Capítulo 2 - Eles irão se gostar... verdade?

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Os dois pequenos se olhavam, o menor confuso pelo olhar do outro sobre si, e o maior irritado, porque já desconfiava quem era o menino estranho. O olhar do maior foi sobre a corrente dourada em forma de coração no pescoço do outro, que ao perceber o que o loiro tanto olhava, levou a mãozinha a sua correntinha, como se quisesse protegê-la, era seu maior tesouro, havia ganhado ao nascer, o que não sabia é que quem havia lhe dado havia sido o menino à sua frente, que também não se lembrava, mas tinha a impressão que aquele objeto era familiar a si.


- O que oia (olha)? – perguntou, já irritado pelo olhar do maior sobre si, Naruto deu de ombros.

- A casa é minha. – respondeu o loiro, como se respondesse tudo com isso, os olhinhos do moreninho brilharam em reconhecimento.

- Você é novo (noivo) meu? – perguntou, havia achado o menino maior bonito, mesmo é claro, seu papi continuava sendo o homem mais bonito do mundo para si. O maior ao ouvi-lo franziu as sobrancelhas, irritado.

- Não! Não sou noivo de um menino tão feio! – os olhinhos de Sasuke se abriram muito, para logo encherem-se d'água.

- Mentiia (mentira), mentioso (mentiroso). Meu papi disse que sou bonito. – apertou ainda mais a correntinha em suas mãozinhas.

- Pois seu papi é um mentioso (mentiroso), é o menino mais feio que já vi. – e o menor saiu correndo chorando, aquele menino estava mentindo, ele não era feio... era?


(...)


Naruto não se importou, ainda estava irritado, não queria um noivo, menos ainda ser o de um menino tão feio e chorão, por isso não deu importância quando o menor saiu correndo, chorando, mas a deu quando seu pai surgiu instantes depois, encarando-o não muito feliz, sabia que viria um castigo e isso o fazia detestar ainda mais ao menino feio.


(...)


No dia seguinte, quando pai e filho já estavam descansados, Minato levou os morenos para conhecer a fazenda, com seu filho não muito feliz logo atrás. O maior do grupo explicava como tudo acontecia ali, o como tosavam e vendiam a lã das ovelhas, o como tiravam o leite das vacas e criavam os porcos e cavalos, o moreninho ouvia tudo encantado, mas ele não queria apenas ouvir, queria brincar também com os animaizinhos que pareciam tão lindos a seus olhos.


- Por que não chega peto (perto)? – perguntou o pequeno loiro, ao ver como o menor olhava com desejo aos cavalos.

- Papi disse nu (não) chegar peto (perto). – respondeu, mexendo nas mãozinhas, porque a verdade é que queria muito brincar com os animaizinhos.

- Mas eu sou o dono. Vai logo. Pode brincar com aquele. – o pequeno não percebia a gravidade do que fazia, e também não a percebeu quando o menor mesmo incerto decidiu se aproximar do cavalo o qual o Namikaze o apontava, o mais feroz da fazenda, o qual ainda não estava domado.

- SASUKE! – o pequeno ouviu seu pai gritar e se assustou ao vê-lo correr em sua direção, ao mesmo tempo que o cavalo relinchava e erguia as patas em sua direção, só fechou seus olhinhos chorando, quando sentiu braços o puxarem e apertarem com força, ao abri-los viu seu papi o abraçando com força, enquanto o senhor Namikaze tentava conter o cavalo, ao mesmo tempo que discutia com seu filho, que repetia uma após outra vez que não era sua culpa, os olhos claros de Naruto o encarando ainda mais irritado, pois agora tinha certeza que seria castigado, e a culpa era de Sasuke.

Era uma vez: A Princesa Encantada - NaruSasuOnde histórias criam vida. Descubra agora