Capítulo 7

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Odin vinha atrás do Hayes que ainda estava tristonho por ter de voltar para casa mas não podia ficar por ali "Nós já chegamos" disse o loiro parando de andar e olhando para o outro "Sim, então nos vemos por aí" respondeu o mais velho mas nenhuma resposta obteve do loiro que simplesmente lhe deu as costas "Vou estar no lugar de sempre caso queira me encontrar" Gritou Hayes mas o loiro continuou a andar.

Hayes passou pela barreira entrando em Myith, sua casa. Em certos momentos aquele lugar o fazia se sentir não parte dele mas lembrar do seu irmão o fazia sentir-se muito melhor. Foi caminhando até chegará cidade, havia muita gente andando de um lado para outro, todos atrás do seu ganha pão ou simplesmente fazendo comprar diária, as bancas que ali haviam estavam cheias de todo o tipo de mercadoria e a de vegetais, sua favorita.

Todo o lugar onde passava as pessoas olhavam para ele e murmuravam coisa que Hayes deveria estar habituado mas não conseguia, ele olhou ao redor e viu uma criança chorando e foi até ela "Oi, tudo bem?" A criança agora soluçava olhando para o mais velho "Eu sou o Hayes e você?" O menino de aparentemente 5 anos respondeu "Sou o August" respondeu ainda soluçando "Porque está chorando pequeno August?" Perguntou o gordinho com um sorriso no rosto "Não consigo encontrar a minha mãe" respondeu o menino, q criança tinha os olhos castanhos claros, pele morena e um rosto redondo.

"Me ajuda a encontrar a mãe, porfavor" pediu com a língua um pouco enrolada coisa que Hayes achou muito fofa "É claro! Onde vo- Gus eu já disse para não falar com estranhos" Foi interrompido por uma voz feminina "Você está bem?" Disse a mulher apalpando Gus a procura de algum sinal de maus tratos "Sim mamã, o Hayes cuidou de mim" A mesma olhou para o Hayes assim que o miúdo terminou de falar e olhar não era dos melhores.

"Eu não quero que te envolvas com pessoas como ele, Gus!" Hayes já havia ouvido todo o tipo de comentário relacionados a si e seu irmão mas a sensação do seu coração sendo despedaçado sempre era a mesma "Porque mamã?" Perguntou curioso o miúdo " Ele não é um homem normal, querido por isso devemos ficar longe dele ou podes ser como ele" August lançou um olhar confuso em direção a Hayes "Mas não vejo nada, mamã" A vontade de chorar era incontrolável por isso saiu dali antes que elas caíssem "Hayes, não vai!" Ouviu a criança gritar por ele.

A medida que passava entre as pessoas, as mesmas apontavam e sussuravam aquilo era frequente para  os dois irmãos mas Hal não conseguia aguentar calado e isso fez alguns o respeitarem quando o vêem. A sua respiração estava ficando escassa, seu peito ardia, sua vista já estava ficando turva e a sua garganta cossava para gritar mas ele esperou até entrar em casa.

Quando lá entrou deixou tudo sair, as lágrimas vinhas infinitas e os seus gritos chamaram atenção do Hal que estava na sala esperando o outro "Hayes, o que aconteceu? Alguém te magoou?" Perguntou o mais velho aflito ao ver o irmão naquele estado "Porque nós somos assim? Eu me sinto sujo toda vez que eles olham para mim daquela forma" Disse entre soluços de cortar o coração mas Hal não tinha resposta por estar na mesma situação que o outro "Olha para mim,  não tem nada de errado com você ser como é. Lá por não sermos igual à eles não quer dizer que somos diferentes deles. Você é incrível e eu amo-te, agora enxugas-me essas lágrimas" Terminou o mais velho limpando as lágrimas do irmão e dando-lhe um abraço "Nós somos nós, não te esqueças disso" E ajudou o irmão a ficar de pé e os dois ficaram um tempo em silêncio "Melhor?" Perguntou Hal passando a mão pela cabeça do mais novo "Sim! Vou ao meu quarto descansar um pouco" E foi ao lugar referido.

Enquanto isso em Flrüir. Odin chegou ao castelo e a primeira pessoa que encontrou foi seu amigo, Sven. O mesmo trajava a sua armadura e seu semblante sério dizia que não estava ali para ver o amigo mas sim o rei "Vossa alteza, tenho algo para lhe dizer" O loiro não gostava quando Sven o tratava daquela forma mas  parece que a última conversa havia realmente o magoado "Vamos à sala do trono para podermos conversar melhor" Disse Odin adentrando os corredores do castelo "Eu não que seja apropriado, alteza" Odin entendia do que ele falava e tentar convencê-lo do contrária seria demorado por serem ambos teimoso por isso preferiu não refutar "Prossiga" Respondeu ficando frente a frente com ele.

"Os meus guardas viram um troll rodando pelas ruas de Flrüir mas não conseguiram impedir que fugisse e pedi total sigilo sobre o assunto por isso vim pessoalmente informá-lo" O moreno terminou ainda com q postura firme "Isso realmente é estranho, como eles conseguiram passar pela barreira? Mande alguns guardas investigar isso e Sven" Chamou ao ver que ele já estava prestes a ir embora "Peço desculpa pela última vez" Concluiu sincero mas ocultando o real motivo do querer descobrir dos Trolls conseguirem passar pelas barreiras "Está tudo bem, Alteza. Se não tiver mais nada a acrescentar retiro-me" Sven respondeu antes de ir embora.

Odin foi andando pelos corredores luxuosos ainda pensando no encontro que teria no dia seguinte mas o facto de ter Trolls vageando pelo seu reino o preocupava, ele não queria nenhum elfo ou criatura mágica ferida. O seu reino passa por momentos de paz há anos e ele queria que assim continuasse "Vossa alteza, estava lhe procurando" uma voz masculina tirou-lhe da sua bolha de pensamento "Desculpe lhe fazer esperar, Lothar" Lothar era o conselheiro real, um homem na casa dos 30 anos, cabelo ruivo e olhos azuis e de aparência delicada mas quando o assunto era o reino ele se transformava noutra pessoa.

Os dois foram a sala do trono para começarem com as suas devidas tarefas "O que temos para hoje, Lothar?" Perguntou Odin depois de se sentar e o conselheiro foi citando-as. Ao fim do dia, Odin estava estourado após o longo dia cumprindo o seu dever como rei, coisa que não gostava tanto de fazer mas já estava se acostumando.

Foi até os seus aposentos, banhou-se antes de se deitar na sua grande cama e suspirou olhando para o teto e a imagem de um certo humano veio-lhe  a mente, imaginar tal pessoa fez seu coração bater mais forte "O que eu faço para te tirar da minha cabeça?" Se questionou antes de cair num sono profundo.

O que achou?

Obrigada por ler!

Até a próxima!

Odin (Sem Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora