Capítulo 10

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Acordei em um lugar apertado, acho que era um porta malas, ouvia buzinas e barulhos de pneu, até que ouve uma parada brusca. Mellody abriu o porta malas e me puxou, então eu notei que estava com as mãos amarradas. Comecei a gritar então ela falou algumas palavras e eu senti uma dor indescritível na região das costelas, Fechei a boca na hora.
Ela me arrastou até um gruta, quando chegamos ao final dela, tochas nas paredes acenderam-se sabe Deus como, ela pegou uma adaga,e me soltou. Quando pensei que estava livre, duas correntes vivas que saíram da parede pegaram meu punho e tornozelo direito, acontecendo a mesma coisa do lado esquerdo, fazendo com que meu pés não tocassem o chão.

_Desculpe estar fazendo isso com você mas... -  Ela disse em tom sarcástico. -  Se você viver eu morro então, antes você do que eu. - Enquanto ela dava uma risada que estava começado a me assustar cortava sua mão com uma adaga, fazendo com que seu sangue caísse dentro de um recipiente que parecia um caldeirão de bruxa pra viagem.

_Você é uma louca desnaturada sabia? - Eu disse enquanto ela vinha em minha direção, então ela pegou minha mãe, cortando-a como fez com a dela.

_Sim. - Aquela resposta saiu de forma tão simples, como se eu estivesse perguntando se ela ja almoçou. Então ela começou a colocar outras coisas em seu mini-caldeirão

_O quê você vai fazer? -  Ela não me respondeu, apenas começou a dizer umas palavras estranhas. - OUUUU, bora parar com essa macumbaria aê e me responder??

_Cala boca. - Então vi as paredes em minha volta se quebrarem, esperei que saíssem mais correntes, mas em vez disso, começou  a sair arame farpado e se colocar em volta de minha pernas, braços, tronco, pescoço, deixando apenas meu rosto livre. Eles não chegavam a me furar, mas encostavam em minha pele, que no máximo incomodava um pouco.

_Que merda é es..... - Quando disse isso, os arames começaram entrar em minha pele, comecei a gritar, mas parecia que enquanto mais eu gritava  mais forte eles entravam. Até que eles pararam.

_Mandei calar a boca, a cada palavra ele se fincara mais em sua pele, mas, como você fala demais, se ele cravar mais, te matará, e eu quero fazer isso com minhas próprias mãos, então, se você começar falar, ele começara a se movimentar em círculos, e tenho certeza que isso não será agradavel.

_Maldi....Ta. - E como ela tinha dito, o arame começou a girar, por maior que era a dor, não gritei, eu tinha que ser uma pessoa forte. Olhei para baixo, vi todos os meus ferimentos, a minha roupa cheia de sangue, então vi que a única solução era pensar em coisas idiotas, como que, se eu morresse, como não tinha arame em meu rostos, eu ainda seria uma morta  diva pra caralho Se fosse outra situação, eu começaria a rir. Mas eu sabia que não podia, mas mesmo com a dor, soltei um pequeno riso.

_Sua.... - Disse, enquanto molhava a mesma adaga que cortou nossas mãos no sangue e vindo em minha direção. - Nem mesmo com essa dor, consegue ser irônica, vamos ver se continuará assim por muito tempo. - Ela disse dando sorriso de pscicopata. - Se você ficar parada isso vai ser bem mais facil... Qual seria sua ultima frase? - Então os arames se afroxairam.

_Quando você ri desse jeito, parece um travesti endemoniado. - Ja que eu iria morrer mesmo, vamos terminar de foder.

_Sua.. - Disse levantando a adaga.

Fechei meus olhos esperando o golpe, mas nada aconteceu, em vez de ouvir suas risadas enquanto me esfaqueava, ouvi seus gritos. Abri meus olhos e vi Kile em cima dela espancando-a de forma brutal. Depois de algum tempo, ela parou de se rebater e de gritar, então Klaus saiu de cima dela, e eu notei que ele tinha amarrado um pano em sua boca. Ele passou por mim, e destruiu um boneco de vodu atrás de mim, que até então eu não me lembrava de te-lô visto. Depois de fazer isso, quebrou as  quatro correntes, cai de bunda, senti uma dor horrível...

_Feche os olhos isso vai dor.... - Ele disse, fechei meus olhos e então, veio a dor horrível, notei que ele tirava os arames de meu corpo, mesmo ele tentando fazer com que eu não sentisse tanto, não adiantou.  Quando ele terminou perguntou se eu podia andar, respondi que sim. - Então me espere lá fora.

Sai o mais rápido que pude, mas mesmo assim demorou, quando eu estava no meio do caminho, Kile me pegou no colo, como um bebê indefeso. me levou até o lado de fora e me colocou em uma pedra. Então voltou pra dentro sem dizer uma palavra. 

Depois de um tempo notei que eles conversavam, mas eu não entendia muito bem o que eles falavam, então entrei lá dentro novamente e me escondi, vi ela amarrada deitada, amarrada, junto a muitas madeiras.

_Ramoni, você ira ver lobisomem, eu não sou a única que quer mata-lá, apareceram outros piores que eu. - Ela gritava.

_Então eu os matarei também. - Ele disse de forma séria.

_Ela vai ser a razão da nossa extinção, de todos nós, bruxas, vampiros, lobisomens.... - Ela gritava.

_Cala a boca bruxa... - Então ele acendeu o esqueiro e o jogou, ela gritava em desespero, não consegui ficar lá vendo aquilo, mesmo depois do oquê ela me fez, não suportava ver sua morte. Comecei a sair então ouvi..

_Eu te ajudo a sair.  - Ele sabia que eu estava aqui??

Eu o esperei, ele me pegou no colo novamente e saímos do lugar em silêncio, me colocou no carro e fizemos todo o caminho em silêncio, mas eu não conseguia entender algo....

Como eu poderia ser a razão da extinção dessas criaturas?


Entre lobos e vampiros....EuOnde histórias criam vida. Descubra agora