Capítulo Quinze

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Jennie

Chegamos na casa da Chaeyoung, ela abriu a porta e disse que eu podia entrar, a casa estava um silêncio total, nem parece que mora alguém aqui. Cadê os pais dela?

— Uh, Chaeyoung?

— Sim? — Ela colocou a caixa na mesa da sala.

— Seus pais não estão?

— Não moro com meus pais, baby — Respondeu simples e saiu da sala — Quer algo?

— Não, obrigado... Quer dizer, obrigada — Me embolei nas palavras e Chaeyoung voltou para a sala, rindo.

— Não se preocupe, Jennie. Eu não me importo — Disse apontando para o sofá e eu me sentei, ela se sentou ao meu lado — Se você usa palavras para se descrever no masculino, é normal. Muitas pessoas erram e não é porque eu gosto de ler e sou considerado uma nerd que vou ficar te corrigindo.

— Você sabe que tem alfas que não gostam, acham sei lá, tem muita gente estúpida — Eu falei enquanto brincava com os meus dedos — Então, o que tem na caixa?

— Vou te mostrar, mas antes... — Ela passou a mão com delicadeza no meu queixo — Posso te beijar?

— Deve — Sorri tímida e ela se aproximou de mim.

Chaeyoung começou a me beijar e passar a mão sobre meu joelho, aquilo estava muito calmo, muito bom, mas... Eu sou Jennie Kim e mesmo sendo uma ômega não sou tão delicada assim, empurrei Chaeyoung para se encostar no sofá e me sentei em seu colo.

— O qu- — Comecei a beijá-la e acariciar sua nuca, ela colocou as mãos na minha cintura e começou a acariciar, percebi sua vontade de passar a mão na minha bunda, ela descia um pouco as mãos, porém logo botava na minha cintura novamente.

Aprendeu que deve pedir, isso mesmo.

Comecei a rebolar levemente em cima dela, e ela se afastou um pouco, respirou e voltou a me beijar, levei minhas mãos até as suas e as peguei e coloquei na minha bunda, Chaeyoung se distanciou um pouco dos meus lábios segurando o inferior com os dentes e me olhou, eu gemi baixinho e empurrei minha bunda para suas mãos a dando liberdade para apertar, ela entendeu, apertou e voltou a me beijar.

Estava tudo tão bem e ela passando as mãos às vezes apertando a minha bunda, quando o meu celular vibrou no meu bolso de trás.

— Babygirl — Se afastou respirando devagar, eu amo o quanto "Babygirl" é bonito saindo da boca dela. — Tem algo vibrando aqui, é seu celular ou o meu pênis tomou vida própria.

Eu comecei a gargalhar e ela tirou as mãos da minha bunda, eu peguei meu celular, era minha mãe.

— Oi, desculpa, desculpa — Falei e Chaeyoung me olhava agora fazendo carinho na minha coxa — Eu estou com uma amiga, eu vou voltar sim, mãe, não vou me atrasar, sim, senhora, tchau.

— Falei para não me trazer —Chaeyoung disse fazendo carinho em minha bochecha esquerda e eu fechei os olhos para sentir o toque — Fique parada por um momento.

— Ahn? — Eu ia abrir os olhos, mas ela começou a passar a ponta dos dedos no meu rosto, passou contornando minhas sobrancelhas, depois meus olhos, passou o dedo da ponta do meu nariz me fazendo rir, ela começou a contornar meus lábios e eu beijei seu dedo. — O que foi isso? — Perguntei abrindo os olhos e vendo Chaeyoung sorrindo.

— Você tem um rosto lindo — Disse e eu corei — Sabia que as pessoas cegas usam os dedos para sentir o rosto da pessoa também? — Questionou e eu assenti — Então, eles sabem se a pessoa é boa ou bonita tocando o seu rosto, eles conseguem ver com as mãos, só no tocar, dizem que eles sabem ler sua alma apenas tocando seu rosto. Eu meio que acredito nisso.

Eu fico impressionado com o jeito da Chaeyoung falar.

— Eu preciso ir, mas antes me diga o que tem na caixa — Eu disse saindo do seu colo e ela se ajeitou.

— São fotos e coisas antigas dos meus pais —Chaeyoung disse abrindo a caixa — Eles mandaram pelo KyungSoo.

— Você mora sozinha mesmo?

— Sim, e não foi por escolha — Suspirou e eu me segurei para não perguntar o motivo. — Ah, você tem que ir mesmo?

Eu queria gritar um "não", mas minha mãe ia me matar se eu demorasse mais 10 minutos.

— Sim, vem um parente chato para minha casa — Disse e Chaeyoung riu — Mas eu não queria ir — Me joguei em cima das pernas dela — Me ajuda!

Chae gargalhou e apertou minha bochecha, ri e me levantei, ela veio comigo até a porta.

— Até amanhã, baby — Ela disse e eu suspirei.

— Chaeyoung? — Ela me olhou e sorriu — Amanhã tudo vai voltar ao normal? — Fez uma cara confusa — Digo... Você na sua e eu lá com você fingindo que eu não existo.

— Não tem como fingir que você não existe — Disse e me abraçou — Você é a popular ali, quem fingi que você não existe?

— Olha, eu posso te dar um nome e ainda te contar os meus flashbacks de memória — Ela riu e eu beijei seu pescoço — Sério, vai voltar ao normal?

— Eu não acho ficar uma palavra bonita, você acha? — Ela perguntou e eu queria bater nela por mudar de assunto. — Então, não vamos ficar.

Ah não, que palhaçada é essa agora?

— Como é qu-

— Vamos nos conhecer — Disse e eu engoli todos os xingamentos a mãe dela que eu ia falar — Bom para você?

— Sim, ótimo — Mordi o lábio sorrindo — Vou poder te beijar?

— Vou pensar no teu caso.

— Odeio você — Ela abriu a porta para eu sair.

— Você já disse isso, e ainda me chamou de gostosa mais cedo — Ela disse rindo e eu bufei virando de costas e saindo, mas ela puxou meu braço e encostou seu corpo no meu — Linda.

E ela me beijou, mas logo se afastou sorrindo e eu suspirei.

— Ainda te odeio, sua nerd chata — Fui até o carro escutando a risada de Chaeyoung atrás de mim.

Não vou dormir hoje, vai que isso tudo pode acabar amanhã e eu perceber que foi apenas fruto da minha imaginação.


Vejo vocês em breve.

I Love You, Nerd | Chaennie (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora