110_" baby nascendo"

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Malu 🌹

Eu estava sofrendo horrores ali, deitada naquela cama sentindo uma dor horrível, os médicos que estavam ali na sala me falavam coisas tentando me acalmar, eu precisava botar muita força pro bebê descer, e eu nunca imaginava que a dor seria horrível a esse ponto.

— Você precisa botar força Maria, estamos quase vendo o bebê. — O médico disse e eu comecei a botar bastante força, eu gritava alto e quanto mais alto mais eu pressionava meu útero, eu não conseguia pensar em nada a não ser na minha filha que eu ia pegar assim que nascer.

— Isso Luísa vamos, você consegue já tá quase, respira e inspira. — A enfermeira disse e eu sorri, eu já estava totalmente suada e a cada força que eu dava mais cansada eu ficava, eu respirei e aspirei apertava as mãos da enfermeira tão forte mas ela nem importou, ela estava me ajudando a conseguir trazer minha filha ao mundo. Depois de tantas e tantas forças e pressões eu faltava me estourar de tanta força que eu obtive, naquele minuto eu pude ouvir o choro da minha bebê ecoar pela sala, eu sorri largo ao vê o médico com ela toda sujinha de sangue no colo. — Vamos ter que levá-la. — Ele falou colocando ela embrulhada em um pano.

— Não posso nem pegar ela no colo? — Perguntei e o médico negou saindo da sala, como assim eu não pude nem segurar minha bebê por um segundo. — Por que não posso?

— Sinto muito Maria mas é porque ela nasceu prematura, capaz dela ter adquirido alguma doença ou até mesmo ter um... — Ela suspirou. — Bom vamos limpa-la e veremos se podemos trazer pra você pegar pelo menos uns minutos.

A enfermeira disse e logo saiu, os outros médicos fizeram um curativo já que ela nasceu cesariana, e depois disso eles saíram também, eu fiquei ali sozinha na sala com dores por todo meu corpo. Depois de alguns minutos minha mãe apareceu no quarto, conversamos muito e logo ela me ajudou a me limpar, depois que vesti o vestido do hospital ela se sentou do meu lado.

— Ô filha você não sabe, mas o Léo está lá fora... — Ela disse e eu me espantei. — Tá preocupado e com raiva por você ter escondido isso dele.

— Ah mãe eu ia contar hoje, mas aconteceu isso né.. — Falei me ajeitando na cama. — Pede ele pra vim aqui, eu quero conversar com ele...

— Tá bom, mas antes preciso saber, como é a minha netinha??

— Não tive como ver ela mãe, mas com certeza é linda igual a mim. — Falei sorrindo em deboche, minha mãe negou sorrindo mais ainda e depois saiu do quarto. Eu fiquei esperando a entrada do Léo, e eu precisava pensar em argumentos pra mim falar.

Eu estava distraída com minha própria imaginação, até que eu avistei a figura descabelada e triste do Léo entrando pelo quarto, eu senti a energia de raiva que ele carregava sobre si, mas fiz de tudo pra nossa conversa ser calma e tranquila.

— Vocês tem meia hora pra conversar, a paciente deve descansar pós parto. — O doutor apareceu na porta e eu e o Léo apenas assentimos.

— Antes de tudo eu queria te pedir desculpas por ter escondido essa gravidez de você... — Ele me interrompeu..

— Como cê teve coragem Malu? — Eu ia abrir a boca pra falar mas ele novamente me interrompeu. — Porra mano eu tinha o direito de saber, eu tinha o direito de ser o primeiro a saber.

Eu respirei fundo.

— Senta aí. — Pedi, ele sentou na cadeira que havia do meu lado. — Você tinha direito de saber sim, não tiro a sua razão de estar com raiva pois eu errei em não ter te contado mas Leonardo eu tinha meus motivos.

Ele coçou a cabeça num gesto de irritação.

— Quais motivos são esses Maria Luísa, me diga por favor. — No seu tom de voz havia raiva e ao mesmo tempo decepção.

— Você tinha outras coisas pra se preocupar.

— Esse é o seu motivo? — Indagou me olhando com o cenho franzido. tão lindo com raiva.

— Sim, você estava muito ocupado comendo outras garotas.— Depois de dito que fui me dar conta das palavras que usei. Ele balançou a cabeça positivamente.

— Tá certo Malu, vai joga mais na cara.

— Desculpa eu não queria ter dito isso desta maneira. — Lamentei entre um suspiro, ficamos longos segundos em silêncio que pra mim pareceu uma eternidade.

— Malu você devia ter me contado. — E ele novamente remoendo o assunto.

— Leonardo por favor deixa isso pra lá o importante é que agora você já sabe. — Fechei fortemente meus olhos.

— Mas mesmo assim estou muito triste por você ter escondido de mim, mano eu sou o pai— A última palavra ele falou baixo, quase um sussuro sofrêgo, aquela palavra me fez criar borboletas no estômago.

— Mas agora você já sabe caramba. — Me alterei, logo uma enfermeira entrou no quarto.

— O horário de visita acabou.— Ela disse analisando a caderneta que estava em suas mãos. — A paciente não deve passar estresse e nem algo do tipo, vejo que ambos estão estressados, ouvi vozes alteradas ao chegar no quarto.

— Depois a gente conversa sobre esse bagulho direito. — Ele disse então deu um beijo na minha testa e saiu me deixando apenas sentindo o aroma do seu perfume pairando no ar. A enfermeira me deu um remédio pra eu tomar e logo em seguida saiu do quarto.

E novamente eu fiquei sozinha ali pensando em altas coisas e até mesmo no Leonardo. Fiquei feliz por ele ter vindo e triste por não termos conversado sobre outro assunto já que ele insistia em me culpar pelo tal ato...

'''''''''

estou triste, já estou quase finalizando a fic..😔

Tudo Passa | Leozin mc Onde histórias criam vida. Descubra agora