Capítulo 4.

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...

Nii-san, olha o que eu aprendi olha, olha!- faço selos de mão e mais 2 de mim aparecem, começo a correr ao redor de Minato junto de meus clones, sorrindo convencida com meu progresso.

-Namikaze Akame... Eu estou passando pano na casa. -ao escutar, paro fazendo meus clones me derrubarem e sumirem em seguida, olho Minato que está sorrindo estranho e uma veia está saltada em sua testa. Olho em volta e vejo um rastro de terra do tamanho de minhas sandálias da entrada da casa até Minato, assim formando um círculo por causa de minha corrida

-E-eehhh... tchau! -corro em direção a saída de novo, dando um esbarrão no Nii-san que já estava na porta. Ele me dá o rodo e o balde e cruza os braços sobre seu avental rosa que Kushina-san fez.

-Deixe como estava, Akame. -um arrepio ruim subiu, logo deixo minhas sandálias na entrada e limpo o chão que sujei, o Nii-san dava medo as vezes.

-Pronto, Nii-san. Vc me desculpa? E deixa eu treinar com o Tobi-senpai?- fiz minha melhor cara de anjo, abraçando seu corpo enquanto olhava em seus olhos.

-Desculpada, e vai ter mais alguém com esse "senpai"?- diz como quem não quer nada, com uma expressão forçada de gentileza e a veia ainda saltada em sua testa. Meus cabelos eram bagunçados por ele enquanto isso.

-Acho que o Kashi-kun... E meu cabelo vai ficar embolado! - seguro sua mão e ando até minhas sandálias, calçando as mesmas.

-Onne-chan, sabe que seu irmão aqui é incrível, não é? É um dos mais rápidos de konoha, muito bom em combate- ele é interrompido por Kushina-san que chega rindo e arrumando meu cabelo.

-Deixa ela brincar, eles são tão adoráveis dattebane!-Nii-san olha meio emburrado para a ruiva que faz uma expressão assustadora.

-P-pode ir, Onee-chan se algum deles te falar algo estranho, fale pra mi- AIIIII- sorrio quando vejo a ruiva dar um cascudo no Nii-san.

-Boa sorte e tchau, obrigada Kushina-san!!-saio correndo enquanto escuto os gritos da ruiva, era algo como "BOA SORTE COM O QUE?! DATTEBANE"

...

Acordo com um sorriso no rosto, eu lembrei de algo, eu lembrei! Foi nítido e... eu sentia falta. Minato, Kushina, Kashi e...Tobi. quem é "Kashi"? Me assusto com o barulho de algo caindo e olho em direção a cozinha. Não vou ajudar, logo após nosso lanche o senpai não quis descansar, pedi para sair e brigamos. Não tem motivo pra esse cuidado, medo ou seja lá o que todo. Suspiro irritada e vejo um ovo trincado rolar até meus pés. Não, ele vai limpar. Pego o ovo e vou até a entrada da cozinha, e  ele derrubou todos os ovos, e além do que estou segurando, apenas mais 3 ficaram intactos.

Passo por ele com a veia de minha testa saltada e uma expressão séria, vejo-o engolir seco enquanto deixo o ovo dentro do potinho e saio com cuidado para não pisar nos quebrados.

-Baka, bobão, chato, pirulito vencido, testudo, projeto de porco-espinho!- murmuro então enraivecida e vou em direção a janela, olhando a densa floresta que tem do lado de fora.

Eu não entendo o motivo de tanta cautela, de tanto sigilo. Tenho quase certeza que conheço o senpai desde sempre, mas ele nunca diz nada. O silêncio se fez presente, olho para trás e vejo o senpai fazendo um jutsu para limpar tudo, balanço a cabeça em negação e volto a olhar as árvores.

-Obito, Konoha está perto?- pergunto quando sinto seu chakra se aproximando, ainda estou bem irritada e não quero ver nada dele por hora. Escuto um murmúrio descontente e um "tsc".

-O que você lembrou?- ignorando minha pergunta, ele faz outra. Seu tom de voz é sério e descontente, vejo sua expressão pelo vidro da janela e um misto de medo e raiva me atingiu, eu sentia vontade de esganar ignorando toda sua força e poder.

-Eu fiz uma pergunta.-seu corpo permanece imóvel e sua expressão cada vez mais descontente.- estou cansada disso, e se quer que eu entenda seus motivos, me explique eles! Explique de onde vim, a razão de ter perdido a memória, como eu vivia, eu quero descobrir quem eu sou de verdade! Eu sei que você sabe.- mordo a parte interna da minha bochecha para impedir minhas lágrimas de caírem, meu rosto já se encontra quente pela raiva que sinto.

- Você está sendo caçada, Akame. E não fale mais sobre isso, respeite o seu tempo que uma hora você vai saber de tudo, uma chuva de informação não é bom agora.- seu jutsu é usado fazendo ele sumir. Minha vista fica turva pelas lágrimas que caem, enxugo elas e olho lá fora. A noite estava tão silenciosa e o céu tão estrelado e eu não estava combinando nenhum pouco com a bela noite.

-Caçada?- sussurro tentando associar isso a alguma lembrança, mas não tem nada. Ando rumo a cozinha com o objetivo de beber um copo de água e assim que termino, vejo o senpai aparecer perto da pia com algo na mão.

-Me desculpe.- Disse deixando o objeto sobre o balcão, indo na direção do quarto logo depois. Pego no tecido preto, vendo ser uma bandana bem arranhada com um símbolo estranho, tinham partes carbonizadas e oxidadas.

...

-Ahh, Onee-chan estou tão orgulhoso. Minha princesa ninja! -ouço a voz de Minato um tanto chorosa, mas não consigo ver seu rosto apenas borrões.

-AKAME-CHAN! EU TAMBÉM!- Sinto um abraço de alguém do meu tamanho, eu estava tão feliz. Escutei um som descontente do Nii-san e uma risada que parecia ser de Kushina.

...

Quando me dou conta, vejo algumas lágrimas molhando a bandana. Abraço o objeto sentindo algo quase que inexplicável enquanto tento conter meu choro discreto.

-Vem aqui, bobona.- vejo Tobi na porta com uma expressão suave e o olhar um tanto distante. Vou até ele e abraço forte, deixando minhas lágrimas caírem enquanto sinto seus braços me rodearem e um beijo ser deixado no topo de minha cabeça.

-Me desculpa também, senpai...- me acalmo depois de poucos minutos e permaneço quieta, acariciando suas costas enquanto sinto o rotineiro cafuné em minha cabeça.

-Sabe, a Akame-Chan me ofendeu bastante hoje. Não sabia que parecia um projeto de porco-espinho, testudo, entre outros.- diz olhando em meus olhos com um sorriso perverso.- e eu não aceito qualquer pedido de desculpas, sabe? Eu só vou te perdoar se eu receber 3 beijinhos bem aqui.-diz apontando para seus lábios enquanto faz um biquinho estranho. Reviro os olhos e saio de perto, indo fazer algo para jantarmos.

-Eu não pedi desculpas por isso, pois é a pura verdade. -termino de amarrar meu avental e começo a separar os ingredientes para uma sopa leve. - Porco-espinho testudo. -ouço seu riso após meu comentário.

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-Não gosto da Rin, ela tem nome de órgão.

-Ela é do seu time, não seja encrenqueira. Dê uma chance a ela, Onee-chan, uma amizade feminina sempre é boa.

-Mas eu prefiro a do Tobi e Kashi.

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Memórias- Obito(Tobi)Onde histórias criam vida. Descubra agora