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Assim que as aulas terminaram; Jirou, Shinsou e Neito foram até o estacionamento da faculdade, atrás do carro do loiro.

— Entrem. – disse Neito após destravar as portas.

Shinsou iria se sentar no banco de trás com a amiga, mas foi barrado por Monoma, este que pousou a mão em cima da do arroxeado, que segurava a porta do carro.

— Desde quando meu copiloto fica atrás? – indagou o loiro encarando o amigo com um sorriso.

— Certo. – Shinsou riu e deu a volta no carro, se sentando no banco do passageiro.

Jirou observou tudo já no banco de trás e assim que Hitoshi a encarou pelo retrovisor, fez uma careta como se dissesse “tá com a moral, em", fazendo Shinsou rir e revirar os olhos.

— É para ir pra onde? – perguntou o garoto loiro ao entrar no carro e se sentar no banco do motorista.

— Para o estúdio do Dabi, né. – disse Jirou óbvia.

Durante o caminho até o estúdio do moreno, o trio ficou conversando enquanto “Sofia - Clairo" tocava em um volume baixo. Kyouka tinha essa música em sua playlist e se pudesse ouviria por vinte e quatro horas, visto que achava a música calma e relaxante.

Enquanto isso, o grupo de Kaminari também se encontravam dentro do carro do mesmo, claro que Mina era sua copiloto - por mais que a rosada não ajudasse em nada no quesito de direção, ao menos dava uma ótima DJ - e os outros três garotos iam no banco de trás.
Vez ou outra Denki se pegava olhando o retrovisor, observando o jeito como Kirishima e Bakugou trocavam olhares intensos. Isso causava um sorriso de canto nos lábios do loiro, não fazia a menor ideia do porquê os dois amigos não ficavam juntos de uma vez. Era notável para todos no mundo o quanto aqueles dois se gostavam, mas nunca aconteceu nada e nenhum deles chegou a comentar sobre isso com Denki, então ele não poderia fazer muita coisa sobre o assunto.

Mas ver aquela troca de olhares dos dois amigos, lhe fez pensar sobre um garoto...

Sobre essa mesma troca de olhares que tinha com ele, os toques quentes por cima das roupas, os beijos intensos e viciantes...
Merda! Toda vez que pensava no arroxeado dessa maneira não conseguia evitar em ficar um pouco excitado, mas essa sensação não durava muito, já que pensamentos nada felizes tomavam sua mente.

— Toshi... Podemos conversar, por favor?! – suplicou o mais alto após ter ficado à sós com o arroxeado em uma das salas de aula durante o intervalo.

— Não temos nada pra conversar! – disse o mais baixo virando o rosto.

— Por que evita me olhar? – indagou o loiro um pouco inacreditado com um sorrisinho amargo nos lábios.

— Como eu disse naquela festa... Me esqueça! – disse Shinsou com afinco.

— Como posso esquecer alguém que disse que me amava e gemia meu nome implorando por mais? – disse Kaminari com um semblante sério, fazendo desta vez o arroxeado lhe encarar com as bochechas levemente coradas.

— Não é problema meu. A partir de hoje somos estranhos! – disse Shinsou com afinco e pousando as mãos no peitoral quente do mais alto, o empurrando.

— “Estranhos”? O que custa ouvir o meu lado da história? Por que só acredita naquela arrombado de merda? – indagou o loiro realmente puto.

O arroxeado não perdeu tempo em estapear a cara do mais alto, deixando uma bela marca da palma no rosto pálido.

— Vai se foder. – disse o menor por fim.

LIKE STRANGERS, I STILL LOVE YOU ; shinkamiOnde histórias criam vida. Descubra agora