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Depois de ter contando para Gojo o seu segredo, ele não se afastou como ela temia, pelo contrário, ele se mostrou mais protetor e cuidadoso com ela, tentando a fazer se sentir tranquila e acolhida na presença dele.
Ele sempre soube que [Nome] tinha algo dentro de si, ele sempre sentiu uma sensação diferente perto dela, mas isso não iria fazer ele se afastar dela, porém ele havia começando a notar mudanças no comportamento da pequena e machucados que ela insistia em esconder. Ele não gostava da ideia de vê-la machucada e sofrendo, por isso ele decidiu que a faria contar o que estava havendo.
Depois dela ter contato o que acontecia ele decidiu tentar descobrir o que [Nome] tinha dentro de si para poder ajudá-la a se libertar e se não fosse possível pelo menos controlar. Ele sabia que a família de [Nome] a tratava dessa forma pelo o que ela carregava consigo, ele nunca foi ingênuo, desde cedo ele aprendeu que o mundo não era um lugar tão legal assim, principalmente o mundo dos feiticeiros Jujutsu. E se ele estivesse certo sobre suas suspeitas, a família de [Nome] também era de feiticeiros e só a deixavam viva para ser usada como moeda de troca ou arama para se protegerem ou para lidar com certos casos.
Gojo era um menino inteligente, já tinha um grande conhecimento sobre o mundo dos feiticeiros, principalmente sobre maldições, habilidades e técnicas de Jujutsu. Mas o que ele viu e sentiu vir de [Nome] era completamente diferente do que ele tinha visto, o que o levou a passar noites acordado na biblioteca de sua família estudando o caso da sua doce [Nome]. Ele queira muito liberta-lá desse sofrimento.
Mas enquanto ele não conseguir fazer isso ele brincaria com ela, aproveitaria cada minuto naquele bosque com ela, até o dia dele poder cumprir sua promessa de salvá-la da sua torre.
— Você demorou pra vir- ela falou meio envergonhada
— Não se preocupa, eu acabei dormindo demais- ele falou bocejando um pouco mas sorrindo em seguida
— Só isso?- ela perguntou e ele confirmou com a cabeça
— Só isso- ele falou sorrindo de leve
— Se você quiser pode deitar a cabeça no meu colo, não tenho problema se você quiser dormir- ela falou brincando com a mexa de seu cabelo com o rosto rosado
— Eu vim pra te ver e ficar com você, não para dormir- ele falou se sentando ao lado dela
— Eu vou ler esse livro, e você pode dormir, juro que te acordo pra gente brincar- ele ponderou a ideia mas não resistiu ao olhar de pidona da pequena
Ela se ajeitou se escorando na árvore e ele deitou com a cabeça em seu colo, ela pegou o livro um pouco envergonhada pelo jeito que estavam mas logo se acostumou com a aproximação, lendo seu livro calmamente enquanto o menino aos poucos se deixava cair no sono. Eles ficaram ali, debaixo da sombra daquela árvore apenas aproveitando o seu momento juntos.
Depois de um certo tempo de leitura [Nome] decidiu que o acordaria como dissera antes. Ela passou a mão pelos seus fios grisalhos e chamava o seu nome calmamente até ele dar os primeiros indícios que acordaria.
— Você estava mesmo com sono- ela falou rindo de leve
— Deveria continuar o que estava fazendo, é bom- ele falou e ela colocou a mão novamente em seu cabelo
— Assim?- ela perguntou rindo da cara de satisfação que ele fazia ao receber o carinho em seus cabelos
— Isso mesmo, é muito bom, não para, dá até vontade de dormir de novo- ele falou fechando os olhos
— Você disse que queria brincar, lembra?- ela falou parando de mexer em seu cabelo o fazendo resmungar em resposta
— Vamos brincar de que?- ele perguntou se levantando
— Não sei- ela falou e ele fez uma careta
— Vamos dar uma volta, esses dias eu vi um ninho de passarinhos, vamos ver se eles já saíram dos ovinhos- ela falou empolgada e ele concordou com a cabeça animado também
Eles caminharam pelo bosque à procura do ninho de passarinhos e quando encontraram ficaram simplesmente maravilhados com os filhotinhos tentando voar
— Olha como é lindinho- Ela falou empolgada
— Que bonitinho- ele falou apontando para um que batia as asas tentando atear voo
— Vamos pegar um pra gente- ele falou indo em direção aos pássaros mas foi impedido pela menina
— Não, você não pode separa-los da mãe deles- ela falou e ele fez bico
— Eu vou ser um pai responsável- falou e ela deu um peteleco em sua testa
— Aí! Porque fez isso?- ele perguntou com a mão na testa com cara de choro
— Porque você é teimoso, vem vamos passar o riacho e voltar para árvore- ela falou pegando em sua mão e o arrastando
Ele resmungava enquanto ela se mantinha em silêncio, até que na hora de atravessar o rio ele tropeçou fazendo os dois cairem na água.
— Viu só você não me escuta agora a gente tá molhado- ele falou com a cara emburrada
Ela olhou para ele e começou a rir de forma escandalosa, era uma risada gostosa e contagiante, não demorou muito e ele desfez a cara emburrada rindo também. Eles se levantaram e foram até a árvore novamente vez ou outra rindo do que acabara de acontecer
— Nos vemos amanhã?- ele perguntou e ela confirmou com a cabeça
