3. No dia seguinte..

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Cheguei no hospital por volta das 02:00 da manhã.. e já eram quase 16:00 da tarde e eu nem almoçado tinha.. do jeito que cheguei da festa fiquei..
Os pacientes chegavam muito rápido, nós estávamos lotados e não tinha tempo o suficiente pra almoçar.

Meredith estava tentando achar companheiros para dividir sua casa.. ela distribuiu panfletos pelo hospital inteiro.
Ela entrevistou várias pessoas, mais nenhuma deu certo.

- Meredith, porque você não divide a casa com George e Izzie? Eles estão tentando alugar um lugar pra ficar.. -perguntei.
- Tá doida? A gente tem que se ver no hospital e ainda por cima morar junto? Não.. nem pensar!

Nós rimos.

Passou o dia e George e Izzie começaram a encher o saco dela querendo que ela dividisse a casa com eles. Já que estavam procurando.

Quando começou a escurecer, chegou um paciente de 72 anos, ele foi admitido para o controle analgésico de disquinésia, ou seja, ele estava com dor intensa na espinha.
- Izzie, quais são os tratamentos recomendados? -Dr. Shepherd perguntou.
- Para Parkinson? -ela questionou
- Não, para dor na espinha.

Ela abriu um caderninho e foi tentar procurar.

- Cateter interespinhal. Para que a medicação seja constante. -respondi.
- Muito bem, Dra. Stranger... ela vai te preparar para a cirurgia e assistir. -disse ao paciente

Enquanto eu estava preparando os exames para a cirurgia do meu paciente, Bailey chamou todos nós para um paciente diferente.

- Dra. Bailey, estou com o Dr. Shepherd hoje.
- Você vai querer entrar pra ver isso, Dra. Stranger

Realmente, eu tive que ver para crer..
Annie Conors tinha 43 anos e estava com a respiração curta e progressiva fazia 3 meses. E foi descoberto um tumor gigante que estava pressionando o diafragma. Ele pesava cerca de 10 kg
Ela estava indo para a tomografia com a Izzie, mais ela pediu para Karev levar ela. Coitada, mal sabia que ele já havia dado risada dela pelo tamanho do tumor que ela tinha.

Alex Karev era um interno como nós, adorava humilhar as enfermeiras, fazendo elas empregada dele. Sim, ele é nojento. E malvado..
Não é atoa que apelidamos ele de Semente do Mal.

Voltei para o quarto do paciente que eu iria assistir a cirurgia e tirei algumas amostras de sangue, saindo sua filha me parou e disse:
- Dra. Stranger? Você poderia conversar com meu pai?
- Sobre o que?
- A cirurgia no cérebro, eu li na internet a respeito disso. E o Dr. Shepherd também comentou...
- O seu pai negou a opção cirurgia cerebral.. Me desculpa, mais não podemos fazê-lo mudar de opinião..
- Sabe, Dra... eu me caso dentro de um mês, eu não queria ter que entrar no meu casamento segurando no braço do meu tio. Meu pai está vivo, eu quero que ele entre comigo.

Eu observei ela falando isso, senti pena dela quando estava me contando.. Assim que ela terminou, sorri.

- Vai dar tudo certo....        -e fui falar com Dr. Shepherd...

-Dr. Shepherd, o paciente é candidato à cirurgia cerebral?
- Sim, mais ele não está interessado.
- Eu sei, mais acho que vale a pena falar com ele novamente, encoraja-lo.
- Estamos falando de cirurgia cerebral feita com o paciente acordado, com risco de paralisia ou morte.
O paciente já disse que não quer, não posso empurrá-lo para a cirurgia.
- Tudo bem, Derek.        -chegou Meredith

Eu percebi que ele estava cansado também, então não liguei para essa bronca que ele havia me dado.

Ele saiu andando e deixou eu e Meredith ali falando sozinhas.

- Você e Dr. Shepherd?        -Eu ri enquanto estávamos andando.
- Cala boca, Lizzie.

Finalmente fomos almoçar, quase 17:00 e fomos até a lanchonete.
Sentamos em uma mesa, Meredith, eu, Cristina, Izzie, George e Alex.

George percebeu que Meredith estava cansada e propôs:
- Talvez hoje a noite quem sabe.. Se você beber quem sabe, poderíamos, nós todos, quero dizer, sair e beber... álcool, por causa do dia ruim..

Nosso bipe tocou, Meredith simplesmente sorriu e saiu..
- Isso foi péssimo.          -Alex falou
- Cala boca.

Eu ri e fui atrás da Meredith.

Cheguei na sala, Dr. Shepherd já estava lá consultando o paciente e perguntou se ele queria fazer a cirurgia cerebral..
o paciente negou mais uma vez, não havia mais o que eu fazer... ele não queria.

Saímos da Sala.
- Viu, Dra. Stranger, o paciente não quer a cirurgia cerebral.       -Shepherd completou.

Eu voltei na sala e conversei com o paciente, expliquei a ele que poderia dar certo a cirurgia. Expliquei as razões para ele fazer.

O paciente finalmente concordou.
Fui até Dr. Shepherd , e falei que o paciente havia concordado.

A cirurgia começou, o paciente já estava preparado e pergunta.
- Onde está a morena bonita?
- Estou aqui, não pode me ver?       -respondi
- Eu estou tremendo, mais não estou cego.
- Então eu vou ficar aqui, onde consiga me ver.
- Você consegue ver meu cérebro daí? Você deveria estar aprendendo algo..            -ele retrucou.
- Eu vou ficar bem aqui.        -dei as mãos para o paciente.

Dr. Shepherd ia começar a furar, quando ele diz:
- Ok, vamos iniciar a cirurgia. Respire fundo e concentre-se na moça bonita.
O som da broca vai dar medo, mais tente relaxar. Não deve sentir nada.

Acabou a cirurgia, depois de muito tempo.
O paciente estava estável e parou a tremedeira, foi um completo sucesso.

- Muito bem, Dra. Stranger, provou mais uma vez o seu caráter. Se continuar assim, vai ser melhor que seu pai.

Eu sorri, em forma de agradecimento.

- Vá descansar, você merece.

Fui para minha casa descansar depois de horas e horas cansativas de trabalho.
Cheguei, meu pai estava com visita..

- Pai, já cheguei.        -beijei ele como de costume.
- Estamos com visitas, Lizzie.       -apontou para o sofá.
- Oi, Steve! Oi, Tony! Como vai?
- Como foi o dia, Lizzie?        -tony questionou.
- Cansativo, mais foi bem!     
- Sabia, que ela participou de uma cirurgia cerebral, com o paciente acordado?        -meu pai falou orgulhoso.

Eles ficaram felizes por mim.

- Você precisa ser mais discreto pai, se não vão acabar te descobrindo.   
- Porque?        -ele questionou.
- Eu te vi na cirurgia hoje, atrás do Dr. Shepherd...
- Como?       -perguntou confuso.
- Não sei, só sei que te vi.
- Não era pra você me ver...

Eu sorri, cansada.

- Me desculpem, mais preciso ir dormir. Já fazem mais de 24 horas que não durmo.

E fui para o meu quarto.
O dia seguinte eu estava de folga, então podia dormir até mais tarde... ou não.

A filha do Dr. EstranhoOnde histórias criam vida. Descubra agora