de sua maravilhosa noite. Apesar do frio que se fazia presente do outro lado da suntuosa janela de seu apartamento, o garoto estava perfeitamente aconchegado em suas cobertas branco cetim e seu travesseiro bordado à mão. O cheiro de café quente e croissants recém preparados invadia o ambiente e o forçava a levantar e checar se estava delirando ou o café da manhã realmente se encontrava servido. Vestiu-se com seu robe azul bebê (vide sua cor preferida) e desceu as escadas até a sala principal.
-Bom dia, senhor! - disse Seungmin com as mãos ocupadas com bandejas e jarras de suco.
- Bom dia Minnie! - disse o garoto sonolento - Qual o motivo de tanta preparação? - questionou encarando a gigantesca mesa preenchida por talheres de ouro, taças de cristal e a porcelana chinesa que os sócios da empresa de seu pai haviam lhe presenteado em sua mudança.
- Não ficou sabendo? Seus pais estão à caminho e pretendem conversar contigo. - Disse o garoto mais baixo dando de ombros, como se aquele evento fosse como outro qualquer. - Inclusive, eles já devem estar muito próximos.
Sentiu-se nauseado e resolveu sentar-se para se recompor. Uma visita repentina de seus pais era tudo o que o garoto não precisava hoje. Possuía planos para o dia e não estava disposto à abrir mão destes por uma reunião que mais parecia ser de negócios do que familiar. Levantou-se da poltrona, agradeceu o copo de água que Seungmin havia trazido para si nesse intervalo de tempo e subiu as escadas de mármore branco em direção à seu quarto, a fim de se trocar e encerrar aquela palhaçada o mais rápido possível.
Antes que percebesse, já era possível ouvir as risadas esganiçadas de sua mãe e a voz grossa de seu pai, conversando com Seungmin que parecia extremamente desconfortável com a situação. Logo desceu as escadas pois o pobre garoto não merecia aturá-los (honestamente, ele se questionava todos os dias o que havia feito para ser obrigado a aturar seus pais) e limpou a garganta, a fim de anunciar sua presença.
Em poucos minutos, os três encontravam-se sentados na mesa de jantar em silêncio. Não que a situação fosse estranha, o loiro preferia muito mais o silêncio mortal do ambiente do que as conversas fiadas que sempre tinham em seus cafés. O homem mais velho logo começou seu discurso, colocando os aperitivos franceses recém preparados por Kim de lado e encarando sua taça de vinho.
- Bom, serei o mais breve o possível. Discutimos com nossos sócios e decidimos adiantar o casamento. A situação financeira de ambas as empresas se encontra instável e quanto antes pudermos unificá-las, melhor. - Em uma tragada só, continuou - Não há espaço para protestos e discussões, essa decisão já foi tomada e não iremos voltar atrás. Chittaphon já foi avisado da situação e logo mais estará de volta em Seoul para começarmos os preparativos da cerimônia.
Quando o pai se calou, o silêncio mais uma vez fez-se presente e ninguém ousou proferir uma palavra até o final da refeição e a despedida. O olhar do loiro estava vazio e isso era claro, mas preferiu calar-se mais uma vez e assim que a porta de madeira escura se fechou e se encontrava sozinho na residência, permitiu-se chorar como uma criança, soluçando e perdendo o fôlego.
Lee chorava de desespero.
Lee chorava de tristeza.
Lee Taeyong chorava atônito encarando o teto de gesso de seu apartamento e se perguntando o que haveria acontecido há cinco anos para se encontrar nessa situação.
Confesso que fiquei meio decepcionada com como esse capítulo ficou, mas ele é importante pro desenrolar da história. Prometo que amanhã tem mais e estou determinada a terminar essa fanfic!
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last song - jjh + lty
FanfictionOnde taeyong fora abandonado no altar sem nenhuma explicação ou onde jaehyun é forçado a deixar o amor de sua vida. Será o destino maléfico ao ponto de os cruzar como músico e futuro noivo?