Capítulo único

56 7 10
                                    

Índice musical:
Everybody Loves Somebody (Dean Martin)
Mr. Sandman (The Chordettes)
Run, Rabbit run! (Flanagan&Allen)

La vie en Rose

Por Mc_Flay

Everybody loves somebody sometime
And although my dream was overdue
Your love made it well worth waiting
For someone like you
(Dean Martin)

Capítulo único

Baekhyun amava Chanyeol.

Mas não era um amor qualquer, era único, especial e inevitável.

Era como chuvisco em dias nublados e frios, mas também podia ser o Sol nas manhãs azuladas, quentes e iluminadas.

Era sinônimo de abraços quentes, cafunés e comédias românticas em uma tarde preguiçosa de domingo, mas não deixando de ser beijos acalorados, mãos firmes, corpos suados e respirações ofegantes no meio da madrugada.

Era compreensão, respeito, carinho e atenção.

Era conflito, desentendimentos, brigas e separações, porque nem tudo é um mar de rosas, embora essa fosse a vontade de Baekhyun.

Era sintonia. Era dualidade.

Era igual, mas ao mesmo tempo, diferente.

Eram eles.

De um jeito certo - ou errado.

Apenas eles.

Para sempre.

Talvez fosse por isso que o Byun amava tanto seu marido.

Porque ele era seu e de mais ninguém.

Chanyeol podia conversar com quer que fosse na rua, no trabalho, no mercado ou no caminho para casa; ser simpático, distribuir sorrisos e acenos, palavras doces, abraços, mas no final do dia, enquanto a noite caía, a neblina aparecia por entre as montanhas e a lareira crepitava, ele era seu. Era em seus braços que procurava conforto, que encontrava paz e recebia calor.

Porque aquilo era amor.

O mais puro e singelo de todos os amores que um dia existiu.

E Baekhyun faria de tudo pelo seu Chanyeol.

Não como em Romeu e Julieta, que não passavam de dois adolescentes irresponsáveis e carentes o suficiente para causarem mortes e disputas familiares.

Bom...

Talvez eles causassem algumas mortes também, Baekhyun pensava enquanto enfiava a pá na terra solta uma última vez, jogando para o lado o que faltava para terminar seu serviço.

Passou o punho pela testa suada misturando o sangue com a sujeira que tinha feito agora a pouco, e encarou as duas covas recém tapadas à sua frente, a brisa refrescante da noite batendo em seu rosto, trazendo um pouco de alívio para o corpo que queimava pelo esforço físico constante. Os braços cobertos por uma fina camada de suor, brilhando sob a Lua, que iluminava o macacão manchado pelo líquido rubro e pela terra molhada.

La vie en RoseOnde histórias criam vida. Descubra agora