Correria de acontecimentos

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Não acredito que ele está aqui!

B -Ah Shirou, sempre no momento certo! -vejo a mesma dando um sorriso amistoso para o albino ao meu lado.

S -Não estou entendo ainda o que "ela" faz aqui.

B ‐Ah eu explico -vem em nossa direção com sua bengala, parando em nossa frente, recolhendo assim o documento que se encontrava com o mal humorado- mas antes, vocês se conhecem?

S -É uma refugiada. Chegou ontem

B -Compreendo, bem, não sei como lhe explicar isso mas, nossa querida integrante é uma humana, um caso único de "feralcite".

S -Que? É impossível, sem dizer que nem existe isso de "feralcite".

B -Veja você mesmo então -entrega minha carteira  de estudante a ele, que muda a sua forma feral de lobo, respirando o documento, e logo em seguida fazendo uma face de descrente, entregando o papel para mim com a maior desfeita.

S -E o que faremos sobre isso? Ela pode apresentar ser um risco para nós.

-Eeeeei, eu não sou nenhum tipo de terrorista tá?!

B -Se acalmem, como eu disse antes, irei procurar por algum tipo de cura, até lá à acolheremos muito bem, você pode cuidar dela certo?

O albino bufa concordando, e após a conversa, eu me despeço da prefeita tentando escapar daquele clima e do homem indignado que estava do meu lado, o que não adiantou muito, já que assim que entrei no elevador ele veio e entrou junto num piscar de olhos, sem jeito, apertei para ir ao térreo, de cabeça baixa.

S -Por que não falou que era humana?

-Eu tinha meus motivos e...apreensões.

S -Tem alguma ideia de como isso aconteceu?

-Não, apenas rolou...foi de um dia pro outro.

E o silêncio se instalou novamente, mas graças ao elevador, já haviamos chegado ao destino, saio e vou indo para a saída, e conforme fui caminhando percebi que Shirou ainda estava vindo atrás de mim, me seguindo praticamente, então paro na praça, sentando em um dos bancos do lugar, respirando fundo, e aproveitando do calor do sol, enquanto isso ele apenas ficou de pé ao meu lado.
Não estava afim e nem confortável para puxar assunto com o mesmo, então aproveitei para olhar em volta e....hum....a maioria dos ferais, todos estão em sua forma humana, por quê será?

Apesar de inquieta com a situação a qual me encontrava, a curiosidade foi maior, então, ainda com receio abri minha boca para falar com o Shirou:

-Ham, Shirou, por quê vocês estão em sua forma humana aqui?

S -Bem, primeiro porquê é mais confortável para poder andar sem causar alguma confusão, segundo, pois dependendo de onde você passe, vão achar que está atrás de confusão.

-Ata....eer, não é por nada mas, por que está me seguindo?

S -Eu não confio em humanos, e para mim você é um problema.

-Eu já falei que não sou um perigo para ninguém! Vim para cá pois estava cansada de sentir medo dos caçadores, preconceituosos e ignorantes, receio de fazerem mal à meus pais também...

S -Ainda assim, não tenho um pingo de confiança que seja em você.

Quando ia abrir a boca para falar, houve uma explosão no centro, gritaria e gente correndo por todo lado, o Albino estava espantado com o ocorrido, mas seu celular que começou a tocar o fez recuperar o fôlego falando normalmente, e me puxando para um canto mais tranquilo, não sei se era para ouvir melhor a ligação ou para eu não fugir pelas pessoas correndo. E apesar de não entender o que a pessoa no celular dele queria, eu consegui entender que se tratava da prefeita.
Vejo-o guardar o celular no bolso, o que me leva a deduzir que acabou a conversa.

BNA: Brand New AnimalOnde histórias criam vida. Descubra agora