─ Obrigado pela carona. - agradeci a Verônica assim que chegamos em frente ao portão da minha casa. ── Se não fosse por você eu certamente estaria na metade do caminho ainda empurrando aquela moto!
── Disponha docinho. Você sabe que pode contar comigo sempre que precisar. - Verônica falou abrindo um sorrisinho para mim. ── Até amanhã Pietro.
── Até. - despedi-me retirando o cinto de segurança. Desci do carro e parei em frente ao portão observando o veículo levantar poeira com sua saída.
Ao virar me deparei com todas as luzes do lado de fora da casa apagadas. Peguei o meu celular de dentro do bolso e procurei por alguma ligação ou mensagem, não havia nenhuma das duas coisas. Logo recordei-me do pequeno trabalhinho que meu pai dissera mais cedo que Victor iria o pedir, mas lembrar daquela informação me fez chegar a outra, esta que já havia esquecido a um bom tempo.
── Só espero que ele realmente não tenha feito nada. - sussurrei levando o aparelho de encontro ao meu peito,
Como não me restava mais nada a fazer, decidi que era a hora de entrar. Guardei o celular no bolso e empurrei o portão, passei por ele e caminhei tranquilamente pelo jardim da frente. Conforme dava os passos, sentia que tudo estava muito quieto e calmo, as luzes de dentro também estavam apagadas e aquilo só aumentou ainda mais minha ansiedade.
── Constance, cheguei! - avisei chamando em um tom mais alto o nome da governanta que trabalhava conosco. Não obtive resposta alguma e todo aquele silêncio horrível estava começando a me incomodar.
Me coloquei em uma posição de alerta e total defesa. Abandonei minha mochila em cima do sofá e caminhei até a cozinha na esperança de que a senhora estivesse por lá apenas querendo me pregar uma peça, mas quando finalmente adentrei o local avistei Constance caída no chão. Levei minhas mãos até minha boca para cobrir um grito e dei alguns passos para trás até sentir a dura parede tocar minhas costas, vi bem ali perto de sua cabeca uma poça de sangue razoavelmente grande, além dos vários estilhaços de vidro espalhados por toda a cozinha. Depois de muito encarar seu corpo eu tomei coragem e me aproximei, ajoelhei-me ao lado dela e peguei seu pulso para conferir se ainda restava algum resquício de vida.
── Não. - soltei seu braço e o vi cair. ── Quem fez isso com você...
── Pietro? - ouvi sua voz mansa atrás de mim e virei-me rapidamente para o olhar. Seus olhos distantes e sua expressão inabalável me encaravam com uma certa felicidade por me ver ali.
── O que você esta fazendo aqui? - o questionei me levantando, dando alguns passos para trás. ── Onde esta o meu pai? O que você fez com ele Victor?
Observei que ao seu lado dois homens robustos e extremanente fortes me encaravam com uma vontade visível de me agarrar com força. Lutar contra ambos não seria uma tarefa nada fácil ─ tendo em visto que eles davam dois de mim ─ mas caso precisasse, eu não teria medo algum de os enfrentar. Eu realmente lutaria pela minha vida caso fosse necessário naquele momento.
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Minha Vingança É Ter Você (SERÁ RETIRADO EM BREVE)
RomanceEle é a obsessão e o desejo que me enlouquece. Victor Bretonne não planejava ter a vida de Pietro Martinez em suas mãos, mas sabendo que ele é filho do homem que assassinou seu pai, ele não hesita em jurar tornar a vida do garoto a mais miserável de...