Capitulo 53

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Emma

Parei o carro na frente de um prédio derrubado, sai do carro correndo não sei como, quando vi já estava gritando pra chamarem ambulância. Cobra sumiu e minha vontade de matar ele só aumentou, Michael estava de joelhos junto com Antony do lado de Richard que estava no chão deitado e coberto de sangue.

Emma: não deixa a Maria ver isso. - falei pra Natalia que estava com os olhos cheios de lágrimas. Eu e Allana corremos pra perto deles e quando ela viu o estado dele caiu de joelhos no chão chorando feito uma criança.

Antony: porra Richard, reage caralho. - falou enquanto pressionava um ferimento e batia no rosto dele.

Michael: foi fundo cara. - olhou pra Antony que balançou a cabeça, Matthew abraçou a Allana e Thomas segurou na minha mão.

Thomas: vai ficar tudo bem, ele é forte. - apertou minha mão e eu assenti limpando uma lágrima que caiu, senti alguém me abraçar de lado e vi que era James.

James: não precisa olhar isso. - neguei com a cabeça e escutei a sirene da ambulância perto.

Emma: ele também é meu irmão. - olhei pra ele que assentiu beijando minha testa.

A ambulância chegou e dois paramédicos colocaram ele na hora dentro da ambulância, Antony e Michael já tinham feito os primeiros procedimentos. Antony entro dentro da ambulância e eles saíram com tudo, Michael me olhou e me soltei dos meninos indo até ele e o abraçando.

Michael: amor, eu to cheio de sangue. - funguei nem me importando com isso, só precisava sentir o abraço dele.

Emma: por que fizeram isso? - me separei olhando nos seus olhos e ele desviou o olhar.

Michael: era pra proteger vocês. - passou a mão na minha barriga.

Emma: proteger escondendo as coisas? - levantei a sobrancelha - olha a merda que deu.

Matthew: vamos pro hospital? - parou do meu lado e eu assenti.

Michael: só queríamos proteger vocês. - pegou na minha mão - não era pra acontecer isso, não quero briga amor.

Emma: vamos logo. - larguei sua mão e fui até o carro com Matthew onde Allana e Mark ja estavam, esperei Michael que falava com o Julio e logo entrou no carro. James e Liz foram de moto, dei partida pro hospital.

[...]

Já estávamos a quase quatro horas no hospital, Antony falou que eles chegaram e Richard foi direto para uma cirurgia de emergência, Maria chegou antes da gente com a Madison, Natalia e Thomas. Maria está tomando soro por conta da gravidez, ela passou muito nervoso e não comeu nada, desmaiou. Eu andava de um lado pro outro e já era a décima quarta vez que ia na recepção saber de respostas. Pago essa porra aqui pra que?!

Eduardo: Com licença pessoal - apareceu com uma prancheta em mãos e tirou a toca de sua cabeça, me aproximei dele.

Emma: como ele está doutor?

Eduardo: eu sinto muito - suspirou - fizemos de tudo mas ele não aguentou, está nos aparelhos.- coloquei a mão na boca e senti uma mão no meu braço - os ferimentos eram muito grandes e fundos, um pedaço de vidro atingiram o coração dele e a batida na cabeça foi muito forte, ele teve morte cerebral. - ali não escutei mais nada, apenas senti braços em volta de mim.

Michael: Emma calma, por favor. - me apertou no seu abraço.

Emma: ele não pode ter me deixado, ele não pode me deixar Michael. - falei em meio a lágrima, tá doendo lá no fundo da alma, era como se um buraco se abrisse dentro do meu peito.

Eduardo: sei que é um momento delicado mas agora, vocês decidem o que vão fazer, os órgãos provavelmente vão continuar ativos por uma semana. - entregou alguns papéis para o Antony que ainda estava em choque, me levantei - eu preciso ir atender outro paciente, qualquer coisa podem mandar me chamar.

Emma: ele não vai ficar ligado nisso, ele não iria querer. - peguei no braço do Antony.

Antony: não é uma decisão só nossa Emma, tem a Maria. - se sentou.

Matthew: Antony tá certo Emma, temos que conversar com a Maria. - abaixei a cabeça.

Allana: Maria não pode passar nervoso gente, ela tá grávida, de dois. - suspirei.

Emma: vou conversar com ela. - Michael segurou minha mão - eu estou bem. - dei um selinho nele e sai, indo até onde Maria estava.

Maria: Emma, graças a deus, como ele está? - me sentei do lado dela e segurei na sua mão.

Emma: Maria, eu sinto muito. - seus olhos encheram de lágrima e ela negou com a cabeça - eu sei o quanto deve ser difícil mas tu precisa se acalmar, tem duas vidinhas dependendo de você.

Ela assentiu mas caiu no choro e eu abracei ela, era difícil, Richard era meu pai, irmão, melhor amigo, ele era tudo. Ele foi quem mais me protegeu em todas as coisas, todos os momentos, ele pularia na bala por mim, assim como eu por ele ou qualquer outro da nossa família.

Emma: eu sei que é muita coisa pra sua cabeça, é muito pra minha também. - abaixei a cabeça e suspirei - ele está nos aparelhos, Cecí.

Maria: eu preciso ver ele, antes de tudo, eu preciso. - olhei pra ela e assenti.

Emma: você vai ver amiga. - abracei ela de novo.

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