Capítulo 1 Deise

5.1K 196 1
                                    

Acordo de manhã, abrindo os olhos aos poucos, vendo a claridade do novo dia passando através das cortinas finas que ficam na porta de vidro que leva a saca do meu quarto. Estou de barriga para baixo, meu rosto apoiado no travesseiro, viro meu corpo na cama, me estico levantando os braços acima da cabeça me espreguiçando.

Sinto uma dorzinha, talvez esteja mais para um desconforto entre minhas pernas, lembranças da noite passada invadem minha mente. Um sorriso bobo se forma em meus lábios ao lembrar dos abraços, dos beijos que Nick me deu, da forma como ele tocou meu corpo, dos beijos que ele distribuidora por toda a minha pele e a forma que fizemos amor, ele foi tão delicado e cuidadoso.

Olho para o outro lado da cama e está vazia, coloco a mão sobre o lençol e ele está frio o que quer dizer que faz tempo que o Nick se levantou. Sentiu uma pontada de decepção por ele não estar aqui, depois da noite de ontem esperava acordar ao lado dele, mas minha tratou de encontrar uma explicação, talvez ele precisasse ir ao banheiro? Me agarrei a isso com todas as minhas forças.

Me levanto de presa e sinto um desconforto um pouco maior o que me fez fazer uma careta. Preciso perguntar para a Liz se na primeira vez dela ela também ficou dolorido assim, falo para mim mesma. Saio da cama, caminho até o banheiro não me importando em estar nua, afinal de contas ele já viu tudo isso mesmo, mas para minha surpresa o banheiro está vazio e não tem nem um sinal do Nick, o que achei estranho. Volto a sentir aquela decepção por ele ter ido embora sem se despedir. Poxa se ele tinha que ir custava ter se despedido?

Volto para o quarto, pego meu celular na mesinha de cabeceira e ligo para o Nick o celular acha algumas vezes até cair na caixa postal tento mais duas vezes, mas a mesma coisa se repete acho que ele não está podendo atender agora, e esse é o motivo dele ter ido embora, tinha um compromisso, resolvo mandar uma mensagem assim ele responde quando puder.

Deise: Oi Nick, está tudo bem você saiu sem se despedir, aconteceu alguma coisa?

Envio a mensagem e fico olhando para o telefone por alguns minutos, mas nada dele responder, ele deve estar em um compromisso e não viu o celular, ou talvez esteja longe do celular e ainda não viu minhas mensagens ou as ligações.

-É isso! Digo para mim mesma.

Deixo o telefone de lado e volto para o banheiro, tomo um banho, escovo os dentes e saio do banheiro com uma toalha enrolada na cabeça e outra no meu corpo, entro no closet, pego uma calcinha de algodão bem confortável, não quero nada me apertando lá embaixo e um vestido de tecido leve na cor azul com uma estampa floral branca e rosa calço uma sandália sem salto e tiro a toalha da cabeça penteio meus cabelos os deixando secar sozinhos já que hoje o dia está bem quente.

Volto para o quarto olho para minha cama, vejo a mancha vermelha no lençol branco a prova da perda de minha virgindade, sorrio ainda parece um sonho que passai a noite com o garoto por quem tenho uma paixonite desde os meus treze anos de idade, foram dois anos sofrendo toda vez que via ele com uma garota e sorrindo feito boba toda vez que ele olhava para mim, e imaginando como seria beijar seus lábios todas as vezes que ele me cumprimentava com um beijo na bochecha, mas finalmente agora ele é meu e a prova disso é que ontem depois que nosso amigos foram embora ele não entrou no táxi com eles com a desculpa que tinha deixado a blusa na sala, mas era só uma desculpa mesmo, por que ele nem tinha trazido blusa, ele fez isso para ficar sozinha comigo.

Vou até a cama tiro o lençol manchado da cama, vou para o banheiro e lavo na pia a região manchada antes de colocar no cesto de roupas sujas, não quero que Nana veja hora que vir fazer minha cama ou levar a roupa suja para lavar.

Nana, na verdade o nome dela é Fernanda, ela cuida de mim desde que nasci e continua cuidando mesmo agora depois de cresci, agora com quinze anos não preciso de babá, mas como meu pai viaja muito por causa da empresa que está em expansão e minha mãe não consegue ficar longe dele, ela acaba o acompanhando, uma vez ela até tentou ficar, mas quase enlouqueceu de ficar uma semana sem papai. Então para que possam viajar tranquilos eles mantêm Nana como a chamo desde que aprendi a falar como minha "babá" assim eles têm certeza de que vou me alimentar corretamente sem pôr fogo na casa e ainda estarei seguindo minha agenda escolar e atividades extra, que ainda terão uma filha e uma casa quando voltarem.

Trilogia Amigos: Cafajeste - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora