Família

7 1 0
                                    

São cinco horas da manhã, o celular desperta e Sophia se levanta para preparar o café da manhã.

Muito dedicada, já está acostumada com a rotina de levantar fazer os ovos mexidos para o marido e preparar e dar café ao filho.

Sophia é uma jovem prendada e muito inteligente.
Educada em família nobre.
Sophia era uma jovem de palavras doces e de caráter firme.

Sophia havia se casado com Miguel a três anos. Seu instinto e desejo maternal a levou a maternidade muito cedo. Com apenas 16 anos Sophia deu a luz a seu filho Theo.

Miguel e Sophia não eram religiosos, mas guardavam dentro do coração uma fé em um ser supremo, bondoso e misericordioso.

Miguel se levanta ao despertar do relógio cinco e trinta. Toma seu banho enquanto no outro quarto dorme tranquilamente o jovenzinho Theo.

Theo como toda criança faz de tudo para não ter que levantar e ir a escola, mas a jovem Sophia sempre subia em seu quarto para o acordar com beijos e arruma-lo para ir à escola.

Miguel e Sophia tinham como ritual sentar a mesa todas as manhãs para tomarem café juntos enquanto conversavam. Conversa que sempre se iniciava com Sophia zombando de Miguel por seus roncos.

— Miguel, hoje você estava uma britadeira.

— O papai roncou. Eu ouvi lá do meu quarto!

A família se divertia todas as manhãs nesse ritual de amor , afeto e respeito.

Sophia trabalhava em uma empresa renomada no setor administrativo. Tinha cargo de liderança e era muito respeitada por seu rebuscado comportamento e sua cordialidade.

Miguel era escritor, já havia escrito dois livros e estava trabalhando em um terceiro.
Seus livros não haviam agradado as editoras. Todas o apelidaram de escritor das maravilhas.
Afirmavam que sua escrita não possuía vida.

Miguel escrevia sobre o amor, a compaixão, sobre um lar feliz e a promessa de uma certa recompensa por andar na linha  quase que utópica.

Theo era um garoto quieto, porém muito amoroso.

Na escola tinha apenas um amigo. Theo o chamava carinhosamente de feijão.

Certo dia Lucas seu coleguinha da escola comeu tanto feijão na merenda que soltou um pum tão fedido na sala de aula que a professora pediu para todos saírem, Theo sabia que havia sido Lucas mas não contou para ninguém e apartir dali apelidou Lucas de feijão.

Lucas nao se importava, os dois riam da cara da professora e dos colegas sempre que lembravam do pum.

Theo era um dos mais pequenos de sua classe, fazendo com que sofresse diversos bullyings pelos meninos maiores.

Em um dos recreios Theo estava sentado com feijão no pátio quando chegou alguns garotos e pegaram sua lancheira, começaram a jogar de um lado para o outro. Theo só sabia chorar, não tinha raiva o suficiente para revidar a brincadeira de mal gosto.

A brincadeira só parou quando a lancheira se quebrou no chão e os meninos correram. Mas não antes de avisar Theo e feijão sobre os perigos de abrir o bico.

Theo tinha um respeito incomum por seus colegas e uma obediência louvável aos professores.

Vivia em uma família feliz, um lar farto de amor, respeito e prosperidade.

Todo fim de tarde Miguel pegava o carro e buscava Theo na escola, enquanto Sophia saia do trabalho que ficava a uns trinta minutos de casa.

Chegando em casa Miguel era o responsável pela janta e Sophia por conversar com o Theo sobre seu dia.

Theo tinha algumas pequenas obrigações como colocar comida para Rex seu cachorro e fazer as tarefas da escola.

Todos se reuniam na mesa para jantar antes do cair da noite.

Apos o jantar Miguel subia para o quarto para revisar seus textos enquanto Sophia colocava Theo para dormir.

Sophia sempre lia as páginas diárias de seu esposo antes de dormir, conversando e dando dicas carinhosas.

Sophia era incrivelmente gentil,

Theo havia dado a sorte de crescer em um lar feliz, a vida em um lar assim lhe garantiria um futuro promissor.

ÉBRIOOnde histórias criam vida. Descubra agora