𝙑𝙞𝙣𝙩𝙚 𝙚 𝙦𝙪𝙖𝙩𝙧𝙤 ☘︎︎

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Meu celular tocou pela quarta vez esta tarde

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Meu celular tocou pela quarta vez esta tarde. Eu já sei quem é e não irei atende-lo, novamente.

Sei que fugir de Jungkook não irá apagar tudo, mas porra!  Não posso olhá-lo nos olhos e mentir para ele mais uma vez. Não agora que ele sabe de algo. Ou desconfia. Seja o que for, eu sei que desmoronarei na frente dele assim que o vir, e a partir disso, ele não me verá mais como a garota que o ama, e sim como uma mentirosa.

Jennie tem razão. Estou sendo uma vaca feia. Nenhum deles irá me perdoar. E eles não precisam disso. Mas eu preciso. Preciso muito deles, como a covarde carente.

Eu sou uma medrosa.

Mas Jennie? Que droga! Eu a amo demais. Desde que tínhamos seis anos e ela se sentou ao meu lado naquele balanço enferrujado. Somos nós, ou costumávamos ser. Antes da bola de neve se iniciar e começar a rolar montanha abaixo, destruindo tudo pelo caminho, inclusive esta relação.

Eu a prometi que não magoaria Jeon, mas eu menti, de novo. Eu sou tão boa nisso, não? Mentir e magoar.

Não posso fazer nada, isso irá acontecer. E está mais perto do que nunca.

Estou me afundando agora. Sozinha no meu quarto.

Alguém tocou a campainha. Felizmente - e surpreendentemente- minha mãe está em casa hoje; não precisarei sair de debaixo das cobertas para atender aquela maldita porta.

Ela abriu, e então ouve um silêncio. Em seguida há alguém batendo na minha porta trancada.

— Lisa? — chamou, e eu estremeci. O que ele faz aqui? — Por favor, eu preciso falar com você!

Eu não faço ideia do quê. Se fosse Jungkook, haveria uma razão, mas Taehyung? O que ele veio fazer, depois de tudo...

Foda-se, isso me faz lembrar da última vez que ele esteve aqui dentro. Todavia, agora as coisas mudaram. Exceto por Taehyung, ele continua agindo como merda.

Ele irá embora, se eu ficar calada?

Por rápidos e meros segundos ele se calou, o que me deu expectativa de que ele tivesse ido. Entretanto, depois disso ele chamou novamente, clamando para que eu o deixe entrar.

Minha cabeça está doendo e acho que ele não irá sair. Maldito.

Eu abri a porta com certa relutância.

— O que há? — ele suspirou. — Vamos, Taehyung. Diga o que quer logo.

— Eu posso entrar?

Eu assenti a ele, fechando a porta ao vê-lo passar.

— Agora? — eu reforcei. Ele esfregou as mãos, pigarreando.

— Sim, certo. Na verdade, eu vim te pedir uma coisa, Lisa. — Taehyung diz em um tom suave, como se tivesse medo da minha reação.

𝐌𝐨𝐫𝐞┃𝘓𝘪𝘴𝘬𝘰𝘰𝘬Onde histórias criam vida. Descubra agora