Um encontro inesperado com o amor. [ ABO - Mpreg] [Degustação]

4. Conexão

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Conexão

Matt

Começo a balança levemente os quadris para os lados em movimento suaves e faço contato visual com Luigi. Ele me olha eu não consigo identificar sua expressão então com apenas as pontinhas dos dedos tocando seus ombros circulo a cadeira com movimentos lânguidos, paro novamente em sua frente, meu corpo se movimenta por conta própria agora, minhas mãos se levantam vagarosamente acima da minha cabeça e descem pelas laterais do corpo tocando levemente os quadris com as palmas, vou agachando de lado enquanto rebolo levemente até o chão.
Então vejo o momento exato que a eletricidade se torna avassaladora em seu olhar. Coloco minha mão na cadeira no meio de suas pernas e subo devagarinho até nossos rostos ficarem a centímetros de distância ele inclina a cabeça para traz e não desliga o contato visual em quanto continuo subindo, seu cheiro invade meus sentidos e sinto minhas pernas fracas. Em momento algum eu o toco de forma direta com minhas mãos e corpo, vou dançando com movimentos lentos e ondulações leves até o seu lado esquerdo e ajoelho em um dos joelhos e faço movimentos de onda com o quadril e abdômen, me posiciono atrás da cadeira com minhas mãos nas laterais do seu corpo mais não o toco, simulo movimentos de caricias leves e volto a ficar de frente com ele, seus olhos não me deixam em nenhum momento. Me viro lentamente de costas pra ele rebolo os quadris delicadamente para as laterais e vou descendo o corpo enquanto ergo as mãos, posso sentir seu olhar queimando em minhas costas conforme me movimento, a sensação de conexão é tão grande que o resto a minha volta desaparece, só existe nos dois e a música, quando viro ainda abaixado e conecto o meu olhar com o dele mais acima subitamente me vem um desejo de ter esse olhar só pra mim... para sempre. Passo a mão no cabelo desço pela lateral do rosto e acaricio o pescoço e a parte superior do peito, pelo espaço onde os botões estão abertos, coloco as mãos em cada lado do bumbum e subo. Aquela sensação me puxando pra ele se tornar tão forte... é avassalador.
Paro em sua frente e acariciando com minha mão direita do meu pescoço pelo meu peito...abdômen, quando chego na altura do umbigo movo para a lateral na minha coxa, desço novamente olhando dentro dos olhos dele e quando chego rebolando levemente até a posição agachando no chão a música acaba. Percebo que estou preso no seu olhar, e ofegante, ele me olha como se estivesse... Encantado? Mas sei que é apenas impressão, é apenas meus desejos me iludindo. Esse homem... Um homem desses, jamais ficaria encantado com um ômega como eu, tenho que ser realistas. A consciência dessa verdade é o suficiente pra me despertar. Corto a conexão de nossos olhares.
Me levanto esfregando as palmas das mãos suadas de nervoso nas coxas, e usando toda pouca dignidade que me resta apenas sussurro um agradecimento desviando o meu olhar pra baixo.

- Obrigada! -Minha voz sai rouca e baixa, desejo, tristeza e confusão nela.
Não tem mais raiva no meu tom, muito menos desafio ou ironia.
Viro e me dirijo pra fora do palco, não preciso olhar pra saber que ele está bem atrás de mim, me seguindo de perto de volta ao bar. Percebo as palmas e assobios dos frequentadores que nem me lembrava de estarem ali e faço um pequeno aceno de agradecimento com a cabeça.
Chego ao bar sentindo ele bem atrás de mim,  não tenho a coragem de olhar para ele novamente.

-Uau, isso foi quente! - Alex aponta sorrindo, mas muda a expressão assim que olha meu rosto.

-Realmente, foi incrível, dava pra sentir a atmosfera daqui, como dizem: ''cortar o clima a faca!''. - Concorda Zafir.

Não sei como agir depois de tudo, quando fiz tudo no impulso da raiva não pensei, só fiz. Mas agora me sentia meio desnorteado, a experiência foi intensa demais, dançar assim na frente desse homem e depois no meio da dança perceber que não estava apenas dançando pra provar algo, mas queria dançar para ele, desejei isso, dançar só para ele, para esse Alfa. Estava tão confuso dentro da minha própria pele. Uma tristeza misturada a solidão me envolveu.
E como se os astros se alinham para me dá uma escapatória começou a tocar Love in the brain.
Obrigada universo! Olhei para Alex e ele entendeu.

- Querido? - Olhei com um olhar suplicante e ele entendeu, não precisamos de muitas palavras ele sabia que precisava dele pra ser meu porto seguro nesse momento.

-Claro querido. - E meu best ousado apareceu.

-Com licença meninos, mais essa é a nossa. Já volto Zafir. -

- Á vontade, lindo. - Fala Zafir charmoso.

Peguei sua mão e fomos para o meio da pista onde casais dançavam de forma mais afetiva.

- Você ficou abalado. -
Alex afirma sem demora, e começamos a dançar, afundei minha testa em seu ombro.
- Sim. Não sei o que aconteceu. No momento que coloquei os olhos nesse homem, esse Alfa... Não sei, todo tipo de reações diferentes começaram a se despertar em mim, raiva, desafio, eletricidade, desejo, atração... algo mais. Não consigo explicar. Isso não faz sentido. - Nego com a cabeça me sentido abalado e confuso.
Assim que somos, Alex e eu. Somos totalmente honestos um com outro.

-Não precisa tentar explicar pra mim. Eu estou aqui para te ouvir, pode só colocar pra fora. Você analisa tudo depois. Eu sei como você é, está tentando analisar tudo e achar explicação lógica pra tudo. Não precisa. Espera um pouco, apenas se permite sentir tudo agora, tá bom?! Análise depois. -

- Alex, foi tão intenso, nunca senti isso. Tudo sumiu, só tinha nós e e a música lá, sabe? Eu estava concentrado apenas nele, e conectado a ele em um nível surreal, eu nem conheço ele, é a primeira vez que não tenho explicação lógica para os meus sentimentos, minhas ações, reações. Meu corpo respondeu a ele como jamais aconteceu com ninguém. -  Senti uma emoção ao lembra. - O que eu faço? E com esse Alfa? Um homem desses jamais olharia uma segunda vez para um ômega como eu. - Meus pensamentos era um turbilhão naquele momento.

-Eu sei querido, você tá se sentindo fora do controle, é um sentimento desconhecido para você e você está acostumado a ter autodomínio, tudo controlado, principalmente para evitar se machucar. Mas ninguém tá controlando nada agora, tá bom?! Deixa fluir uma vez na vida, uma vez na vida querido, só uma, eu sei que é difícil, eu te conheço ok?! Mais vai ser bom pra você se liberta só um pouquinho desse autocontrole restrito e se deixar sentir algo. Só deixa isso fluir, faça isso por você. - Alex fez uma pausa e mudou para um tom um pouco irritado como se tivesse acabado de perceber algo. - E não existe isso de "Um Ômega como eu ". Você é incrível, perfeito. Pode parar com isso!-

-Tá. Tudo bem, talvez você tenha razão. Mas depois dessa música será que tá tudo bem eu ir? Acho que será melhor se for embora. Tudo bem pra você? -

-Claro best. Pode ir tranquilo, tudo bem por mim. Pense em você agora. E se precisar de mim, a qualquer momento, você já sabe disso. E só pra te atualizar, acho que Zafir é The only One... -

-Sério? Realmente? - Se isso fosse verdade Alex iria ser tão feliz e amado. Fiquei feliz por ele.

-Sim, eu acho. Eu sei que é muito rápido e pode parecer precipitado, mas é assim entre alguns Alfas e Ômega, certo? Alguns acham essa conexão especial imediata ou sei lá como chamar isso. Talvez essa possa ser a minha. Isso explicaria por que me sinto tão diferente e especial com ele. -

-Querido, que tudo dê certo. Eu realmente torço por isso. Você merece. Olhe para você, inteligente, divertido e lindo de viver, qualquer Alfa séria sortudo em ter você! Ele não te deixaria escapar. - Pisco pra ele tentando injetar um pouco de humor.

-Você também! Essa é exatamente a descrição de você mesmo. - Ele fala enfático.

-Você sabe que não é assim no meu caso, as coisas não são assim pra mim. Nunca foram. - Falo demonstrando o quanto me sentia vulnerável e perdido naquele momento.

Ele abre a boca pra responder, mais no exato momento a música acaba e rapidamente aproveito pra encerrar aquilo tudo, e o conduzo de volta ao seu Alfa.

A noite tinha acabado pra mim...