The dinner

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Yale Laboratory, 8:40 am

Blair

Era quinta-feira, e todas as quintas, nós tínhamos aulas experimentais práticas no laboratório. Era um trabalho em dupla, e infelizmente a minha dupla era a Serena. Nós ficávamos o tempo todo caladas. Desde o dia em que eu a fiz chorar, ela não trocava uma palavra comigo, o que geralmente seria bom, mas ver a Serena em silêncio era a coisa mais estranha do mundo.

— Será que nós podemos conversar? — Eu disse ao final da aula, enquanto tirava o jaleco que haviam nos dado.

— Sobre o quê? — Ela perguntou sem olhar nos meus olhos e sem demonstrar nenhuma expressão.

— Eu queria te pedir desculpas por te envergonhar na frente de todos aquele dia. — Eu disse séria, nem acreditava que eu estava dizendo aquilo. — Você tem uma parcela de culpa, mas... a minha é maior.

— Eu só estava querendo te ajudar, Blair. — Ela finalmente olhou nos meus olhos.

— Eu não preciso da sua ajuda, S. — Usei o apelido que ela me chamava. No meu caso, era B. — Só quero que aceite as minhas desculpas e que fiquemos bem. — Sério, o que eu me tornei? — O Nate ama você, e por mais que você possa ser insuportável às vezes, eu quero que o meu irmão saiba que eu me importo com ele. E se gostar de você, vai fazer ele feliz... eu posso tentar. — Eu disse e vi um pequeno sorriso se formar na boca dela.

Eu e o Nate estávamos brigando muito, e ele era a única pessoa da minha família que se importava de verdade comigo. Eu não podia perdê-lo.

— Desculpas aceitas, B. — Ela deu um meio sorriso. — Eu também queria te pedir desculpas por ter contado ao Chuck sobre a sua história com o Carter. — Eu assenti. — É que... eu sempre achei que o que a sua família obriga você e o Nate a fazerem é muito injusto. Vocês merecem ser felizes fazendo o que quiserem da vida! Fazendo o que eles querem, vocês jamais poderão ser felizes de verdade! — Ela disse com os olhos marejados e eu abaixei a cabeça, infelizmente tudo aquilo era verdade.

— Eu sei que é injusto, Serena. — Levantei minha cabeça e uma lágrima desceu pelo meu rosto. — Mas eu amo a minha família. Eu preciso fazer isso por eles. E sim, isso significa abrir mão de muitas coisas. — Olhei para Chuck, que estava concentrado em finalizar seu trabalho, e sorri.

— Gosta dele, não é? — Serena disse olhando para Chuck também.

— Eu não posso gostar. — Eu disse e sorri triste para Serena, saindo do laboratório.

*

Chuck & Blair's Dorm (Dormitório de Chuck e Blair), 10:10 am

Blair entrou em seu dormitório e suspirou ao ver que Chuck não estava lá. Ela só não sabia se foi um suspiro de alívio ou de tristeza. Fechou a porta atrás de si e estranhou ao ver um enorme arranjo de Peônias em cima de sua penteadeira. Aproximou-se mais, e notou que havia um cartão, o ergueu e começou a ler.

Querida Blair,

Estamos muito felizes por você estar gostando de Yale, mandamos esse belo arranjo de suas flores preferidas para você dar um toque decorativo especial em seu dormitório. Também gostaríamos que viesse jantar conosco amanhã à noite, os pais de Carter estarão aqui e disseram que têm algo especial para fazer. Esperamos muito que venha.
                   Beijinhos, Eleanor e Harold.

Blair

Suspirei ao ler o cartão. Eu não gostava nada da presença dos pais do Carter, e por mais carinhoso que o cartão dos meus pais parecia, eu sabia que era obrigada a ir.

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