Então Mr. Watson o que o trouxe aqui hoje novamente. Com o rosto um tanto confuso. Quer dizer, não que eu não esteja feliz de vê-lo aqui, mas devido ao que aconteceu na sua última consulta, pensei que não ia vê-lo tão cedo. Falou com o tom de voz calmo, o que para John parecia calmo até demais.
Eu acho que precisei Dra. Jones, depois do aconteceu naquele dia digo ...digo eu queria me desculpar com você, eu não devia ter surtado daquele jeito. Falo um tanto apressado. Me perdoe! Eu ...Eu ...Eu tinha acabado de perder lo ...Ele ...Ele... Ele. Digo gaguejando um pouco. Ele se jogou de um prédio na minha frente, ele falou comigo, ele me disse que era uma fraude, como ele poderia ser uma fraude ? Pergunto mais para mim mesmo do quê para ela, que agora me analisava cuidadosamente.
John, você mais do quê ninguém pode responder essa pergunta, você o conhecia certo.
O quê eu quero dizer é, se faça essa pergunta, não ligue para a opinião dos outros sobre assunto, apenas você, acha realmente que ele era uma fraude, esse homem que você conheceu era uma fraude como as pessoas falam ou até mesmo como ele falou ou era como você mesmo me disse um grande gênio filho da mãe? A terapeuta me encarou por me tempo depois de responder minha pergunta.Essa é a pergunta que eu venho me fazendo há semanas Ellen, Meu Deus! será mesmo que ele era uma... uma fraude, eu simplesmente não consigo aceitar que aquela pessoa que conviveu comigo...não ...não pode ser, ele era sim um gênio. Digo olhando em direção a janela do meu lado esquerdo, eu estava no consultório da Dra Jones, eu havia começado há um mês fazer terapia de novo, porém eu parei de ir aos nossos encontros semanais depois de eu surtado e sair da sala totalmente contrariado. Sou tirado dos meus pensamentos pela voz de Ellen e volto à olha em sua direção.
Então, você realmente acreditava nele. Disse me analisando, tendo nós lábios pelo que eu percebi um micro sorriso. John, você percebeu que não estou tocando no assunto que foi mencionado na última sessão, porém devo perguntar lo se você pensou no tema mencionado, sobre os sentimentos ou não sentimentos que você podia ter ou não por Sherlock? Disse me olhando atentamente.
Eu pensei sobre isso por semanas.disse enquanto desviava olhar para as mãos. Eu realmente não entendo o que sinto por ele, sentia... O que eu sentia por ele. Com a voz embargada enquanto pronunciava tal afirmação. Eu não consigo entender, passava 99% do tempo o odiando por ser tão rude e desagradável com as pessoas e por me tratar mal tantas e tantas vezes, mas com o 1% que sobrava eu....eu ... Gaguejo enquanto tentava encontrar as palavras certas.
Você o quê, Sr. Watson? Me incentivou a continuar.
Passo a encarar-la, bom ela parecia uma típica terapeuta nada de mas.
Eu conseguia ver beleza nele não somente física, por que Deus sabe o quanto ele é bonito..ele era, quer dizer, eu não sei talvez os pequenos detalhes, sua risada, o jeito como ele protege os seus. Dou uma risada ao lembrar de como ele e o irmão não se bicavam e com implicavam um com o outro. Sinto falta de tudo, até das brigas dele com o irmão, dele chamando o Greg de Gavin, tudo isso. Sem perceber já havia começado a chora.
John não era o tipo de homem que chora, ele quase não chorou a vida toda, mas de alguma forma apenas o fato de não poder ver seu melhor amigo, o deixava a beira das lágrimas em segundos.
Eu entendo John, sei que é difícil falar de sobre isso, mas você precisa primeiro entender o que você sentia por ele pra poder enfim superar sua morte.
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SOCIOPATH
Teen FictionA Queda de Reichenbach, foi o que John Watson leu no jornal desta manhã, parecia um tanto improvável que seu amigo havia se jogado do alto de um hospital, mas ali estava ele lendo sobre o curioso suicídio de Sherlock Holmes o grande detetive consult...