Welcome to Borderland

101 11 2
                                    

Era mais uma noite normal, Tomi Ikishima voltava da sua faculdade que era no período noturno, fazendo o mesmo caminho de sempre em direção a sua casa. A mulher era de altura mediana pairando os 1,60, seu cabelo era em um tom escuro, channel no ombro por não ter ido cortar que na maioria ficava preso em um coque baixo mal feito, a mulher não era japonesa pura, afinal, sua mãe era uma mulher brasileira então Ikishima tinha um corpo diferente do padrão japonês junto ao seu rosto que mostrava que ela não era 100% japonesa, além disso ela tinha algo que chamava ainda mais atenção nela, seus olhos verdes claros que chamavam muita atenção por um motivo desconhecido o qual tentava descobrir. Mas bem, ela estava de certa forma tranquila por saber que a essas horas os pais da garota estariam em um sono profundo então ela não teria dor de cabeça nenhuma em ter que falar com eles. Os pais de Tomi não eram os melhores do mundo, o pai dela era um alcoólatra que vivia no trabalho ou em um bar e chegava quase desmaiado em casa, sua mãe era um doce, uma mulher boa mas ela tinha vício em remédios pra dormir já que não conseguia dormir desde que levou um soco na cabeça enquanto dormia pelo pai da garota, que a acusava de traição. Desde então a mais velha tomava remédios pra pegar no sono já que sozinha não conseguia por medo. Tomi talvez fosse a mais normal naquela família, isso se ela não fizesse coisas escondidas, muitas vezes ela saiu com a desculpa de ir estudar sendo que na verdade saia pra fumar em baixo da ponte, um lugar aonde poucas pessoas iam, sendo a maioria pessoas "sem rumo" por assim se dizer, pessoas que assim como Tomi talvez não achassem um motivo de viver, isso principalmente após o desaparecimento de duas pessoas muito queridas por Tomi, Aguni um homem quieto na dele que cuidava da menina como se fizesse parte da família dele e Takeru, um dos maiores Host de Tóquio mas também um chapeleiro que tratava a menina como filha, isso a fazia ter o sentimento de que os dois eram sua família, a segunda família mas, ambos desapareceram de forma misteriosa e não se sabe o paradeiro até hoje, partia o coração da menina só de imaginar no que pode ter acontecido mas se lamentar não pode os trazer devolta, infelizmente.

- Oe! Ikishima!_ Uma voz masculina soou alto atrás da mulher.

Tomi mordeu o lábio inferior frustrada por saber de quem era a voz e oque ele queria. Ela se virou lentamente com uma feição séria enquanto olhava os três homens atrás dela que começaram a se aproximar.

- O que quer Sake?_ Naomi pergunta o olhando com desprezo.

- Você sabe muito bem, quero que me pague oque me deve_ Disse o homem mais alto entre os três parando a poucos passos dela.

- Não te devo nada._ Disse ela olhando o homem.

- Ah você deve e vai me pagar hoje mesmo ou--

O homem não pode terminar pois Tomi puxo seu chaveiro de alto-defesa o acertando no estômago o fazendo grunir em dor e então ela virou as costas saindo correndo o mais rápido que podia.

- O que estão fazendo parados, seus idiotas!?? Vão atrás daquela vadia!!_ O homem gritou pros outros dois que saíram correndo atrás da menina.

Tomi corria o mais rápido que podia, estava em vantagem por ter sido atleta no tempo do colégio mas isso não descartava o fato de que tinham dois homens atrás dela. No meio da corrida, até ver a loja "Hat's Manma" a antiga loja de Takeru, foi ai que lembrou, Takeru vivia dizendo que a tranca da porta dos fundos tinha problemas e ela podia ser aberta fácil, fácil mesmo trancada. Lembrando disso a menina virou pro beco ao lado do prédio e seguiu para a porta dos fundos que ficava na lateral do prédio, ela pegou na maçaneta a balançando pra frente e pra trás abrindo a porta e entrando a fechando usando o próprio corpo pra impedir que abram a porta.

- Abre essa porta Ikishima!_ Um dos homens disse alto batendo na porta.

Tomi resmungou baixo enquanto mantinha a porta no lugar até as luzes começarem a piscar até apagarem e as batidas na porta parar. A luz voltou e a mulher se afastou da porta com medo de ainda estarem ali e iam derrubar a porta a qualquer instante. Sem muitas opções ela engoliu em seco abrindo a porta olhando do lado de fora e não vendo ninguém apenas o beco pouco iluminado.

𝕮𝖍𝖊𝖗𝖎𝖘𝖊 - Alice in Bordeland Onde histórias criam vida. Descubra agora