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🌄 Boa leitura.

- Vai me dizer quê você nunca reparou quê eu sempre quis beijar você inteiro? - Minho pergunta se aproximando novamente.

Apoio as mãos em seu peitoral o impedindo de se aproximar mais.

- Todos esses anos eu fiz de tudo pra chamar sua atenção, mas você sempre foi tão difícil. - bota força em seu corpo para poder acabar novamente com o espaço entre nós.

Fico em silêncio tentado assimilar tudo.

- Você está me dizendo o quê exatamente? - ainda estava meio confuso, muita coisa havia acontecido muita rápido.

- Quê em todos esses anos eu contava os dias para as férias de verão.

Pensei por alguns segundos no quê falar mas nada saia da minha boca.

- Minho, eu... - não sabia o quê dizer, mas nem precisei, pois minha vó deu um grito lá de baixo.

- Meninos venham aqui rápido!

- Sim vó, já estamos indo. - tomo o caminho da porta e Minho fica ali parado como se esperasse alguma coisa. - Vamos?

- Vamos.

Seguimos em silêncio e o caminho curto me permitiu pensar em algumas coisas, então Minho gosta de mim ou só queria me pegar? Porquê se for só isso ele já conseguiu, então agora ele largaria do meu pé?

- O quê foi vó? - pergunto a ela após chegar na varanda. - Vó? - ela não estava na varanda.

- Estou aqui meninos.

Ela estava de joelho ao lado da casa, coisa quê me deu um pequeno susto, mas logo vi quê ela estava bem, apenas olhava para alguma coisa no chão.

- O que você achou ai senhora Han? - Minho a pergunta.

- Ele caiu da árvore. - nos mostra um filhote de passarinho.

- Ah não! Coitadinho, e agora? - imediatamente me abaixo junto a ela e pego o pequeno de suas mãos. - Ele está morto?

- Não, ainda não. - Minho junta-se a nós.

- Vocês dois podem cuidar dele. - sai do chão deixando nós dois ali com o pequeno passarinho. - Eu vou tirar um cochilo. - e assim ela se vai, rumo a casa.

- Espera, nós?

- É pequeno, nós.

Nunca cuidei de ninguém e agora minha avó espera quê eu salve um passarinho com um pé na cova, ainda por cima eu e ele.

- Vamos da um nome para ele? - Minho pergunta.

- Acho melhor não, vai quê ele morre, dar um nome a ele só vai fazer eu me apegar mais.

- Você é sempre é assim?

- Assim como? - pergunto confuso.

- Sempre espera o pior de tudo?

Quando ele falou isso parei e pensei, eu sempre espero o pior de tudo? Achava quê Minho queria me incomodar e na verdade ele queria apenas chamar minha atenção, e eu não via porquê esperava o pior, como sempre.

- Bem eu...

- Tudo bem, ele não vai morrer, confia em mim ok?

- Ok. - talvez não seria ruim o dar um voto de confiança.

- Agora você escolhe um nome.

Saímos do chão e seguimos para a varanda quê antes minha vó estava.

- Quê tal blue, combina com a sua penagem e é unissex. - meio cafona mas era a única coisa quê me veio a mente.

- Eu achei perfeito, igual a você. - fala enquanto passava o indicador sobre o pequeno.

Deixo uma pequena risada escapa, e Minho me lança um olhar confuso.

- Por quê você ta rindo? - ele pergunta e ri soprado.

- Não sei reagir a elogios, desculpa.

Trocamos boas risadas até quê ouvimos um pequeno barulho, entramos em choque quando percebemos quê o barulho vinha do pequeno blue, ele tentava levantar uma de suas pequenas asas mas não conseguia.

- Parece quê nós já achamos o problema. - ele fala simples

- Como assim?

- Bom, ele parece novo mais não tanto, pelo jeito caiu do seu ninho na hora do primeir vôo. - falava tudo isso enquanto examinava o pequeno blue.

- E agora o quê nós fazemos?

- É só uma asa machucada, temos quê o alimentar e esperar com quê ele melhore.

- Então vamos lá alimentar o pequeno blue.

E foi isso quê fizemos, por sorte na casa de Minho tinha um resto de comida para pássaros, no passado ele havia tido um mas o mesmo havia morrido a algum tempo, misturamos os grãos na água e o demos com a ajuda de uma colherzinha, depois colocamos o mesmo na gaiola também do pequeno falecido passarinho de Minho.

(...)

Estávamos no auto da pequena colina deitados na grama verde e fofinha, o sol já estava se pondo e o tempo esfriando, com uma leve brisa geladinha, estava na era hora de voltar para casa.

- Qual era o nome do seu passarinho? - pergunto após o silêncio.

Não é como se nós havíamos ficado em silêncio o tempo todo, pelo contrário, conversamos sobre tudo e mais um pouco, Minho se mostrou uma pessoa agradável de se conviver, era engraçado, a todo tempo fazia graças para me arrancar alguma risada, também era ótimo com animais e amava gatos, em alguns momentos percebi seu olha indiscreto sobre mim, mas não havia tentado nada novamente, nada, apenas olhares, agora já não sabia mais se isso é bom ou ruim.

Minho tinha razão, eu esperava o pior de tudo e não dava chance a nada e ninguém, bastou apenas um dia de uma boa conversa e todos aqueles anos de ódio se foram embora.

- Era zico.

- Não brinca, igual ao cantor? - pergunto rindo.

- Sim. - ele fala e começa a ri também. - Agora você sabe do meu segurado eu gosto do Zico, não conta pra ninguém viu.

- Claro, minha boca é um túmulo. - passo um zíper invisível nós lábios. - Acho melhor nós irmos, está ficando tarde.

- Sim senhor. - rapidamente se põem de pé logo em seguida me dando a mão para me auxiliar a também ficar de pé.

- Minho!? - exclamou após sentir meu corpo se chocar ao dele fazendo com quê de um pequeno choque entre os dois, ele havia me puxado com muita força.

- Você evitou o dia inteiro olhar nos meus olhos, quero saber o porquê? - era difícil não o olhar nos olhos agora, já quê ele estava bem na minha frente e muito perto.

- É que... - é oquê jisung??? - Bom eu, eu não sei, vergonha talvez. - soou mais como uma pergunta do quê uma afirmação.

- Vergonha do quê pequeno? - ele se mantia perto.

- Você ter me beijado daquele jeito assim do nada, e aquelas coisas quê falou, não sei tudo parece muito confuso.

- Vou tentar te esclarecer.

Ele se aproxima vagarosamente apenas para me dar um selinho demorado, logo se afastando olhando bem para meu rosto, segurando o mesmo com suas mãos impedindo com quê eu olhasse para o lado.

- Eu gosto de você, e não espero quê você me corresponda. - desliza sua mão sobre minha bochecha. - Até porquê você me odeia não é? - fala risonho.

- Eu não te odeio, não mais.













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