Memories

Raiva

Pra quem tinha lido anteriormente, eu mudei algumas coisinhas.

Boa leitura

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Harry Pov

Luz.

Merda de luz.

Eu sempre esqueço de comprar uma cortina para por nessa janela.

Levantei com todo o meu ódio e fui no banheiro pra jogar uma água no rosto. Eu odiava acordar com a claridade, era incômodo ter esse amontoada de luz na sua cara logo cedo. Eu nunca gostei muito da luz.

Minha mãe amava, mas eu sempre odiei. Ela sempre era alegre e feliz, e eu também era, mas depois que ela morreu, toda a minha vida perdeu a cor, a graça de viver tinha sumido e eu passava a maior parte trancado no quarto chorando.

Eu tinha 20 anos quando isso aconteceu. Não estava pronto pra viver sem ela. Então, eu agia como uma criança, chorando e esperniando.

Eu nunca aceitei a morte dela. Minha mãe era meu porto seguro.

Sempre achei que não ia mais me permitir amar de novo ou que minha vida ia ter cor novamente. Até que ele apareceu em minha vida. Nessa época, eu ainda estava sofrendo com a perda de minha mãe, meus amigos Rony e Hermione me ajudaram muito e foi quando Draco surgiu

Draco me ajudou a superar o luto, e passar pela aceitação de que ela realmente tinha morrido e não iria voltar. Ele não me falou palavras bonitas, ao contrário do que eu esperava. Ele apenas me abraçou e deixou eu chorar como se não houvesse amanhã.

E depois que eu coloquei tudo pra fora, eu me recuperei e continue seguindo minha vida, só que com ele ao meu lado. Eu sei que ele nunca ocuparia o espaço da minha mãe, mas agora eu sei existe outros tipos de amores, e Draco é meu porto seguro, de uma forma diferente do que minha mãe foi para mim.

Desci e fui para a cozinha fazer café da manhã, que nessa terça-feira era torradas com ovos. Por volta das 7 horas Draco chegava em casa, e eu escuto a porta abrindo e dois braços circulando minha cintura.

- Bom dia amor -a voz rouca adentrou no meu ouvido enquanto mexia os ovos-

- Bom dia -me virei dando um selinho demorado nele- Como foi no trabalho meu amor?

- A mesma coisa de sempre, pessoas feridas, doentes. -ele deu uma risada baixinha-

- Dray, queria te perguntar uma coisa - falei desligando o fogo colocando os ovos e as torradas no prato, Draco já tinha me soltado e estava sentado na mesa de madeira maciça, que na minha opinião não tinha necessidade de ser tão grande. Ele estava me esperando, enquanto olhava atentamente para meus olhos. Ele tinha essa mania - Para de me olhar assim -pedi manhoso-

Ele riu. Como eu odiava amar aquele cara. Aquele sorriso cativante, os cabelos loiros, as íris acinzentadas que sempre pareciam estar olhando e analisando sua alma. E quanto mais tempo eu passava com ele mais eu me apaixonava, a cada toque, a cada olhar, a cada palavra, a cada beijo...

Com ele todos os momentos pareciam sem eternos. E realmente eram, por que eu nunca, nunca vou esquecer de todos os momentos que vivemos e passamos juntos.

Quando terminei de colocar as coisas no prato, fui andando até ele e sentei em seu lado colocando os pratos na mesa.

- Claro, pode perguntar - ele disse pegando os ovos e as torradas.

- Eu queria...bem...queria ir naquela loja -eu nunca gostei de pedir as coisas, isso sempre foi algo da minha personalidade, e mesmo sabendo que eu não preciso ter vergonha de pedir as coisas à ele, eu ainda tenho.