Sexta-feira
19:13h
Estava a ser mais um dia comum, fiz a minha rotina como era normal, me levantei às 7.00h em ponto me arrumei e fui para a escola, passei um tempo com minhas amigas mas também lendo e logo logo voltei para casa para jantar com Hanna. Hanna era alguém de total confiança, toma conta de mim desde que eu era pequena e mais importante ela me faz companhia. Subi o elevador e entrei em casa me dirigindo de imediato para a sala de jantar, mas antes de chegar lá vejo Hanna me esperando um pouco antes da sala para onde pretendia ir.
-Boa tarde senhorita Rose!- falou Hanna enquanto estava parada na minha frente sorrindo e levantando suas mãos para pegar minha bolsa
-Boa tarde Hanna, não se preocupe com a minha bolsa eu mesma vou pousar minhas coisas- falei enquanto retribui o sorriso - vem vamos jantar, estou faminta.
-hoje não lhe farei companhia senhorita, não vai ser necessário e seus pais não gostam que eu participe da ceia.
-me-meus pais? - falei confusa enquanto comecei a andar em passo rápido até à sala de jantar e qual foi minha admiração quando vi os meus pais sentados à mesa mechendo em seus celulares e iPad por conta do trabalho.
-boa tarde, não esperava ver vocês aqui- falei enquanto me aproximava da mesa para lhes acompanhar ao jantar.
-decidimos jantar em casa hoje, assim também passámos um tempo em família- minha mãe respondeu enquanto piscava o olho para mim e sorrindo de uma forma carinhosa.
Retribui o sorriso enquanto Hanna pousava a comida e nos servia. Meu pai ainda nem tinha olhado direito na minha cara estava demasiado ocupado com o trabalho. Começamos a comer num silêncio ensurdecedor até que vejo meu pai pousando seu celular e o garfo enquanto virava seu olhar em minha direção.
-Segundo ano do ensino médio hein!! Daqui a nada essa fase da sua vida termina e uma nova irá começar, já sabe pra qual faculade vai?
-Royal College of Art, é aqui em Londres mesmo- respondi animada.
-uma faculdade de artes? O quê que a gente tinha combinado? Era suposto você seguir os nossos passos e entrando nessa faculdade não vai longe- falou num tom de voz normal mas firme
-é mas eu estava pensando em seguir artes, para mais tarde ser ilustradora ou assim.
- isso está totalmente fora de questão, você faz parte da família Smith tem que seguir os nossos passos e abrir uma nova geração na empresa SMH, não podemos ter uma filha ilustradora isso seria uma vergonha para o nome dessa família- falou num tom mais alto mas mantendo a firmeza na voz
...
Não soube responder, às vezes meu pai me dava medo e minha mãe concordava com ele então só se limitou a olhar e acenar com a cabeça, mas aquelas palavras me magoaram.
-Ilustradora onde já se viu? Com as oportunidades que tem e fala que quer ser ilustradora, ela não sabe o que diz é apenas uma criança- meu pai murmurou e riu num tom de deboche enquanto levava o garfo à boca, aquilo me deixou zangada e irritada então bati com a mãos na mesa enquanto me levantei, na mesma hora meus pais pararam tudo que estavam fazendo e olharam pra mim.
-eu peço desculpa por ter batido as mãos tão forte na mesa, não foi minha intenção- não era o que tinha em mente falar quando me levantei daquela forma, mas tive receio de falar algo a contrariar a palavra do meu pai- com licença vou me retirar, marquei de me encontrar com minhas amigas às 20:15h e já está ficando na hora- eu saí de perto da mesa e comecei a andar em sentido contrário da mesma até que escuto meu pai falar.
-provavelmente quando voltar nós e a Hanna já não estaremos em casa, eu e sua mãe vamos para Canterbury para uma nova parceria e Hanna precisa cuidar da sua filha por isso você estará sozinha, embora esse prédio seja bem seguro se mesmo assim você tiver medo chame o Mathew, seu segurança pessoal- ouvi o que ele falava mas sem olhar para trás.
-não se preocupe, eu sei me cuidar- falei enquanto apressava o passo em direção ao elevador. Quando estava saindo do prédio vi minhas amigas me acenando ao longe, iríamos nos encontrar com uns garotos de uma escola diferente da nossa no Starbucks e assim aproveitar para comprar algumas bebidas e dependendo da quantidade de gente que lá estaria,decidir o que fazer a seguir.
-podia pelo menos ter trocado de roupa, agora não dá tempo por isso vai continuar com o uniforme da escola- falou Emma.
-vamos embora logo- respondi num tom aborrecido, as coisas lá em casa foram tensas eu não queria saber mais desse encontro, a única coisa boa dele é que me tirou de lá.
Quando finalmente chegamos no Starbucks percebemos que eles ainda não tinham chegado e que o local não estava muito cheio então nos sentamos em uma das mesas perto da janela e ficámos esperando. Elas tinham marcado esse encontro para tentar me fazer socializar mais e deixar de ser tão certinha, talvez até arranjar alguém para namorar, mas essa não era minha prioridade, eu só queria seguir o meu próprio caminho, entrar na faculdade que eu quisesse e não trabalhar naquela maldita empresa, eu admiro muito os meus pais mas não quero ser como eles e tenho noção disso afinal não sou tão criança assim.
Tinha me perdido totalmente nos meus pensamentos até que sinto um toque e escuto Violet, uma das minhas amigas, me chamar quando olho para ela, vejo que está fazendo um sinal para eu olhar para a frente e é quando percebo que eles tinham chegado. Eram 3 garotos Lucas, Noah e Oliver devo admitir que aquele que mais me chamou atenção foi o Oliver, em comparação com seus amigos ele era quieto, tímido e talvez deva arriscar dizer inocente. Eu não estava com paciência para aquilo, Oliver percebeu o meu desconforto olhou nos meus olhos de um jeito que eu imediatamente consegui interpretar que ele estava me dizendo para sair dali, eu segurei na mão dele e sem avisar o puxei para fora do Starbucks.
-vem comigo!! - falei enquanto ele se soltava da minha mão.
-eu consigo ver que você não está muito confortável aqui, mas não será melhor avisar para onde vamos? - ele perguntou confuso enquanto andava atrás de mim.
-não se preocupe
Pode parecer loucura mas eu o levei para minha casa afinal eu ia estar sozinha, assim que chegamos eu o levei para a sala de estar e na mesma hora o beijei de uma forma bruta e sem qualquer aviso, ele me empurrou e me olhou confuso durante um tempo.
-eu n-não a-acho que seja boa ideia, a gente mal se conhece- disse Oliver com uma voz trémula e nervosa.
...
Ignorei totalmente o que ele tinha falado e o empurrei para o sofá subi em seu colo apoiando uma das minha mãos no seu peito e segurando o cabelo de Oliver com a outra, foi então que sussurrei no seu ouvido.
-Só relaxa
-você tem certeza? - disse ele enquanto olhava nos meus olhos, o beijei como forma de concordar com a situação.
-eu prefiro ouvir vindo de você- ele falou enquanto acarissiava o meu rosto.
-S-sim, eu tenho certeza- quando terminei de falar essas palavras eu sinto as mãos segurarem minha cintura e assim pressionou meu corpo contra o seu enquanto me beijava calmamente, depois de um tempo eu paro o beijo e começo a desapertar a sua calça tirando o seu membro para fora, como meu uniforme era de saia me limitei a só desviar a calcinha e logo coloquei seu membro dentro de mim, quando já tinha entrado tudo percebi que estava a sangrar um pouco, estava a doer bastante e finalmente percebi a merda que estava fazendo mas já era tarde para parar então simplesmente comecei a me mover lentamente e pouco tempo depois aquela dor que eu estava a sentir no começo passou a ser uma dor mais prazerosa. Nossos olhos se encontraram e a nossa respiração começou a ficar mais ofegante foi então que me apoiei no seu peito e ele começou a aumentar a velocidade dando estocadas um pouco mais fortes, até atingir o seu ápice acabando por gozar dentro de mim enquanto soltava um gemido rouco, senti seu líquido se espalhar, pousei minha cabeça em seu ombro sentido assim sua respiração no meu pescoço, naquele momento só se escutava nossa respiração ofegante diminuindo, até que ele sussurra no meu ouvido.
-m-me d-desculpa
-tudo bem- respondi enquanto saía de cima do colo dele. Nos arrumamos e o acompanhei até à estação de metro sem falar uma única palavra o caminho inteiro, quando lá chegámos percebemos que o próximo metro só saia daqui a 30 min nesse tempo aproveitamos para conversar um pouco.
-não vamos contar isso para ninguém, pode ser? - perguntei para ele sem olhar em seu rosto, estava com demasiada vergonha para isso.
-claro- respondeu olhando fixamente para mim, e logo um silêncio se fez entre nós - não me interprete mal, mas você era virgem então porquê fazer com alguém que não conhece?
-nesse momento eu não estou apaixonada por ninguém e queria saber como era- ele desviou o olhar e voltamos a ficar em silêncio- na verdade eu queria fazer algo sem aprovação dos meus pais, mostrar a mim mesma que não sou assim tão certinha e também não sou uma criança.
- eu entendo, eu também nunca tinha feito isso, acho que só o fiz pelas mesmas razões que você- sendo muito sincera eu gostei de ter escutado aquelas palavras, ele me entendia mas também me deixou um pouco curiosa.
-não vamos trocar números de celular, não vamos falar disso com ninguém e não vamos nos voltar a falar- falei com uma voz trémula e um pouco nervosa, ele não me soube responder e quando olhei para o seu rosto percebi um leve desânimo em seus olhos
- tudo bem, não deve ser difícil, embora você saiba o meu nome eu não sei o seu- ele falou essas palavras enquanto se afastava de mim para entrar no metrô, mas antes que ele entrasse eu o interrompi.
- meu nome é...Rose, Rose Smith- quando terminei de falar meu nome ele volta a se aproximar ficando de frente para mim e me olhando nos olhos, pouco tempo depois ele faz uma vénia e beija minha mão olha em meus olhos e fala.
-foi um prazer te conhecer senhorita Smith- senti minhas bochechas ficarem vermelhas na hora mas só fiquei paralisa olhando ele se afastar de mim e entrar na porta do metrô, quando a porta se fechou e o metrô partiu percebi que agora teríamos que esquecer um do outro.
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Quero seguir o meu caminho ao seu lado
ChickLitRose é uma garota que se sente sozinha depois de ter perdido o seu irmão e se sentir abandonada pelos seus pais, acabando então por tomar uma atitude precipitada com a intenção de provar a si mesma que não era tão criança como a tratavam e não tendo...