Capítulo único

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Luffy estava extremamente nervoso, mas normalmente não era assim

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Luffy estava extremamente nervoso, mas normalmente não era assim.

Sempre havia sido uma pessoa muito tranquila, que levava as coisas na maior simplicidade e numa boa. No entanto, não estava sendo exatamente desse jeito O porquê disso? Seus irmãos desmiolados, totalmente sem noção.

Ace e Sabo sempre eram muito protetores com ele, mas na mesma medida também eram encapetados. Na real, todos os três eram, mas suas artimanhas contra o caçula eram ainda mais demoníacas.

Os dois, após saberem que Luffy teria que arrancar um dente — o menino nunca tinha ido ao dentista, então essa seria sua primeira vez —, infernizaram sua vida com informações um tanto quanto duvidosas. O problema era que a inocência do garoto tinha internalizado algumas das coisas que foram ditas e que agora o estavam deixando mais que nervoso.

Podem julgar, um jovem de 20 anos nunca ter ido ao dentista era uma vergonha mesmo — mas, segundo ele, a gente só vai atrás do que precisava e ele nunca tinha precisado, logo estava em paz com sua conduta.

"As pessoas ficam na fila esperando sua vez de serem torturadas, Luffy"

Tinha muita gente sentada esperando ser chamada, mas ele achava que ninguém em sã consciência perderia tempo ali no intuito de sofrer. Não era possível, Ace estava errado.

"Se você prestar atenção, irá ouvir o som dos instrumentos trabalhando em mais uma vítima"

Se a televisão estivesse desligada, aquela criança infernal parasse de chorar, o senhorzinho caquético calasse a boca e a senhora de saltos parasse de andar pra cima e para baixo, talvez ouvisse alguma coisa. Mas mesmo que Sabo tivesse razão, ele não saberia, não dava pra ouvir nada.

Tinha chegado ali a pouco menos de 30min e quem quer que estivesse no consultório com o dentista — psicopata, açougueiro ou maníaco, como Ace dizia —, estava ali há muito tempo. E ele que não queria ser essa pessoa de jeito nenhum.

Ou talvez quisesse, pois se o doutor fosse aquele que estava batendo o ponto ali e entrando, ele adoraria... Tirando, é claro, o fato de estar morrendo de medo de ser morto, ter seus órgãos retirados e vendidos ou qualquer outra perspectiva maligna que um de seus irmãos tinha falado. Mas que ele gostaria de ter contato com aquele homem ali, ele gostaria bastante.

Seus amigos lhe diziam que tinha um gosto muito peculiar para machos e ele não podia discordar totalmente disso, pois estar fisicamente atraído por um cara com enormes olheiras e cara de psicopata não era tão comum. Mas o que podia fazer se tinha vislumbrado uma tatuagem aparecendo pela camisa com alguns botões abertos? Sem contar os desenhos nas mãos que não soube identificar exatamente o que eram, mas que, sem dúvidas, também foram tatuados.

Seu fetiche em caras tatuados só o fez ficar mais interessante. Argumento esse que seria totalmente descartado por Nami, uma amiga sua, que diria que o moço era magro demais, alto demais e estranho demais. Não negava que ele era esguio, mas chamá-lo de tábua seria um absurdo e sobre ser estranho, Luffy gostava de caras estranhos — Kid que o dissesse.

Mal-entendido no consultórioOnde histórias criam vida. Descubra agora