That's right.

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Blair

As últimas semanas foram uma verdadeira tortura para mim. Eu não sabia o que fazer, o que dizer, ou até mesmo o que sentir. Ficar ao lado de Chuck era tão doloroso quanto não ficar. Eu me adaptei a minha nova realidade, a mesma realidade que eu vivia antes de conhecê-lo, só que pior. Não estava sendo nada fácil, a única coisa que me ajudou foi a terapia que eu comecei a fazer para os meus ataques de pânico da adolescência não voltarem. Naomi Geller era uma terapeuta maravilhosa, e as sessões semanais que eu estava tendo com ela estavam me ajudando a ultrapassar essa fase complicada da minha vida. Tudo estava ainda mais difícil, minha vida pessoal, amorosa e até mesmo universitária. Sim, minhas notas haviam caído muito e isso estava me matando por dentro. Eu me limitava a falar com as pessoas o que estava acontecendo comigo, a única com quem eu me abria era a doutora Geller. Eu precisei ainda mais de terapia quando vi Chuck e Raina juntos, era bom ver ele feliz mas eu estaria mentindo se dissesse que aquilo não me machucava. Outra coisa terrível aconteceu nessas últimas semanas, algo que eu jamais vou me perdoar por ter feito. Eu jurei a mim mesma nunca fazer isso e eu quebrei o meu próprio juramento.

— Não acredito que você fez isso, Blair. — Doutora Geller me olhou decepcionada e eu não pude conter minhas lágrimas. — Você prometeu a si mesma que nunca deixaria o Carter ter esse tipo de intimidade com você!

— Eu sei! — Eu disse em meio aos soluços. — Eu só não sei porque eu fiz isso! — Abaixei a cabeça.

— Tudo bem, querida, se acalme! — Ela gesticulou com as mãos e eu a encarei. — Você é uma mulher jovem que acabou de descobrir sua vida sexual, não pode se culpar pelos seus atos!

— Eu posso sim, doutora! Eu sou uma idiota que transou com ele só porque me senti mal ao ver o Chuck e a Raina juntos! — Exclamei.

— Ah... já entendi. Transou com o Carter por vingança.

— Não exatamente. — Eu disse com uma cara confusa.

— Foi sim, Blair, você acabou de dizer. Eu sei o quanto dói ver o amor da sua vida ser feliz ao lado de outra pessoa.

— Chuck não é o amor da minha vida. — Eu disse cruzando os braços como uma garota mimada.

— Eu já te disse que é proibido mentir na terapia. — Ela disse rindo e eu rolei os olhos. — Blair, esse rapaz foi capaz de mudar a sua vida inteira em três meses, ele tirou a sua virgindade, te deu o seu primeiro prazer, é claro que ele significa muito para você! E se você diz que o ama, não tem como eu não acreditar. — Suspirei. — Agora, eu só acho que você deveria ter dado a ele a chance de se explicar.

— Ele já se explicou, doutora. O suficiente.

— Não, Blair. Caras como o Chuck, - que segundo você, é bonito, charmoso, todas as mulheres fazem fila para passar uma noite com ele - têm medo de um relacionamento sério. Eles estão acostumados com essa vida de todo dia uma mulher diferente. E o Chuck, ele... teve a sorte de encontrar você! Provavelmente a primeira mulher que o amou de verdade! A relação de vocês foi muito rápida, e eu sei que o seu amor por ele é real. Mas, se você desse a ele a chance de se explicar, talvez veria que ele também te ama.

— Isso tudo é verdade, doutora. Mas o Chuck não me ama, ele mesmo fez questão de deixar isso claro.

— Blair, isso se chama medo! Só converse com ele novamente. Dessa vez, o ouvindo. — Ela disse e eu assenti. — Ótimo. Acho que podemos encerrar por aqui. Continue tomando os antidepressivos, e lembre-se: sempre que tiver um ataque de pânico, respire fundo, peça ajuda e qualquer coisa pode me ligar. Okay? — Assenti novamente. — E quanto ao Carter... seja paciente. E não tenha nenhuma relação com ele por vingança. Apenas se realmente tiver vontade.

Chuck e Blair's Dorm, 4:45 pm

Chuck

Estava "trabalhando" em meu notebook, e me assustei ao ouvir Blair entrar.

— Oi. — Eu disse sem tirar os olhos da tela.

— Oi. — Ela respondeu baixo. — Podemos conversar um minutinho? — Perguntou se sentando e eu assenti, fechando a tela do notebook e me virando para ela. — Eu sei que... eu fui uma idiota nas últimas semanas. E... eu também sei que eu deveria ter te dado mais tempo e mais espaço para digerir tudo que eu te disse. — Assenti levemente. — Hoje, minha terapeuta disse que eu tenho que te ouvir.

— Blair, eu...

— Espera! Eu sei que você não tem nada a dizer. — Suspirei. — E é por isso que eu vou ignorar completamente o que ela disse. Não diz nada enquanto eu estiver falando, por favor. — Ela disse e eu apenas assenti. — Primeiramente... me desculpa... por tudo. Eu fui idiota, egoísta, e não te dei o espaço que você precisava. — Senti meus olhos marejarem. — Antes de mais nada, eu queria dizer que eu estou sendo completamente sincera em tudo que estou dizendo. Eu fiquei muito feliz ao ver você e a Raina juntos, mas... também me destruiu por dentro. E eu sei que eu não tenho direito nenhum de me sentir assim já que não existe nada entre nós e que eu estou com o Carter. Não que eu não estivesse antes. Mas o que eu quero dizer é que, mesmo que você não se importe ou não queira, não vai rolar mais nada entre nós. Primeiro, porque você está com a Raina, e segundo... porque é o certo. — Respirei fundo e tampei meus olhos com as mãos, tentando secar as lágrimas. — Eu também queria te dizer que eu não deixei de te amar, Chuck. E provavelmente... nunca vou deixar. Mesmo que não seja recíproco... você foi o cara que conseguiu mudar a minha vida, e eu sou muito grata a você por isso, porque... nunca fui tão feliz como quando conheci você. — Ela se levantou e eu fiz o mesmo, pigarreando para tentar me recompor. — Obrigada mais uma vez, Chuck Bass. Eu nunca vou esquecer cada momento que passei ao seu lado até agora.

Segurei sua face com minhas duas mãos e me inclinei para beijá-la, mas abaixei a cabeça antes de fazê-lo.

— Me desculpa por tudo, Blair. — Beijei sua testa e ela sorriu levemente.

Se dirigiu até a saída e depois voltou seu olhar para mim.

— E meus parabéns. Eu vi que comprou o Empire Hotel. — Sorri e assenti. Ao se virar de volta, ela cambaleou e se apoiou na porta.

— Blair, está tudo bem? — Caminhei até ela e a mesma assentiu.

— Está sim, eu só... senti um pouco de tontura. — Abriu a porta. — Acho que vou até a enfermaria, não estou me sentindo muito bem. — Assenti e a vi fechar a porta.

— Me desculpa por ser um covarde, Blair. — Eu disse baixinho a mim mesmo e soquei a mesa deixando as lágrimas caírem mais uma vez.

Mais tarde, Raina veio me visitar e passamos o resto da tarde juntos.

— Que dia incrível! — Ela disse entrando na minha suíte master do Empire. Era lá que eu estava me "refugiando" quando me sentia mal ao lado de Blair. A acompanhei e já entrei me direcionando para a bancada, onde me servi de um velho whisky e suspirei. — Parece que não foi tão bom assim para você. — Ela se aproximou e eu sorri fraco.

— Raina... senta aqui. — A puxei para o sofá de couro e ela se sentou, acompanhada por mim. — Todo esse tempo que passamos juntos foi... incrível. Mas, infelizmente... não podemos mais ficar juntos. — Ela semicerrou os olhos.

— E por que não? — Ela perguntou aparentemente triste.

— Eu não posso ficar com você amando outra mulher.

— É a Blair, não é? — Ela perguntou e eu assenti, sentindo um aperto no coração. — Tudo bem, então. Confesso que não estou nem um pouco surpresa. — Se levantou e me encarou. — Obrigada pelo tempo que passamos juntos. — Apenas assenti e a observei caminhar até o elevador. — Chuck! — Chamou minha atenção e eu a encarei. — Pelo menos diga isso a ela. — Se pronunciou e eu assenti.

                Notas da autora:

Oi minhas lindas, como vocês estão? Espero que bem! Desculpa pela demora em atualizar a fic e desculpa também pelos acontecimentos péssimos da história 😂 to muito sem criatividade pra esse final.

Mas é isso, espero que gostem! Não se esqueçam de votar e deixar muitos comentários! Beijinhos, e até o próximo capítulo (que eu prometo que vai compensar todos esses que vocês sofreram)!

XOXO, Gossip Girl! 💋

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