A chegada de novatos na renomada escola espanhola de Las Encinas balançou a vida de todos os estudantes ali presentes. Em um mundo repleto de alfas, betas e omegas, é raro encontrar a alma gêmea perfeita, aquela que lhe completa e que faz seu coraçã...
Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo? Desculpe a demora. . . .
— Pois bem, faça o que quiser, eu só acho que essa escola deveria ter o mínimo de consideração pelas pessoas e não simplesmente colocá-las no olho da rua como se fossem animais! — o protesto da mulher foi ouvido de longe por eles, que viraram suas cabeças em direção ao que acontecia, podendo ver claramente Benjamin parado de braços cruzados enquanto a mulher marchava com suas coisas pelo corredor e parava em sua frente.
— Pai? — questionou Patrick baixinho, sem entender.
— Mãe?
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Patrick não pode deixar de virar a cabeça na direção de Ander, num misto de descrença e hesitação. Aquela era a mãe dele? O alfa o ignorou totalmente ao ver sua mãe no corredor e marchou rapidamente em direção à ela, com a mesma fúria que apresentava minutos antes de quando trombou consigo no corredor. Decidido, o loiro tentou segui-lo, mas seu braço continuou sendo segurado por Ari, predendo-o no lugar.
— Está louco, onde pensa que vai? — questionou ela, olhando-o assustada e um tanto nervosa.
Patrick não respondeu, apenas puxou seu braço com irritação para que ela o soltasse, correndo em direção ao que ocorria, mesmo com os protestos de sua irmã ao fundo. Ari tinha que parar com aquela mania irritante de achar que pode mandar na vida de todos. Não foi preciso se aproximar muito para voltar a ouvir a discussão, visto que eles não pareciam fazer questão de serem discretos, então parou à alguns metros de onde eles estavam, hesitando em se meter completamente.
— Onde já se viu, como vocês despedem uma pessoa sem ao menos avisar antes? Isso é antiético! — ainda protestava a mãe de Ander, agora com seu filho ao lado dela, olhando Benjamin com o mais puro ódio em suas íris.
— Sinto muito por você, mas esse colégio estava um verdadeiro caos enquanto em suas mãos, e eu fui chamado até aqui para solucionar o problema. — disse Benjamin simplista como sempre, olhando-os com uma total indiferença. — Se não era competente o suficiente, só posso lamentar.
— Escuta aqui seu porra, não chama minha mãe de incompetente! — gritou Ander, praticamente avançando em cima do novo diretor, se não fosse sua mãe tentar segurá-lo. —Quem você pensa que é com essa arrogância toda, hem? — rosnou, exalando toda sua fúria.
— Filho, calma, essa não é uma discussão pra você... Vá pra aula, por favor. — pediu a mulher, tocando-lhe o ombro e tentando acalmar o alfa, cujo temperamento explosivo infelizmente conhecia muito bem.
— Eu não vou deixar esse cara ficar te humilhando na frente de todos! — gritou, tentando se desvencilhar dela.
— Se eu fosse você, ouviria sua mãe, rapaz. — disse Benjamin, olhando o alfa com um misto de decepção e seriedade. — Lembre-se que eu sou o novo diretor e posso muito bem lhe expulsar por esse mal comportamento. — ameaçou. Patrick arregalou os olhos ao ouvir aquilo, se não fizesse alguma coisa, isso não iria acabar bem.
