Capítulo 11 - Te amo, cisne

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Orochimaru caiu morto quando o tiro certeiro de Naruto lhe acertou a cabeça, livrando o mundo para sempre do monstro que havia destruído a vida de tantos jovens inocentes. Shikamaru, que havia sido o que havia chegado e disparado na mão do homem de cabelos longos, correu a seu amigo.


- Naruto... está bem? – perguntou, ao ver como a mão do amigo pingava sangue.

- Sasuke... Sasuke... preciso ver Sasuke... – falou o Namikaze, tentando se levantar, sem sucesso, já que um dos tiros de Orochimaru lhe havia atingido uma perna também – Preciso ver Sasuke... – repetiu, seu amigo assentiu, e lhe ajudando a levantar, colocou um braço do maior em seu ombro, o carregando até o outro lado do jardim, onde puderam ver o como todos ali choravam, enquanto Itachi embalava o filho em seus braços, como se fosse um bebê, enquanto cantava uma música de ninar.

- Não pode ser... – Shikamaru sussurrou, entendendo o que acontecia.

- Sasuke... me leve a ele. – pediu o Namikaze, o castanho assentiu, o levando até onde pai e filho estavam – Sasuke... – Itachi percebeu sua presença e deixou um beijo na testa do pequeno, o entregando ao loiro, sabia que o garoto também deveria se despedir do pequeno receptor – Não...não pode ser...

- Naru... eu sinto muito. – falou Shikamaru, sentindo seu peito se contrair ao ver como o amigo negava com a cabeça, enquanto seus olhos inundavam-se d'água, se negando ao que estava bem à frente de seus olhos.

- Não... ele não pode me deixar... eu ainda tenho que provar o meu amor... ainda tenho que provar que sou digno... – o loiro falava em meio às lágrimas.

- Filho... ele sabia disso. – falou Minato, sentia-se tão arrependido por ter tantas vezes discutido com seu filho pela obsessão deste em procurar o pequeno Uchiha, se pudesse voltar no tempo faria diferente, e o apoiaria em tudo – Ele sabia do seu amor.

- E ele também te amava. – concordou Sakura, também em meio às lágrimas, Naruto negou, rejeitando a ideia que o amor de sua vida estava agora morto.

- Não... não pode terminar assim... ele não pode me deixar. – falou desesperado – SASUKEEEE!!! – e gritou, gritou com todas suas forças, abraçando com força o corpo inerte do mais jovem, afundando seu rosto no pescoço deste, enquanto as lágrimas escapavam como cachoeiras de seus olhos, logo levantou o rosto e olhou o do outro, acariciando a face pálida, exatamente onde estava a enorme cicatriz que Orochimaru um dia o havia feito – Eu queria tanto...faria qualquer coisa para que nada disso tivesse acontecido... para que você não houvesse tido que passar por tudo isso. Você me disse uma vez que não me merecia... que era a única coisa pura e bonita em sua vida... mas não era verdade, porque sou eu quem não o merece, e você... você é a única coisa pura e bonita na minha vida. E eu te amo, te amo tanto... amo como não se importa em se arriscar por quem é importante para você... amo como não importa o quanto te ofendam e te machuquem, sempre será gentil... Amo tanto Sasuke... amo sua coragem e bondade, amo sua sensibilidade e até sua teimosia. Amo todos os seus defeitos e qualidades... eu sempre amei... – abaixou os olhos, e juntou sua testa com a do menor, suas lágrimas caindo sobre a face pálida do pequeno – meu pequeno anjo... meu cisne bonito... meu amor de toda a vida... – e com um delicado beijo, selou os lábios do menor, que remexendo-se, abriu seus belos olhos negros.

- E você é o meu... meu amor de toda a vida. – e o Namikaze deu um grande sorriso, abraçando com força o garoto em seus braços, o qual jamais soltaria agora que o havia encontrado, agora que tinha o receptor jamais se afastaria outra vez.


(...)


- Não... papi, pu que (por que) tenho que ir? – perguntou o pequeno Itachi, de apenas três anos. Haviam passado cinco anos desde que tudo havia acontecido e muita coisa havia ocorrido. Lee havia se tornado o líder da principal máfia japonesa, tendo seu agora esposo Gaara a seu lado, como seu braço direito, ambos agora esperavam um filho, que pelos exames seria uma menina, a princesa da máfia. Sakura também havia podido encontrar o amor, em um dos homens de Lee, o mesmo que a havia tirado do incêndio no bordel, seu nome era Sai, estavam felizes agora, o moreno havia abandonado a máfia a pedido da agora esposa, com quem tinha duas preciosas filhas gêmeas, o casal agora era dono de uma pequena lojinha de antiguidades. Itachi havia falecido um ano após o reaparecimento de seu filho, sua doença o havia consumido por completo, mas havia morrido feliz, por ter visto mais uma vez seu pequeno cisne, e Minato o havia acompanhado meses depois, falecendo de um infarto fulminante. Shikamaru e seu esposo Neji estavam felizes com seu filho, de agora cinco anos, que muitas vezes lhes deixava de cabelo em pé, por suas travessuras. Quanto à Naruto e Sasuke, estavam mais felizes que nunca, casados, cuidando da fazenda e criando seu precioso filho, que havia recebido o nome do avô, em homenagem a este.

- Como por quê? É aniversário de Shisui, não quer vê-lo? – o pequeno cruzou os braços, irritado.

- Isui (Shisui) mau... nu (não ) coto (gosto) dele. – falou emburrado, o pequeno filho de Shikamaru e Neji sempre lhe puxava os cabelos, empurrava, não lhe deixava brincar com seus brinquedos e lhe chamava de feio, ele não era feio... era?

- Bebê... – Sasuke suspirou, vendo um reflexo de si mesmo quando pequeno em seu próprio filho.

- E como estão os meus anjos? Já estão prontos? – Naruto entrou ao quartinho de seu filhote, o encontrando com um beiço enorme, de bracinhos cruzados, enquanto seu esposo parecia cansado, o olhou interrogativo e o menor respondeu.

- Ele não quer ir ao aniversário. – falou Sasuke, o Namikaze sorriu.

- Mas... e quem vai comer o bolo? Soube que tem três andares. – os olhinhos da pequena criança brilharam.

- Boio (bolo)? – bem, pelo bolo poderia fazer um esforcinho... não?


(...)


- Finalmente chegaram! – falou o castanho, os recepcionando.

- Como vai, Shikamaru? – perguntou Sasuke, o maior sorriu – E o pequeno Shisui?

- Bem, obrigado. O pestinha deve estar correndo atrás do cachorro de novo, o pobre não tem paz. – os adultos riram, sabendo o quão travesso era o pequeno Nara. Ao longe Sasuke avistou Sakura, sentada conversando com Gaara, enquanto seus maridos se serviam na mesa de doces, como duas pequenas crianças, sorriu, resolvendo por ir até eles, enquanto seu pequeno se juntava às demais crianças, o pequeno Itachi correndo feliz pelo jardim da casa de seu padrinho, até esbarrar com outro pequeno, ambos caindo ao chão de bunda, para então se olharem com um olhar assassino.

- Isui (Shisui)...

- Icati (Itachi)... – e ambos se fuzilaram com os olhos, sob o olhar de seus pais, que se entreolharam.

- Parece que nossos filhos vão repetir sua história. – comentou Shikamaru, vendo como as crianças discutiam entre si, Naruto sorriu.

- Desde que não cometam os mesmos erros. – porque sabia que apesar de todas as brigas, se houvesse amor não importaria o tempo ou a distância, os dois corações sempre estariam ligados, buscando um ao outro... o único que esperava é que não sofressem tanto.


Fim!

Era uma vez: A Princesa Encantada - NaruSasuOnde histórias criam vida. Descubra agora