𝐉𝐨𝐮𝐤𝐢; 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 I

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#🌙! warnings;; tentativa de suicídio, agressão,
menção de depressão, sangue.

#🌙! genres;; sad, angst, daddy issues.

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Joui Jouki, o garoto fofo que tinha a vida perfeita. Era bonito, forte, rico, corajoso, carismático, gentil, só usava roupas de luxo, suas coisas eram absurdamente caras, tinha várias garotas que gostavam de si... Isso tudo, eram estereótipos mentirosos que o deram por não saberem a verdade por trás do famoso sobrenome no qual era conhecido.

Sua vida não era nem um pouco perfeita, e nada disso era real. Nem sua alegria, seu carisma, sua coragem, sua gentileza, o ódio por palavrões, sua personalidade extremamente fofa não era real, era só mais um de seus papéis que inventou para tentar fazer amigos e ser amado por pessoas.

Joui, era um garoto triste, um garoto que tinha um grande problema com estresse e autoestima, se matando aos poucos com aquela fachada ridícula de garoto bonzinho e corajoso. Ele era o maior mentiroso e se sentia um lixo por enganar seus amigos e até sua namorada, na qual ele não amava de verdade.

Joui era um garoto revoltado com a vida e em momentos a sós consigo mesmo em frente ao espelho, revelava a fúria e tristeza que continha por horas do dia. Chorava com raiva de seu pai abusivo, de sua mãe falsa, de si mesmo. Sentia nojo do sobrenome Jouki, tal sobrenome tão sujo e nojento.

A cada dia a opção de suicídio se fazia mais presente, rondando sua mente cansada, tentou diversas vezes, diversas, mais sempre tinha alguém que lhe impedia de acabar seu sofrimento de forma que considerava egoísta. E sempre eram religiosos o impedindo no momento que finalmente iria pular de uma ponte ou se jogar na frente de um carro, dizendo que não era para o garoto desperdiçar a vida que Deus lhe deu, e que tudo iria melhorar, dizendo que ele iria queimar no inferno se fizesse tal ato, sendo que não iria fazer diferença nenhuma para ele, sua vida em si já era um inferno. Mas se esse Deus realmente existe, por que nunca fez nada?

Passou-se anos. Continuava sendo abusado psicologicamente e fisicamente pelo pai, deveria chamá-lo de pai? Sua mãe, nunca fazendo nada, apenas se afogando cada vez mais em bebidas e cigarros. E ele? se afogando em mais tristeza e nojo de si mesmo que se acumulava ao seu redor. Agora, já não bastava tudo isso, adquiriu um demônio pessoal, no qual nomeou de Kuman, ele sussurrava em seu ouvido palavras que só o garoto sabia, atormentando a mente esgotada do jovem Joui, enquanto ele forçava um sorriso.

Ódio, raiva, fúria, nojo, desgosto, aflição, tristeza, medo, vazio. Era o que sentia, esses eram os sentimentos de Joui, apenas esses. Sua mente vagava frequentemente para planetas e universos no qual criaria para se afastar dessa realidade suja e desgastante. Se sentia a Coraline, só que ele não se importaria em uma mulher aranha roubar seus pais.

"Joui? Está prestando atenção na aula?", "Ele está no Mundo da Lua professor". Essas frases estavam bem presentes em seu dia a dia. Aulas não eram mais importantes, iria morrer antes mesmo de se formar, não é? Então pra que?

Acabou que suas notas foram caindo cada vez mais, e cada vez mais, era agredido pelo pai, e cada vez mais se sentia um lixo, e cada vez mais apareciam novos cortes em seus pulsos, e cada vez mais cogitava pular de um prédio.

Decidiu fugir de casa, andar por aí à noite era perigoso, mas acha que ele se importava? Caminhava calmamente pelas ruas de São Paulo, as lojas estavam abertas, era cedo ainda, às nove e meia da noite. Subiu na sacada de um prédio abandonado no qual geralmente ia para respirar um pouco e ficar sozinho.

Faça isso...

Pule...

Ninguém sentirá sua falta...

Vá...

Seja livre...

Voe...

Pule Joui Jouki,
seja livre, é sua chance, não tem ninguém aqui,
ninguém vai te atrapalhar agora!

pule, pule, pule, pule, pule, pule, pule, pule, pule, pule, pule, pule,
PULE, PULE, PULE, PULE, PULE, PULE, PULE, PULE, PULE, PULE


Eu ando para mais perto da sacada do apartamento velho e abandonado, olho para baixo vendo poucas pessoas andando calmamente pela calçada e carros em alta velocidade, ambos indo à caminho de seus retrospectivos destinos.

Me sento na sacada de concreto balançando minhas pernas de forma consideravelmente adorável enquanto olhava para o céu com o olhar vazio e um sorriso no rosto.

O vento forte batia nos meus cabelos os fazendo balançar livremente para os lados me dando uma visão melhor da minha futura casa. Admirando meus novos vizinhos que brilhavam tentando chamar a atenção de quem quer esteja observando-os.

Olhei a lua crescente na cor amarelada. Estava linda hoje, estava arrumada para me receber quando eu chegasse lá?

-Você está realmente deslumbrante, senhorita Luna.-, falei com ela como se a mesma realmente pudesse me ouvir. Que costume idiota de conversar com a Lua...

-Me deixe ser uma estrela também? Por favor...-, olhei para o chão que estava a metros de distância dos meus pés.

Me levantei e fiquei em cima da sacada de costas, com os braços abertos, prestes a pular e finalmente ser livre como um pássaro. Sentia a brisa forte e gelada batendo contra o meu rosto úmido pelas lágrimas de ansiedade. Eu não sabia dizer se era a ansiedade de algo que eu queria muito fazer e eu estou prestes a pôr em prática, ou se era a ansiedade de medo.

E finalmente, me impulsionei para trás, sentindo o vento ficar mais forte, o sorriso no meu rosto aumentava, a adrenalina corria pelas minhas veias fazendo meu coração pulsar. Eu estava livre, eu era livre.

Um baque foi ouvido, um colapso, uma dor insuportável na minha nuca. Sentia sangue sair pela minha cabeça e espirrar ao redor. Ouvia gritos ao meu redor, e até que... tudo se apagou... eu estava livre... finalmente livre...

₍ᐢ× ༝ ×ᐢ₎────────────────────────────────────~♡

♡ ᐢ_ _ᐢ₎っ Heyow! Eu mudei um pouquinho o estilo de escrita. E me desculpem pela demora pra postar, eu não sabia o que escrever kk...

E vocês gostaram do capítulo? Eu coloquei mais sentimento do que devia nele, mas eu sinceramente amei e ficou exatamente do jeito que eu queria!
Se puderem votar eu ficaria muito feliz! E comentem ideias para capítulos futuros também, ou só comentem nos parágrafos seus sentimentos que já me despertam várias ideias!

Eu queria agradecer à bellumSky e peawchyi (e acho que a/o Pete_Wolfhard também tá lendokkk) por estarem lendo essa fanfic, eu sou muito fã das suas histórias e passo horas lendo de madrugada rs <3

É isso leitores! Até a próxima, não me xinguem :')

Angel of the Night love's you! :)

Infinite; Joaiser AU. Onde histórias criam vida. Descubra agora