Super Gene 6

CAPÍTULO 1004 - TRÊS ANOS

Preso ali no vale, sem preocupações imediatas, Han Sen estava entediado e não tinha nada para fazer. Além de conversar com Thorn Baron e cuidar de Bao'er, ele passava o tempo todo praticando o Sutra do Pulso de Sangue.

Talvez fosse porque ele tinha muitas frutas, a velocidade com que ele podia praticar aumentou muito e ele desbloqueou o próximo gene lock em poucos dias.

Seu Sutra de Pulso de Sangue estava se desenvolvendo muito rapidamente, mas o mesmo não podia ser dito do Sutra Dongxuan.

Han Sen interrompeu sua prática do Sutra Dongxuan para se concentrar totalmente no Sutra do Pulso de Sangue, por enquanto.

E isso foi tudo o que ele pôde fazer. Por mais chato que possa ter sido, pelo menos foi benéfico para seu crescimento pessoal.

Quando estava um pouco exausto, porém, dedicava tempo para investigar o vale e examinar a cerâmica um pouco mais de perto, e talvez até ver se conseguia descobrir uma pista ou encontrar uma solução para seu dilema.

Mas os itens espalhados pelo vale não tinham marcas ou sinais reveladores de seus antigos proprietários ou fabricantes. Sem nenhuma pista a seguir, Han Sen parecia permanecer para sempre na estaca zero.

Houve, no entanto, um item que ele encontrou que era interessante. Era um tablet quebrado que havia sido totalmente enterrado sob o solo.

Ele avistou um macaco mijando nas proximidades. Ele cavou um buraco e fez seu trabalho, e quando terminou, Han Sen notou o canto da placa fragmentada que o macaco havia inadvertidamente cavado para atender ao chamado da natureza. Não se incomodando com o xixi do macaco, Han Sen foi descobrir o resto e desenterrar tudo.

O tablet era grande, assim como tudo o mais no vale. Tinha dez metros de largura e dois de altura. O texto na tabuinha foi escrito em uma linguagem humana antiga, que Han Sen tinha pouco conhecimento. A única palavra que ele conseguiu decifrar foi a palavra bater.

Foi uma sorte que Han Sen uma vez reservou um tempo para se educar sobre línguas antigas. Se ele não tivesse feito isso, ele teria passado o texto como rabiscos sem sentido.

"Hmm, esta é uma linguagem humana antiga. Essa coisa foi criada por humanos? " Han Sen ficou chocado com a descoberta que fez.

Com a palavra batida, Han Sen percebeu que havia uma mancha de sangue. Foi uma visão melancólica de se ver.

Ele então olhou para o artesanato do tablet. Ele não conseguia adivinhar quais ferramentas foram usadas para esculpir e gravar os caracteres antigos, mas o trabalho era notável. Foi tudo muito tranquilo. Era forte também, e mesmo que Han Sen exaurisse todo o seu poder no tablet, era provável que ele não pudesse quebrá-lo. Ele provavelmente nem seria capaz de deixar uma marca.

Além dessa curiosidade que ele encontrou, nenhum outro item que ele tinha visto no vale tinha palavras gravadas neles.

Han Sen e os macacos ainda estavam presos lá e, sem dias ou noites, era impossível determinar quanto tempo havia passado.

Han Sen continuou sua prática e as coisas correram muito bem. Com seu nível de condicionamento de 1.500, ele conseguiu abrir seis de suas fechaduras genéticas do Sutra de Pulso de Sangue.

Ele também se certificou de comer muitas frutas. Quando sua contagem de pontos de auto-genoma atingiu a soma de novecentos, pareceu se tornar significativamente mais difícil de aumentar.

Não importa que fruta ele comesse, ele não poderia aumentar seus pontos de geno próprio. Tanto quanto ele poderia dizer, ele tinha estourado.

Até mesmo Thorn Baron se serviu dos frutos daquele vale, e seu desenvolvimento veio bastante. Ela conseguiu abrir nove bloqueios de genes.

Os macacos azuis também se deram bem. Todos pareciam ferozes guerreiros primatas; eles eram assustadores!

Mas como todos haviam estado no vale juntos pela mesma quantidade de tempo, presos, eles se tornaram amigos. Todos eles estavam no mesmo barco, e ambas as partes reconheceram que não havia necessidade de piorar as coisas mantendo suas hostilidades.

Sem nenhum ciclo de dia e noite para marcar a passagem do tempo, Han Sen fez questão de não perder a noção do calendário. Ele contou as horas que se passaram em sua cabeça, e cada vez que a contagem chegava a vinte e quatro, ele fazia uma marca.

Pode não ter sido o calendário mais preciso, mas tinha que ser bastante próximo.

Eles ficaram lá por muito tempo, muito tempo. Han Sen acreditava que todos haviam ficado presos naquele vale por três anos. Seu Sutra de Pulso de Sangue estava em seu nono nível.

Não houve nenhum avanço com seu modo de espírito super-rei. Ainda estava em novecentos e Han Sen ainda não conseguia ganhar mais pontos por isso.

Infelizmente, sua forma física ainda estava parada em mil e quinhentos. Seus pontos de sangue sagrado e supergeno não aumentaram nem um pouquinho. Ainda assim, o fato de ele ter conseguido abrir tantos bloqueios de genes com um nível de aptidão tão baixo foi uma realização notável e extremamente rara.

Mas mesmo com sete bloqueios de genes abertos, o corpo de Han Sen não conseguiu suportar o aumento de força que proporcionou.

No entanto, o modo espírito do super rei não teve esse efeito negativo. Então, Han Sen foi capaz de usar isso tão livremente quanto pôde. Com todos os bloqueios de genes abertos, Han Sen poderia usar o modo espírito super-rei por pelo menos uma hora inteira.

Se ele o usou por tanto tempo, porém, Han Sen precisou de uma semana inteira de descanso para se recuperar antes de poder usá-lo novamente.

Depois de três anos, Bao'er ainda era o bebê que sempre fora. Mas Han Sen entendeu que seu ciclo de vida pode ter sido diferente do de um humano típico.

Nesse dia, como fazia com frequência, Han Sen deu um passeio ao redor do vale. Ele fazia isso todos os dias, tentando detectar até mesmo a menor diferença no local, que parecia estar parado no tempo.

E ao longo dos três anos, não houve uma única mudança. Isto é, exceto pelas frutas que todos comeram. As árvores estavam nuas e o vale parecia sombrio e morto, após a ocupação de três anos do lugar.

Se eles não encontrassem uma maneira de deixar o vale logo, havia a possibilidade de um levante símio, e Han Sen e os macacos acabariam lutando novamente.

Mas naquele dia, quando Han Sen se aproximou de onde antes ficava a entrada do vale, ele perdeu o fôlego.

Han Sen quase chorou de alegria. A parede plana, que antes havia bloqueado seu retorno, agora conduzia a um túnel. Era exatamente o mesmo que ele havia atravessado para chegar ao vale três anos atrás.

"Depois de três longos anos, estamos livres! Bao'er venha, podemos sair deste lugar! " Han Sen correu até Bao'er e a pegou no colo o mais rápido que pôde. Ele temia que a caverna desaparecesse.

Ele devolveu Thorn Baron ao Mar da Alma e chamou os macacos, dizendo: "Vamos, vamos! Podemos sair! "

Han Sen não sabia se eles haviam entendido ou não, e tampouco se importava em ficar e descobrir. Ele correu de volta para o túnel o mais rápido que pôde.

Enquanto corria pelo túnel escuro, o rugido de uma cachoeira começou a ecoar ao seu redor.

Quando a luz literal no fim do túnel saudou os olhos de Han Sen, e o som daquela cachoeira acariciou seus ouvidos, Han Sen teve vontade de chorar.

Nos últimos três anos, ele havia se tornado muito mais forte e havia avançado bastante. Mesmo assim, parecia que ele havia passado um tempo na prisão. Ele havia sido despojado de toda liberdade. Agora, ele tinha recebido aquela liberdade de volta, e aquela sensação trombeteava por cada célula de seu ser.

Han Sen correu pela cachoeira e voou para o céu com Bao'er nas mãos. Ele subiu cada vez mais, disparando através das nuvens.

"Han Sen está de volta! Haha! "