Capítulo 9: Consequências de um plano (quase) infalível

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9° regra
Acredite em seu potencial

Se arrependimento matasse, eu - com toda certeza - já estaria a sete palmos debaixo da terra em período de decomposição com milhares de insetos nojentos comendo o meu corpo até restar apenas o esqueleto.

Eu não imaginaria que aquela anta do Oluo tentasse por si só advinhar quem era a tal garota - que nem existia, vale ressaltar -, fala sério, eu sabia que ele era burro, mas não sabia que era tanto.

Mas olha só, a vida é como um oceano, quando você pensa que ele está calmo, e você consegue submergir de suas profundezas, lá vem mais uma onda de 7 metros para afogar você de novo.

Minha avó costuma dizer que a vida é um trem bala. E neste exato instante ele está passando por cima de mim, dá para acreditar?

Certo, certo, vamos parar com as minhas divagações do que a vida é, e irei tentar acorda do meu surto pré morte.

As consequências do meu plano - quase - infalível estão apontando uma arma na minha cabeça e dizendo " Passa tudo antes que eu atire e acabe com a sua medíocre vida", e meu maior erro foi não ter passado tudo logo e ter dado meu cú de brinde.

Lanço um olhar cortante na direção de Armim que me encara com deboche e algo próximo a acusação.

" Eu avisei, não escutou porquê não quis " diz o loiro através de seus olhos enquanto com o canto dos lábios franzida.

" PRECISAVA DENUNCIAR?" Eu o encaro revirar os olhos e franzir as sobrancelhas finas.

"Eu só falei que não iria dar certo. Você se afundou sozinho" retruca abrindo um sorriso sarcástico.

" Se eu afundar eu te levo junto" umedeço meus lábios matutando milhares de formas de torturas que eu poderia fazer.

"É seu histórico do Google que tá em jogo, não o meu..." o encaro abismado e seu sorriso aumenta.

"Lembre-se das compras que você faz com meu cartão de crédito semana passada" seu sorrisinho desmancha e o fito vitorioso.

" Droga! Eu não tenho argumentos contra isso" ele suspira e me encara com tédio "O que você que que eu faça?" Pergunta.

" Trate de concertar essa situação" respondo dando de ombros e ele suspira derrotado e desvia seu olhar para o lado.

- Por que parece que eles tão conversando através de olhares? - sussurra Jean para a loira que o chama de burro enquanto revirava os olhos.

Acho que já deu para perceber o porquê do Armim não se encaixar no me conceito de amigos. Quer dizer, óbvio que eu já esperava essa reação dele se o plano desse errado, eu conheço esse otário desde meus 10 anos, são muitos anos de convivência. Mas tenho certeza que vocês não.

E não, eu não duvido nada, se caso alguma dessas consequências recaía sobre ele, que amanhã meu histórico do Google vai estar exposto para qualquer alma viva - e as não viva - que tenha um celular e acesso a internet ver, bastaria um único clique para que você saiba o que eu faço toda madrugada.

O olhar inquisidor de Annie em minha direção me impediam de formular alguma mentira coerente, mordo meu lábio inferior sentindo o nervoso aumentar por ter tanta atenção em cima de mim.

Suas sobrancelhas estavam juntas e sua expressão passava a clara mensagem de "Fala alguma coisa bastardo antes que eu enfie esse garfo no seu pescoço", me fazendo engolir em seco e gaguejar palavras incoerentes.

Me sinto estranhamente em uma sala de interrogatório como suspeito principal de um cruel assassinato.

E olha que eu não mato nem formiga.

Como (não) Conquistar o CrushOnde histórias criam vida. Descubra agora