𝟙𝟙º 𝔸 ℕ𝕠𝕧𝕒 ℙ𝕤𝕚𝕔𝕠́𝕝𝕠𝕘𝕒

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Então como eu tinha mais uma aula tive que ficar na escola. Fui para a área da cantina, só para pegar wifi de graça, lá estava alguns alunos que provável que também tenham sido expulsos e alguns professores a conversarem e a tomarem o seu café.

Estava mexendo no meu celular, quando uma professora, eu acho, se aproxima.

-Você é nova aqui na escola? Está tão solitária. -diz-me ela se sentando ao meu lado.

-Hm sou, fui expulsa da aula. -conto-lhe.

-Expulsa? Que se passou? -pergunta-me ela bastante preocupada.

-Só porque eu falei uma coisa baixinho para a minha amiga. -digo-lhe e reviro os olhos.

-Não fica estressada, alguns professores são assim mesmo. -fala-me ela me tentando acalmar colocando sua mão atrás das minhas costas.

-Tá, posso saber que disciplina você dá? -pergunto-lhe curiosa.

-Ah, eu não sou professora, sou psicóloga, vim substituir a Senhora Johnson. -explica-me ela.

-Como é o seu nome? -pergunto.

-Mia Chen, prazer e o seu? -responde ela.

-Meu é S/n Miller. -cumprimento ela com a mão e depois paro e reflito no sobrenome dela. -Espera Chen? -pergunto assustada, esse sobrenome era o mesmo que o de Hudson.

-Sim Chen, algum problema? -pergunta-me.

-Por acaso conhece algum Hudson? -pergunto.

-Sim meu irmão. -responde e eu fico louca, meu deus, foi ela com quem Marcus planeou aquele plano macabro, não tou acreditando. -S/n está tudo bem? -pergunta preocupada porque eu tava paralisada ainda com a resposta e surtando por dentro.

-É, é só que eu conheço seu irmão. -digo sorrindo para disfarçar.

-Então já deve tar sabendo que ele foi suspenso né? -pergunta-me e eu afirmo com a cabeça. -Ele e o Marcus nunca se deram bem... -e ela dá uma pausa e parecia que ia dizer mais algo mas calou-se.

-Eu sei o que aconteceu, eu estou com o Marcus, bem estamos ficando. -digo-lhe com receio da sua resposta.

-Eu como psicóloga vou te dar um grande conselho, mantém o olho aberto, se ele te pedir algo não lhe dês o que ele quer. -e pega na minha mão.

-Fica descansada isso não vai acontecer. -digo e toca e eu saio daquela mesa à procura da Max.

Encontrei ela no banheiro, ela estava com a Allyson e a Nina.

-Aí meninas não vão acreditar. -digo apavorada.

-Conta menina, não me assusta com uma coisa dessas. -fala Max desesperada.

-A irmã do Hudson veio falar comigo, ela é a nova psicóloga. -conto.

-Nossa senhora, Marcus vai surtar quando souber. -diz Max indo lavar as mãos.

-Como assim surtar? -pergunto.

-Ele detesta ela, porque depois do ocorrido ela contou para todo o mundo, e nossos pais colocaram ele de castigo um bom tempo. -explica ela.

-Tá, vamos mudar de assunto, aquele Sr. Gitten, é mesmo um filho da puta, que ranço dele. -falo serrando os punhos de raiva.

-Amiga se habitua, olha que ano passado era pior. -fala Nina.

-Pior que este ano? Impossível, homem rabugento, a mulher deve lhe ter deixado, para andar assim tão frustrado. -digo e elas começam a rir.

Passou a hora do intervalo e nós fomos para a aula de matemática.

Após a escola, minha mãe já estava me esperando na entrada me acenando, como se eu fosse cega e não conseguisse lhe ver com aquelas roupas tão chamativas.

-Eu não me canso de dizer, tua mãe é muito gata. -diz Jordan.

-Aí cala a boca, Max quer vir comigo? -proponho.

-Sim, pode ser, adeus galera. -ela dá tchau com a mão e eu faço o mesmo.

Chegamos perto da minha mãe, e entramos as duas no carro.

-Como correu a escola meu doce de leite? -pergunta Georgia.

-O Sr. Gitten me expulsou aquele filho da mãe, Hudson e Marcus lutaram e foram suspenso e ah tenho que levar com todos os dias meus amigos falando que você é um gostosa, não tem como me buscar com roupa normal? -digo irritada.

-Minha menina, olha só eu visto o que eu quiser, só por essa para a semana irás vir de ônibus, ou a pé ou de carona de alguém, eu não ligo tá bom, se vira. -fala minha mãe brava e acelerando de raiva.

-Qual é meninas, vamos se acalmar. -diz Max para quebrar o clima.

-Aí não tem como, com minha mãe sendo assim. -digo irritada e revirando os olhos.

-Aí me poupa, você vive a vida a me desrespeitar, só porque está bravinha, eu faço todo por você S/n, eu dou minha vida por você se for preciso, para quê, para depois levar com faltas de respeito na cara, não gosto das suas atitudes. -me dá um sermão e eu fico emocionada e começo a chorar, eu sou muito sensível e me senti mal por minha mãe.

-Desculpa mãe, eu não queria... -falo limpando os meus olhos.

-Casos de família. -fala Max num tom fininho.

-Tá bom filha não precisa chorar, eu te desculpo meu pêssego. -fala ela parando o carro porque chegamos a casa.

-Valeu pela carona Georgia. -agradece Max. -Beijos. -e vai até a sua casa.

Eu e minha mãe entramos para dentro de casa, me sentei no sofá esperando ela fazer o almoço.

-Mãe só para saber, para a semana você não vem mesmo me buscar? -pergunto.

-Não, S/n você tem que ter algum castigo pelo o que me disse e por também ter sido expulsa da aula. -responde-me ela.

-Tá mãe eu aceito, mas isso de ter sido expulsa foi pura estupidez. -digo-lhe alto.

-Sim sim estupidez, eu sei bem. -diz ela continuando a fazer o almoço.

My Neighbor - Marcus BakerOnde histórias criam vida. Descubra agora