Capítulo 8: (Não) Contra-ataque

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8° regra
Dite suas próprias regras

Alguns fatos incontestáveis me fazem ter a plena certeza que eu sou um completo zero a esquerda.

Não, é serio, não tente me contrariar dizendo coisas do tipo " isso não é verdade, cada um tem seu próprio tempo" ou " uma hora chega sua chance de brilhar". Eu tenho uma listinha com todos os motivos enumerados para eu comprovar isso, vamos lá, irei te apresentar:

1. Eu ainda sou virgem.

2. Em meus longos 17 anos de vida eu só namorei e beijei uma garota, e eu tenho plena certeza de que essa não é minha praia

3. Eu nasci para tomar no cú

4. Eu só tinha um amigo até um tempo atrás e ele é tão derrotado quanto eu

5. Acredito não ter nenhum talento notável 

6. Eu sou impopular, para não dizer invisível na escola

A não ser que algum dos itens acima seja provado ser o contrário, eu vou continuar sendo a porra de um completo derrotado.

E todos esses motivos mostram que as chances de Levi se apaixonar por mim são literalmente, nulas. O que faz a minha pequena ilusão de vivenciar um lindo romance gay com o moreno seja jogada completamente para escanteio.

Eu estava aqui refletindo sobre algumas coisas, e eu cheguei em uma conclusão bem engraçada:

Certas escolhas trazem consigo consequências.

É  sério, me escute, eu sei do que eu estou falando.

Aconselho a você se sentar confortávelmente no sofá de sua sala, pegar a pipoca e preparar seu psicológico para a série de azar que me acometeu a poucos dias atrás.

Vamos começar pelo dia em que eu resolvi botar o meu plano mirabolante em ação. Vocês lembram né?

Tudo aconteceu um dia depois da minha pessoa ficar presa no banheiro feminino por um planinho bobo daquele projeto de anão e o loiro das sobrancelhas. Sim, eu soube da participação dele no plano mais tarde quando tentei voar em Levi, com o intuito de o sufocar até a morte, mas essa é uma história para outra ocasião.

Era uma bela manhã de quarta feira - último dia do castigo de limpar os banheiros - e eu estava saltitante.

Havia passado a noite toda arquitetando o meu plano infalível e  maligno - gravem bem essas palavras - e para botá-lo em prática eu precisaria de algumas peças fundamentais, e uma delas seria meu lindo e maravilhoso melhor amigo: Armim Arlet.

— Eu ja disse que eu não vou fazer isso Eren - falou o loiro impaciente se virando para olhar a outra pratileira

Estavamos na biblioteca do colégio a procura de um livro para um trabalho de literatura. Não que eu fosse ler, claro que eu iria pesquisar um resumão no google mais tarde, eu só estava ali de acompanhante.

— Por favor - peço juntando as mãos e me colocando a sua frente 

O mesmo respira fundo tentando controlar a enorme vontade que tinha de enfiar aquele livro de literatura portuguesa em minha goela até que ele saia pelo meu cú, e me olhou com repreensão: — E o que eu vou ganhar com isso além da porra de um olho roxo? - perguntou com os olhos azuis transbordando indignação .

E bom, eu já tinha os argumentos perfeitos para que ele compactue comigo para andarmos em rumo ao plano perfeito - gravem essa outra palavrinha. E para isso, eu acho que eu vou ter que exemplificar mais algumas coisas sobre o Grêmio Estudantil.

Como (não) Conquistar o CrushOnde histórias criam vida. Descubra agora