75_"tô de olho, papo reto"

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Duas semanas depois...
(quebra de tempo rs)

María Luísa 🌹

Se passaram duas semanas, eu já estava trabalhando bem firme, inclusive eu estava amando atender as pessoas da joalheria, o Léo já estava lançando novas tracks, o Thiago também lançou uma música solo, muito boas a propósito.

A minha mãe estava amando o México ela me mandava várias fotos dos ensaios e me contava muito sobre os lugares que ela visitou, eu ficava toda boba e pretendia ir lá algum dia passear, mantivemos contatos todos os dias e a cada dia ela ligava com uma novidade diferente.

Eu já tinha pegado muita intimidade com a Helena, ela me contou que das garotas que já trabalhou ali a única que teve potencial foi eu, e isso me deixou muito feliz, e aumentou mais o meu esforço é claro.

Eu trabalhava das sete até às seis da tarde, com direito almoço e lanche, e sempre na hora do almoço eu ia pra casa do Léo passar o horário com ele, sempre que chegava lá ele estava gravando música lá no estúdio dele, com uns amigos dele no qual eu nunca tive tempo pra conhecer.

Hoje eu saí mais cedo pro almoço, tinha duas horas vagas pra isso, eu liguei pro Léo me buscar e ele veio, a gente foi direto pra casa dele, antes passamos no estúdio do amigo dele. Depois de muito trânsito a gente finalmente chegamos na casa do Léo.

A mãe dele já tinha terminado o almoço, a família do Léo estavam sentados todos almoçando, eu me juntei com eles afinal eu querendo ou não já fazia parte daquele vínculo familiar, do tanto que eu frequentava ali.

Terminamos o almoço a gente subiu pro quarto, por milagre o Léo não foi gravar música hoje, passou o tempo comigo isso porque eu tinha duas horas vagas, deu maior tempo da gente aproveitar da melhor forma.

— Tá gostando do trampo lá? — Eu sorri e ele alisou minha bochecha. — Lá num vai mlk assim frequente não?

— Vai né, mais a maioria é comprometido. — Brinquei e ele me olhou de soslaio.

— A então tu anda perguntando os cara se eles namora? — Ele ergueu a sombrancelha e eu sorri brincalhona. — Tô de olho em, papo reto.

— A meus Deus, menos Léo bem menos.

A gente ficou conversando por um bom tempo até que deu meu horário, eu despedi da tia Lili e o Léo me levou de volta pro trabalho, ele ficou
um pouquinho conversando comigo lá fora mais logo ele saiu.

🖤

Eu entrei na joalheria e já fui ajeitando as coisas, arrumei as jóias, deixando do jeito que a Helena gosta, no momento que eu estava arrumando uma pessoa entrou eu me virei e era o Apollo o que trocou algumas palavras comigo no dia da entrevista.

— Olá moço. — Sorri agradavelmente, como uma atendente sempre faz. — Deseja algo?

— Sim, seus lábios. — Ele disse tirando um maço de cigarro e colocando na boca. — Tá disponível.

Que garoto ousado.

— Eu sinto muito mas, eu namoro. — Mostrei minha mão com aliança pra ele e ele me olhou de canto enquanto acendia o cigarro. — Portanto eu não tô disponível.

— Fiel, gostei. — Ele sorriu. — Teu namorado é aquele cantor de trap? — Eu assenti. — Daora as músicas dele, curti pacas.

— Que bom, ele canta muito bem não há dúvidas. — Falei anotando algumas coisas na caderneta sem olha-lo. — Eu preciso continuar meu trabalho, se você for comprar algo me diga logo pra não me atrapalhar mais.

— Tu ainda não se ligou né. — Eu olhei pra ele confusa e ele soprou a fumaça pro ar. — Eu sou filho da Helena, e mano eu posso ficar aqui o tempo que for.

— Ah sério? — Ele balançou a cabeça. — Desculpa de verdade, é porque tô ocupadassa mesmo e bom se entende.

— Fica de boa, vou ficar sentado ali tu num vai nem notar minha presença aqui. — Ele sentou no sofá dali enquanto mexia no celular e terminava de fumar o cigarro, se eu não me engano era maconha.

Já eu continuei anotando as coisas, hoje o movimento tava fraco quase não chegava clientes, eu aproveitei pra me sentar na cadeira que havia atrás do balcão, fiquei fuçando no meu celular, eu estava conversando com a Isa, a garota tava gastando comigo vê se pode.

— É assim que você trabalha. — Levei um susto quando olhei pra cima e vi o Apollo me olhando com um sorriso pra lá de debochado. — Deixa a dona Helena chegar aqui e vê tu aí largada nessa cadeira.

— Se você não percebeu, o movimento tá fraco, não tenho necessidade de ficar em pé em. — Sorri. — E você não faz nada da vida não?

— Faço pô, inclusive já já vou me encontrar com uns parça lá na bda. — Ele se aproximou de mim. — Que pena que tu namora, se não eu ia te levar comigo.

— Ah eu nem iria, a bda só é bom de noite.

— Tanto faz gata. — Ele alisou meu queixo eu afastei sua mão e ele saiu da loja, eu fiquei acompanhando cada passo dele, depois que ele saiu eu fui limpar umas prateleiras ali. Na parte das quatro começou a chegar clientes, eu passei o resto da tarde só atendendo.

Já estava quase entardecendo eu ajeitei minhas coisas e fiquei esperando a Helena pra fechar a loja, minutos depois ela chegou toda arrumada
parecia que ia pra um evento desses chiques.

— Demorei mais cheguei. — Ela disse toda sorridente. — Como tava o movimento hoje?

— Razoável, mas foi até bom.

— Que bom querida, vamos que eu tô super atrasada tenho um evento muito importante hoje. — Ela disse enquanto girava a chave na porta, eu despedi dela e sai indo pra frente do prédio esperar o Leonardo que não demorou muito pra chegar.

— Tá maior calor hein. — Eu disse e ele permaneceu calado. — Eu hein, o que deu, você que bicho te mordeu?

— Só num tô afim de bater papo. — Ele falou baixo, eu dei de ombros e fiquei mexendo no meu cabelo já que ele não estava afim de conversar. Sei lá ele tava muito estranho, eu senti desde a hora que ele chegou. 

🖤

Continua...

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