Duas pessoas um tanto quanto diferentes, ambos com uma vida dupla, de dia meros estudantes universitários, de noite "trabalhadores" ilegais, apenas em busca de dinheiro. [S/N], uma garota que já passou por muitas coisas em sua vida, viu as pessoas q...
-- Bom dia senhor Takahashi, como tem passado?.-- O homem disse se sentando de frente para o mais velho, lhe lançando um sorriso ladino ao perceber o mais velho estremecer.
-- B-bem e o senhor?-- O mais velho disse ansiosamente, estalando os dedos de sua mão.
-- Bem também... porém estaria melhor ainda se o senhor fosse responsável e pagasse a dívida que tem pendente.
-- E-eu estou dando um jeito nisso, estou trabalhando muito para obter o valor da dívida, apenas preciso de tempo, lhe peço isso senhor, mais tempo... -- O homem disse de modo desesperado.
-- Tempo...-- O homem disse pensativo.-- Não acha que já lhe dei tempo de mais? Sabe o que menos temos e o que mais me pedem?...-- O homem disse se curvando para mais perto do mais velho, olhando no fundo de sua "alma", lhe lançando um olhar horripilante.-- TEMPO.
-- Eu lhe imploro senhor, eu irei pagar a dívida, só não consigo fazer isso agora.-- O mais velho tremia ao falar.
-- Eu não tenho tempo para suas baboseiras, você está enrolando sua quitação de dívida a mais de um ano e meio...-- O homem disse irritado, batendo sua mão fortemente sobre a mesa de madeira, fazendo o mais velho a sua frente dar um leve pulo sobre a cadeira e fechar os olhos.
-- E-eu... eu faço qualquer serviço que o senhor disponibilizar ao meu alcance... essa é a forma que poderei quitar minha divida... o que acha?-- O homem mais velho tremia.
Ao ouvir a negociação de seu devedor o homem pareceu pensativo.
O que o desespero não faz com as pessoas... se submeter a fazer trabalhos dados por mafiosos para poder quitar sua dívida pendente... que grande humilhação.
O homem olhou em direção ao seus companheiros que estavam presentes no ambiente, franzindo o cenho, como se perguntasse: " Eae, o que acham sobre isso?".
Os outros quatro homens trocaram olhares, entrando em um acordo, aceitando a proposta lhes dada.
-- Certo senhor Takahashi... hoje será seu dia de sorte, iremos selecionar o serviço que queremos que faça... volte para casa, assim que entrarmos em um acordo iremos lhe procurar e escalar sua quitação.-- O homem disse sério, estendendo sua mão para o mais velho, logo sendo apertada por ele.
-- O-obrigado senhor! Não irá se arrepender de meu serviço, prometo fazer com excelência.
-- Espero que desta vez o senhor cumpra com sua palavra... saiba que eu não tolero mentirosos, muito menos traidores... Então cuidado, pois uma mira pode estar neste exato momento sendo apontada para o senhor...
Ao formular sua fala o homem bem vestido lançou um sorriso para o mais velho, que logo pode observar um ponto vermelho sobre seu peito, informando que a qualquer momento o mesmo poderia ser morto.
Senhor Takahashi estremeceu, engolindo a seco, iniciando suas orações, pedindo e implorando a Deus para que não seja morto neste instante.
-- P-pode deixar senhor, não serei imprudente... farei qualquer coisa que o senhor queira, contanto que minha dívida seja paga...
-- Certo... foi bom negociar com o senhor... já pode se retirar.
Senhor Takahashi saiu rapidamente, suspirando de alívio, limpando suas mãos em sua calça, já que as mesmas estavam completamente molhadas de suor, pelo desespero que o mesmo estava sentindo.
Senhor Takahashi chegou em sua casa pálido, sua esposa e seus filhos o olhavam indiferente, se questionando o que o velho havia aprontado para parecer tão abatido.
Ao fim da tarde um envelope preto se fez presente no escritório do senhor, o mesmo andava de um lado para o outro ansiosamente, sentido seu peito doer de angústia. Ao abrir viu o brasão. Uma espada centralizada, um par de armas de cada lado com asas as acompanhando.
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Ao começar a ler sentiu seu suor escorrer por sua testa e seu pânico se fazer cada vez mais presente.
-- Não...-- O homem jogou o envelope para longe.-- Não posso fazer isso, não sou um assassino...-- O mais velho disse cobrindo seu rosto com suas mãos, sentido seu corpo se estremece por completo.
Ele estava em pânico, não podia atender ao pedido que lhe foi concedido, ele não poderia fazer tal ato, não iria suportar ver o sangue de sua vítima entre suas mãos... ele viveria com a cena do crime em sua mente para sempre, se perguntando o porque de ter cometido tal ato.
Senhor Takahashi então tomou sua decisão, pegou as chaves de seu carro e desceu para a sala, com lágrimas em seus olhos se despediu de sua família, dizendo que os ama e depositando selares em suas testas.
Ele não queria ter tomado essa decisão, mas foi no calor do momento, e agora não teria como voltar atrás.
Senhor Takahashi saiu de sua casa aos prantos, sua família não entendia nada, todos tentaram impedir, porém foi em vão.
O mesmo havia escolhido sua corda, então foi rumo ao seu barracão, que ficava em uma das propriedades da família, preparando sua despedida, senhor Takahashi se suicidou, se inforcando com uma corda branca. E esse foi seu último suspiro.
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