《Kiss me》

Eu não sou sua

Esse episódio contém frases homofóbicas.

Lembrando que homofobia é CRIME, e devemos respeitar o próximo independente da sua opção sexual. 

Todos juntos contra a homofobia! 🤚✊

Deixem o seu arco-íris nos comentários.

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Rio de Janeiro, quarta-feira, 01:30pm.

POV Sarah

Meu dia no trabalho estava sendo uma tortura, o setor jurídico da empresa estava muito lento, e eu precisava daqueles papéis na minha mesa o mais rápido possível.

"Não é possível que eu esteja cercada de incompetentes!" - pensei.

Eu precisava finalizar tudo, no máximo, até as 16 horas e o sistema estava muito lento.

Decidi ir almoçar para esfriar a cabeça e liguei para Ker, chamando para que ela me acompanhasse. Peguei o elevador para recepção do prédio e, como sempre, ao passar pelo local, todos ficavam sérios e voltavam aos seus respectivos lugares, aquilo alimentava o meu ego em um grau... Passei apenas dando-lhes um "boa tarde" seco e saí. Naquela tarde eu havia dispensado Ronald, então eu mesma iria dirigir meu carro. Passei para buscar Ker e fomos direto para o restaurante, que não ficava muito longe dali.

POV Juliette

Saí do meu escritório para almoçar, Carla estava me esperando em um restaurante não muito longe do escritório. Andei por alguns minutos e o local ficava do outro lado da rua, eu teria que atravessar as duas faixas de pedestres para chegar, então estendi a mão sinalizando para que os carros parassem. Todos pararam e eu atravessei a primeira faixa, foi quando meu celular tocou e eu o peguei para atender, esquecendo de dar o sinal para atravessar a próxima faixa, de repente vejo um carro vindo em minha direção.

POV Sarah

Freei o carro com tudo, fazendo o corpo de Ker se inclinar para frente, ouvindo o barulho do atrito das rodas no chão.

- Caramba! - Ker exclamou.

- Ai meu Deus! Droga! - falei assustada.

A mulher caiu no chão após o leve impacto do meu veículo contra o seu corpo. Abri a porta do carro rapidamente para socorrê-la, que já se levantava e, pasmem, eu não podia acreditar em quem estava ali.

- Juliette??? - disse surpresa por encontrá-la, ainda mais desse jeito.

- Ai, não, Sarah! Mas que mundo pequeno, né? Uma hora você me seduz e me larga nua na cama de um hotel, e na outra me atropela! ela falou segurando a minha mão.

- Você tá bem? - perguntei preocupada.

- Estou sim, só ralei um pouco o meu joelho. E o local onde você bateu com o carro, com certeza vai ficar roxo.

- Senhorita Freire, eu não sei nem o que dizer, desculpa! Posso pelo menos te oferecer uma carona?

- Não, tá tudo bem! Eu tenho reserva nesse restaurante ali, minha amiga está me esperando. - ela apontou em direção do restaurante do outro lado da rua.

- E aí, vai demorar muito? Meu horário de almoço está passando, Sarah! Vamos logo! E você, toma cuidado ao atravessar a rua, gatinha. - Ker falou sentando na janela.

- Tem certeza que está bem? - perguntei ajeitando o cabelo dela e colocando-o atrás de sua orelha. Ficamos um tempo nos olhando e dava pra perceber que estava rolando aquele clima, pelo menos da minha parte.