Capítulo 12

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Era de costume do Hayes trabalhar até tarde da noite principalmente nas sextas-feiras e nos dias que o irmão dormia no castelo  mesmo a contragosto do Hal, o jovem trabalhava até tarde pois odeiava ficar sozinho em casa "Tu, vem aqui!" Chamou uma voz grave e o Hal suspirou pesadamente pois sabia a quem pertencia aquela voz "O duque está te chamando, trate-o bem ou diz adeus a tua gorjeta" Senhor Brown mandou e contragosto foi "No que posso ajudar?" Disse calmamente "Eu quero que me acompanhes até o quarto de cima e posso pagar-te o quanto quiseres" Hayes conteu a vontade de revirar os olhos, sim ele era gay mas isso não significava que se deitava com qualquer pessoa que lhe aprecesse na frente e muito menos por dinheiro "Não vendo o meu corpo nem por todo o seu ouro" O homem de olhos esverdeados e o cabelo negro fechou a cara em desagrado  "Levem-no para fora!" Gritou o duque e os seus homens levam Hayes que se debatia mas ninguém fez nada por temer o senhor daquela cidade e andaram até atravessar a barreira invisível "Batam nele!" Obedecendo os que lhes foi dito começaram a bater no pobrezinho de Hayes e depois de bastarem o deixaram lá.




Hayes sentia todo o seu corpo doendo, se arrastou pelo chão até sentir algo picando-o e olhos vermelhos observando até a sua vista escurecer "Hayes!" Disse alguém o balançando, bruscamente acordou ao sentir as mãos em seus ombros suava e a respiração ofegante "Calma! Sou eu, está tudo bem!" Se deparou com olhos cinzentos o encarando com preocupação "Já passou" Odin abraçou lentamente o mais velho que apertou o jovem elfo que sussurrava no seu ouvido para lhe acalmar "Melhor?" Hayes assentiu olhando para o loiro que tinha as mãos segurando o seu rosto.




"Estou melhor. Onde está o meu irmão?" Perguntou olhando ao redor do quarto "Ele ainda não veio. Gostaria de tomar um pouco de ar fresco?" Odin sugeriu indo levar uma bandeja com comida "Sim mas antes preciso de um banho e veste uma camisa por favor" O loiro corou ao perceber que estava descamisado. As dores no corpo haviam diminuído bastante mas não podia dizer o mesmo do seu abdômen, se levantou devagarmente com ajuda do elfo "Obrigado por me salvar" Hayes sussurrou para o maior "Eu sei que farias o mesmo se estivesse no teu lugar" Respondeu risonho.

Após o banho feito e matabicho tomado, Hayes e Odin foram ao jardim onde tinha várias rosas brancas mas duas em particular despertaram interesse no mais velho "Que flores são estas?" Elas tinham duas pétalas enroladas uma a ponta da outra formando um coração "Elas não tem têm nome. Foi a minha mãe que as plantou antes de…" Suspirou pesadamente com os olhos fechados e o menor notou "Eu sinto muito pela sua mãe!" Hayes viu que o assunto havia perturbado o jovem por isso tratou de mudar de assunto "Elas são lindas, posso tocar?" Pediu mas Odin fez melhor, tirou uma das flores e deu para o gordinho que as levou ao nariz "Elas cheiram a limão, meu aroma favorito" Comentou contente.


"Porque só tem flores brancas aqui?" Perguntou tocando as rosas um ar apaziguador ao jardim, curioso como era tocou o ramo "Você é tão descuidado, elas têm espinhos" Pegou o dedo indicador do mais velho e o inseriu na sua boca. Aquilo poderia ser nojento para alguns mas Hayes não conseguia desviar o foco dos olhos cinzentos que o encaravam, um frio agradável se espalhou pela sua barriga e a sua boca ficou seca, seu coração batia louco "Pronto!" Tirou o dedo da sua boca.


"O-Obrigado!" Gaguejou abaixando a cabeça. Odin risonho levou a flor das mãos do amado e colocou atras da orelha de Hayes que instantaneamente ergueu a cabeça para se deparar com as íris dilatadas do elfo, os seus rostos estavam tão próximos que podiam sentir o hálito quente de um do outro. Odin foi se inclinando lentamente esperando que o outro se afastasse mas foi o contrário do esperado por isso ele se inclinou selando os seus lábios que começou devagar com os olhos fechados.


Os dois começam um beijo devagar, um move a cabeça para esquerda e outro para a direção oposta. Odin morde ligeiramente o lábio inferior do mais baixo enquanto rodea a sua cintura o trazendo para mais perto. Hayes fica na ponta dos pés e passa os braços pelos ombros de rei que treme ao sentir o maior mordendo os seus lábios finos, ele arfa dando uma chance ao loiro de imergir língua na boca pequena do humano que solta um gemido abafado e sente as suas pernas bambas.





Odin puxava o mais velho para mais perto de si mesmo não sendo mais possível aproximar-se mais ele que sentir o toque suave da sua pele e Hayes fez o mesmo passeando as mãos pelos braços fortes do elfo até que a falta de ar o fez os separou e juntaram as suas testas ainda ofegantes "Isso foi incrível!" Disse o rei sorridente ao mais velho que sentiu as suas bochechas quentes quando alguém pigarreou chamando-lhes atenção "Lothar!" Exclamou com clara irritação na voz "Desculpe interromper mas o rei solicita a sua presença na sala do trono" Informou com semblante calmo de costume "Vá na frente, eu o encontro!"  Disse ainda com os olhos presos em Hayes "Assim seja! Fico feliz que esteja bem" Continuou antes de dar meia volta em direcção ao castelo.





"Eu vou voltar ao quarto!" Disse fazendo uma careta ao tocar a sua barriga "Eu levo-te" Odin se ajoelhou a frente de Hayes "Sobe nas minhas costas" O mais velho sorriu pela atitude do maior "Eu não vou descer se você começar a reclamar" Subiu e imediatamente o elfo se levantou levando o mais velho de volta ao quarto. Quando o rei entra no castelo com Hayes às costas todos os guardas e criados param as suas actividades para olhar para eles o que deixou o humano com certo constrangimento "Que vergonha!" Murmurou escondendo o rosto, sentiu o doce aroma impregnado na roupa de Odin que sequer se apercebeu que havia chegado ao seu destino.










Odin ajoelhou-se para o mais velho poder descer "Eu tenho que ir mas se precisar de alguma coisa não hesite em mandar chamar-me" Hayes assentiu quando o loiro ergueu o seu queixo e mais uma vez tomou os seus lábios por breves momentos antes de sair do quarto. Hayes toca os seus lábios pulsantes pelo recente beijo e se joga na cama com um sorriso quase rasgando o seu rosto.






Odin toca os seus lábios que formigavam pelo beijo recente "Eu não percebo por que não lhe diz a sua verdadeira identidade, alteza" Comentou Lothar assim que o rei entra na sala do trono "Eu não posso, ainda não. O tio Alexandre chegou?" Questiona ao se sentar no trono "O senhor Alexandre avisou que virá em breve" O conselheiro responde ajudando o rei a vestir o manto que estava ao lado dele "Parece-me que está apaixonado, meu rei" Afirmou olhando para Odin que tocava nos lábios "Eu penso que estou mas não tenho a certeza se ele irá gostar de mim se descobrir que sou o rei que desgosta da sua raça" Disse com breve pesar na voz "Para ser franco, creio que você nunca odeiou humanos. Você passou a sua vida inteira ouvindo o seu tio falar sobre o ódio que sente pelos nossos vizinhos" Lothar dá um profundo suspiro.







"Estamos com um problema na vila próxima a barreira. Um grupo de Trolls passou por lá incluindo o Axis" Um guarda entra às pressas na sala do trono "Eles causaram problemas?" Pergunta sério "Não eles só vasculharam a lixeira e foram embora." Odin se lembra do trato que havia feito com Axis na floresta "E ele disse alguma coisa sobre querer um humano que rondava pela floresta" O rei levanta-se imediatamente "O que?" Lothar nota a mudança repentina de comportamento do loiro "Ele disse que queria um humano e depois foi embora" O guarda responde convicto "Alteza, há algum problema do qual não saibamos?" Odin sempre adorou e odeiou a esperteza daquele homem "Nenhum, Lothar. Me mantenha informado sobre qualquer coisa anormal que acontecer na aldeia, pode se retirar" Se curvou antes de sair.





"Alteza, o seu tio mandou também avisar que dentro de três dias chega a filha do Duque Francisco do reino humano." Disse Lothar fazendo o rei suspirar com as mãos no rosto "Ele mencionou sobre uma futura união" O rei estava tentando evitar aquele encontro a dias. O feiticeiro podia abrir a fenda que os separava mas isso requeria muito magia e tempo, eram assim que efetuavam as vendas mensais entre os reinos "Ele realmente não desiste. Posso perguntar-te uma coisa?" Perguntou o elfo mais novo "Claro, alteza" Lothar acente "Como os meus pais foram mortos?" O conselheiro olhou intrigado para o rei, ele nunca havia falado sobre o assunto com ninguém que não fosse o seu tio "Eles levaram uma facada no peito ao mesmo tempo, ao que tudo indica eles estavam abraçados no momento que …"  Olha para o rei que parecia inabalável por ouvir aquilo "Mas nunca encontraram a arma do crime" Disse tocando o queixo coberto pela barba negra "Não investigaram nada?" Odin questionou novamente "Receio não poder ajudar com isso, a investigação ficou responsável do seu tio e o conselho real" O rei serrou os dentes, odeiava quando as reuniões que envolviam o conselho real aconteciam aquelas elfos apenas se importavam com riqueza e fama "Eu preciso que procure os pergaminhos sobre o caso mas ninguém pode saber" Odin ordenou.









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