my girl of the black hair

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pov: Carol

Eu não acredito que deixei isso acontecer...

Eu não acredito que deixei as coisas saírem do controle...

É tudo culpa minha!

Eu não quero deixar ela! Não por favor, Não!

Ela diz com a voz embargada:

- Tudo o que seria necessário era... era... -Ela começa a chorar

Eu não posso!

-Não porra... de jeito nenhum! Você é minha prioridade agora. Você é tudo que importa pra mim.

Ela me olha com desespero

-Eu sei. Você provou mais que uma vez... mesmo que não mereça isso. Eu sou tão egoísta... - Ela diz apontando para o tornado - Não como minha mãe... olhe para o que ela teve que desistir e viver... e ela assim o fez. Ela não merece ser morta por uma tempestade em uma porra de uma restaurante. Até o meu... - ela se aproxima de mim - padrasto merece-la viva. Há tantas pessoas em Arcadia Bay que devem viver... muito mais que eu...

- Não diga isso... eu não vou te trocar.

- Você não está me trocando. Talvez você apenas atrasou o meu destino real... olhe quantas vezes eu quase morri ou realmente morri. Olhe para o que aconteceu com Arcadia Bay desde a primeira vez que me salvou. Eu sei que tenho sido egoísta, mas pela primeira vez eu acho que eu deveria aceitar o meu destino... o nosso destino

Virei-me de costas, não acredito que estou ouvindo isso. Ela me virou novamente pra olha-la. Não existe destino pra mim sem ela.

-Day...

-Carol, você finamente voltou pra mim está semana, e...você não fez mais nada, do que me mostrar seu amor e amizade. Você me fez sorrir e rir, como eu não tenho feito nos últimos anos. Onde quer que eu acabar depois disto... em qualquer realidade... todos os nossos momentos entre nós eram reais, vão ser sempre os nossos momentos. Não importa o que você escolher, eu sei que vai tomar a decisão certa. - ela me olhava de um jeito intenso com medo, agustia, indecisão. Ela está me pedindo pra deixa-la morrer. Deixar o primeiro e único amor da minha vida... morrer...

- Day... eu não consigo fazer essa escolha... - digo em desespero.

Ela me segurou pelos braços.

- Não, Carol... você é a única que consegue. - nessa hora, eu já não tinha controle sob minhas lágrimas e ela não estava diferente. Mas ela continuava linda, com sua touca preta com a pequena figura de um carinha de um lado triste e outro feliz, cabelos pretos, ondulados e um pouco embaraçados mas nunca perdendo o charme, camisa preta de uma banda chamada Paramore com letras em chamas, calça jeans surradas com alças caindo e Vans de cano alto sujo de lama. A... minha... Day.

-Carol... está na hora...

-Day... eu estou tão triste... eu... eu não quero fazer isso

Ela me abraçou, um abraço...diferente, aqueles abraços de saudade apertado mas um também doloroso de despedida.

- Eu sei Carol, mas... estarmos juntas essa semana foi o melhor presente de despedida que eu poderia ter esperado você é a minha heroína, Carol.

Eu não posso mais esperar, eu tenho que fazer isso. Me aproximei dela, segurei seu rosto em minhas mãos, me coloquei nas pontas dos pés e a beijei. Um beijo apaixonado, com amor, medo, e outras coisas que não consigo denominar porque estou beijando Dayane Lima, ou como ela prefere ¨Day limns¨. Ela ficou sem reação, talvez porque não esperava isso de mim, mas logo retribuiu colocando uma mão em minha cintura e a outra espalmando minhas costas delicadamente.

terminei o beijo com três selinhos demorados para memorizar seu gosto, ela me olhou daquele jeito que só ela sabia olhar com aqueles olhos castanhos escuros parecendo duas jabuticabas, enquanto ela se afastava ela dizia.

(play: nobody cares áudio 8d com fones para melhor experiência em modo continuo)

- Eu te amo, Carol. Eu sempre vou te amar agora, saía daqui, por favor! Faça isso antes de eu enlouquecer. -me virei para pegar a foto - E, Carol Biazin... - me virei novamente para a direção de sua voz - Você nunca se esqueça de mim... - apontou para mim enquanto se afastava mais.

- Nunca.

Estou tomando a decisão mais difícil e dolorosa da minha vida tudo culpa minha! Me virei de costas para Day para eu prestar atenção na foto. Me concentrei ao máximo em todos os detalhes da foto, a borboleta negra, o balde, as paredes mofadas do banheiro e logo a foto começa a focar a imagem começa a se mecher. Em questão de segundos estou no banheiro da universidade novamente tirando a foto da borboleta. a foto está na minha mão e fico olhando a mesma por alguns segundos e a deixo cair no chão, guardo minha câmera e olho para a porta de entrada do banheiro atrás da parede da cabine. Logo a porta se abre. E surge uma voz grave que imagino ser de Jorge que começa a falar sozinho. Nunca pensei que sentiria tanto ódio de alguém como sinto dele, sei que a culpa não é dele mas eu só sinto ódio dele. Depois, a porta se abre novamente e surge uma segunda voz, o som da voz que me acalma o meu som preferido, a voz que me acalma que me faz ter a sensação de estar segura em qualquer lugar.

Começo a ficar tonta e minhas pernas fraquejam, começo a escorregar apoiada na parede da cabine começando a chorar silenciosamente para eles não me escutarem, uma tarefa muito difícil. Eles começam a discutir elevando suas vozes, mas logo a voz dela fica baixa e a voz de Jorge fica friamente serena. Me pergunto desde a primeira vez como não escutaram a discussão. A voz de Jorge eleva novamente a voz pra um tom autoritário e ameaçador e som de ele pegando algo, quase idêntica a... dele. A voz de Day se desespera e...

Um barulho seco... ele... atirou...

Logo depois, o barulho de algo pesado caindo... o corpo dela... e depois algo sendo jogado.

Meu choro se intensifica.

pov autora

Jorge se desespera assim que olha o corpo da jovem de cabelos negros no chão com sangue, ele se dá conta do que fez se abaixa e balança o corpo dela na esperança miserável da garota acordar, ele continua fazendo isso até escutar barulho de passos ele olha uma última vez para o corpo sem vida da garota Day e para arma. Ele pensa em pegar a arma mas vozes se aproximam e ele saí correndo sem pensar para fora do banheiro, em uma tentiva certa de falha e é pego pelo chefe de segurança Robson. Enquanto o diretor Wells vai para o banheiro e encontra a jovem Carol desesperada em cima do corpo de Day chorando compulsivamente. Ele vai ao encontro dela em busca de saber do ocorrido, mas a jovem estava devastada demais para responder perguntas como aquela.

E assim, se inicia a tarde fria de Arcadia Bay do dia 13\07\2013.

Notas finais:

As vezes a ansiedade funciona para o bem, vejam meu exemplo kkkk. Capítulo pesadão dão para iniciar a historia e deixar vcs bem a par do que aconteceu. Me empolguei bastante como podem ver e vcs que lutem porquê meus capítulos vão ser assim. Outra coisa, palavras que tiverem estiverem nesse estilo: significa que são palavras sentimentais. Palavras nesse estilo: significa que são palavras importantes e que tem haver com algo, seja plot twist ou referencia. acho que é isso, até o próximo capítulo.

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