capitulo 22: Descontrole do passado

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Cristofe; 03 de novembro / 2024

Observo cada passo seu, Verónica se senta, vejo que ela está armada, imagino que esteja pensando que tentarei algo, coitadinha...

Verónica: quando será o velório do doutorzinho safado?

Eu: procure informações com pessoas próximas a ele, não a mim.

Verónica: tem alguém aqui revoltado...

Eu: pra começo de conversa, me diga que matou ele.

Verónica: está tentando me incriminar?

Eu: você que se incrimina!

Verónica: você continua o mesmo estúpido e...

Eu: não ouse falar o que não sabe!

Verónica: a tal Angel, você também abusou?

Eu: Você ficou maluca? Falei pra você esquecer esse assunto!

Verónica: esquecer qual assunto? AH VERDADE... TENHO QUE ESQUECER DO LOUCO, DESEQUILIBRADO QUE ME ESTUPROU!

Eu: odeio você! Você sabe que não foi estupro!

Verónica: quem sabe bem do que houve sou eu! Você me abusou, me obrigava a ser sua submissa!

Eu: não chamei você aqui pra isso!

Verónica: por que saiu da minha vida? Você sabe bem o quão eu queria ter seu amor...

Eu: pare com essas historinhas! Quero saber quem matou Igor!

Verónica: Eu não matei Igor, ele estava comendo a mulher do meu chefe!

Eu: não quero ficar correndo risco de vida! minha esposa está na cadeira de rodas, precisa de mim vivo mais do que nunca!

Verónica: não posso fazer nada se você se meteu em problema

Eu: Magno é culpado por tudo isso!

Sei de tudo de errado que cometi, Verônica sabe muito bem de tudo que aconteceu, eu jamais quis fazer de propósito tudo que ocorreu, eu tentei de todas as formas me ajeitar com ela, tentei até o último minuto não perder minha paciência com ela, mas não consegui, não é porque aquilo era um tipo de provocação sexual mas sim porque estava me trazendo sérios problemas pessoais e mentais. Lembro do sofrimento que passei, das noites que chorei, das diversas vezes que pensei em me suicidar, estava sendo difícil seguir a minha vida, estudar, ter forças para fazer o tratamento já que na época eu estava doente, resistir diante de tantos problemas era algo insuportável, falar em Verônica é lembrar do meu gatilho para tanto sofrimento que tive o desprazer de passar em situações da minha vida.

Verônica: posso saber por quê sente tanta raiva de mim?

Eu: sério que você ta fazendo essa pergunta assim? Na maior cara de pal?

Verônica: eu não sou cara de pal! Você só pode ser doido, levar tudo aquilo que eu te falava pro coração.

Eu: pois eu levava e tenha certeza que era com todo ódio possível!

Eu sei que Verônica não veio aqui pra isso, mas nós precisamos refletir sobre  a situação em que estamos vivendo há tanto tempo.

Eu: o que eu tenho para te falar é bem simples, eu quero que você vá embora da cidade, vá para qualquer lugar que seja bem longe da minha família ou melhor da minha esposa.

Verônica: você tá pensando que eu sou alguma idiota? É lógico que eu não vou embora, impressionante como você tenta sair por cima em todas as situações.

Eu: e você pode me dizer o motivo que você não pode sair do país?

Verônica: claro que posso, Magno me falou sobre tudo que aconteceu com a sua mulher e além disso eu acompanhei tudo do jornal, quando ela ficou paralítica, Magno me disse que eu poderia ir atrás de você, pois seria o momento adequado, quanto mais rápido eu aparesse mais rápido eu iria te reconquistar.

Eu: não tem essa de me reconquistar, já que nunca fui apaixonado por você. Magno é um filho da puta mentiroso!

Verônica: se ele me deu essa informação e agora ela não procede a culpa é sua, você que é um mentiroso, safado, filho da mãe, minha vontade é de dar na sua cara.

Não tem como me manter calmo diante dessa situação, me levanto da cadeira e seguro seus punhos para que ela se controle...
Quando eu acho que estou conseguindo deixar tudo sob controle a porta se abre e Bruna surge do nada

Bruna: o que significa isso?

Eu: não é nada disso que você está pensando, estávamos discutindo e eu segurei ela para que parasse!

Bruna: você não deve satisfações a mim, você deve satisfações a Ângela.

Acho que nesse exato momento o chão se abriu diante de mim, essa Verónica é a grande ficha suja da minha vida! Surge do inferno e transforma minha vida num inferno.

Cinza é a cor do amor 2° Onde histórias criam vida. Descubra agora