Tudo está prestes a explodir

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Tristeza, sentimentalismo, melancolia, idealismo, ilusão, baixa autoestima, rancor... sentir tudo isso é tão desgastante que acaba causando um cansaço mental extremo. A maior parte do tempo você quer se isolar e não quer que ninguém perceba o seu estado, pois seria muito difícil  demonstrar. Por mais que esteja rodeado de pessoas, a sensação é de que está mais sozinho do que nunca. 

É complicado compartilhar o que sentimos, parece que é besteira da nossa cabeça e que sempre vai ter alguém pior, o que nos faz parecer dramáticos. Ninguém entende o que sentimos, por mais que tentem, é como se ninguém nunca tivesse passado por isso. Só necessitamos de apoio, queremos carinho e compreensão, alguém que nos ampare e demonstre nos amar. 

Acordar é um pesadelo. Não sentimos vontade de levantar da cama, e não é por preguiça, quem dera fosse... É não ver sentido para levantar e viver. Pois é, a vida é dura para todos mas para quem tem depressão é mil vezes pior. Sentir demais é terrível. A única coisa a fazer é continuar em frente tentando ignorar os sentimentos pois eles machucam demais. Mesmo tendo consciência de que está em corda bamba e que se pisar em falso irá cair, continua vivendo assim porque não tem como sair dessa situação.

O tempo todo procuramos rotas de fuga para fugir da realidade, e esperando que o êxtase dessa sensação seja maior que a dor. Isso é mais fácil que enfrentar o problema. Todos os dias se perguntando ''até quando vai ser assim?'' esperando um milagre acontecer, mas infelizmente ele não vem. Nosso maior inimigo é o tempo. O tempo não espera, ou você vai ou fica pra trás. É como se estivéssemos com uma ferida na perna que nos impede de andar, não temos antibiótico apenas analgésico, ele tira a dor mas não cura. Sem a perna não conseguimos andar sozinhos e precisamos de ajuda. Mas nem sempre a ajuda realmente ajuda, e não é culpa dela, mas nos sentimos um fardo para ela, o que é angustiante e nos faz desistir.


Como é a depressãoOnde histórias criam vida. Descubra agora