Mar Confuso (Luberto)

Capitulo III - Boca a boca

[Esse capítulo contém cenas de afogamento na água, se isso causa algum gatilho em você sugiro que pule a parte que estará marcada assim: "→²"]

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- Finalmente chegou do seu encontro?

- Que encontro Giulia, ta doída?

- Desde que você chegou só fica com Alberto, até parece que estão juntos.

- Eu vi você diariamente por anos. - Protestou se deitando na cama olhando para a amiga.

- Isso não quer dizer nada, como se sente voltando para Portorosso após tanto tempo?

- Maravilhosamente bem, não mudou nada, mas sempre foi incrível, estava com saudades de todos, da minha família, Alberto.

- Ele começou a trabalhar como salva-vidas. - Contou a menina lembrando do que o pai havia dito. - Ele tem até um uniforme vermelho como nos filmes que te mostrei.

Luca balançou a cabeça pensativo sobre o amigo, não havia visto ele assim talvez ele ficasse bonito assim, inflou as bochechas de vergonha tentando disfarçar.

- Vai ter outra copa Portorosso, vamos participar?

- Não estamos velhos para isso?

- Seria um troféu para nossa coleção. Já contou para seus amigos sobre a faculdade?

- Ainda não, acabei de chegar não quero contar para todos que vou embora de novo e dessa vez ainda mais longe.

- Deveria estar preparando eles para essa notícia, se dizer de última hora vai tornar isso ainda pior.

Luca comprimiu os ombros em silêncio, não queria contar a Alberto sobre isso ele estava tão feliz com sua volta e em pouco tempo já iria ir embora de novo, agora que estava de reaproximando do amigo parecia tornar isso ainda mais doloroso do que era. - Eu vou contar para ele, mas não agora.

- Você que sabe.

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A praia de Portorosso era bem movimentada, ainda mais em um dia ensolarado naquele dia de verão, as pessoas se divertiam correndo pisando na areia macia naquele sábado, sobre uma cadeira alta de madeira pintada de branco estava Alberto com o uniforme vermelho de salva-vidas de óculos escuros e uma bebida do lado do braço.

- Gostei da roupa Alberto. - Luca disse tampando os olhos do sol.

Imediatamente o salva-vidas saltou do lugar em que estava, parecia surpreso e animada com a vinda do amigo.

- Você aqui?

- Vim ver o meu amigo trabalhando, algum problema?

- Nenhum, mas não vou poder te dar atenção, como pode ver eu salvo vido.

- Monstro marinho salvando vidas, que ironia.

- As vezes fico muito tempo pensando no quanto isso é estranho, e quanto a nossa viagem já avisou sua família?

- Está tudo pronto. - Mentiu.

- Que ótimo! Pode ir arrumar as malas.

- E para aonde vamos?

- É surpresa.

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Luca era uma pessoa muito curiosa para se saciar com tanto mistério, provavelmente ficaria muito tempo pensando no que iriam fazer, talvez contasse sobre a faculdade nessa viajem, apesar de era grande as hipóteses de estragar toda a diversão e ainda deixar o amigo magoado de novo. Seus pensamentos giravam e giravam em torno de sua cabeça que nem notou Alberto se afastar as pressas dele correndo para a água.

- SOCORRO! SOCORRO! - Alguém estava gritando se debatendo na água tentando se manter na superfície, seus braços estavam moles de cansaço. Luca fechou um poucos os olhos para ver melhor e era uma mulher de cabelos cacheados.

Rapidamente Alberto se jogou na água nadando até a garota, não havia mais problemas em mostrar sua forma marinha Luca estava estático sem saber o que fazer. Com rapidez o mostro marinho azul agarrou a cintura da mulher levando-a para superfície da água, no entanto, ela já estava desacordada, usou sua cauda de apoio e a levou até a areia, massageou seu peito na tentativa de reanimar a moça, sem efeito, tampou o nariz da mulher levou sua boca até a dela e assoprou lentamente, uma, duas, três vezes.

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A mulher abriu os olhos lentamente, um pouco fraca encontrando o rosto de Alberto ainda próximo ao seu, todos começaram a aplaudir ela estava bem e em pouco tempo iria se recuperar completamente, os olhos deles se marejaram de lágrimas enquanto abraçava seu salvador, murmurando um obrigada.

Luca estava surpreso, com um misto de sentimentos que não podia entender completamente, orgulhoso, admirado e ciúmes? Seu amigo havia feito algo tão incrível ajudando aquela mulher, de longe observava ele sorridente pelo feito Alberto havia se tornando um homem admirável, e cada vez mais a ideia de ir embora e para longe dele de novo parecia cada vez mais doloroso.