Happy Birthday, Shizun!

Capítulo 1 - Surpresa!

Shen Qingqiu encarava a caixinha em sua frente com o cenho franzido.

Naquela manhã acordou na casa de bambu, encontrando-a estranhamente silenciosa. Sabia muito bem que Luo Binghe passou a noite consigo — seu corpo marcado não deixaria-o negar nem que quisesse —, só não entendeu a razão de não ver ele ao seu lado ao acordar.

E havia aquela caixinha. Fina e comprida, luxuosamente negra e brilhante, com um laço vermelho amarrado em volta.

Estava pensando consigo se abriria ou não, quando bateram na porta. Expectando ser Binghe, ele pediu para entrar, confuso pela a ação do outro..

— Shizun, trouxe seu café da manhã.

Era Ming Fan. Decepção era pouco para descrever o sentimento de Qingqiu.

— Obrigado — disse serenamente, escondendo toda a sua frustração. Assistiu o outro colocar as tigelas em sua frente. — Você viu Luo Binghe, Ming Fan?

Ming Fan fez uma careta de desgosto ao ouvir o nome do outro.

— Sim, hoje cedo. Ele preparou o café de Shizun antes de sair.

— Sair? — Shen Qingqiu coçou o queixo. — Pra onde ele foi?

— Não sei, Shizun, mas parecia ser urgente — Ming Fan fez uma reverência. — Este discípulo pode fazer mais alguma coisa por Shizun?

— Não, obrigado. Pode ir.

— Ah, Shizun, posso fazer uma pergunta? — vendo Shen Qingqiu acenar positivamente, Ming Fan disse: — Shizun sabe que dia é hoje?

Shen Qingqiu franziu o cenho. Que dia era hoje? Ora, uma sexta-feira? Havia algum evento especial? Algum compromisso importante? Sinceramente, não lembrava.

— Não sei, Ming Fan. Pode me esclarecer?

— O líder de pico Liu pediu para Shizun ir até o pico Bai Zhan no horário do almoço. Acho que ele vai poder esclarecer melhor do que este discípulo — Ming Fan fez uma reverência e se apressou para a saída. — Qualquer coisa pode chamar, Shizun. Até mais!

— Espera, Ming — a porta bateu. — Fan. O que está acontecendo?

Primeiro, Binghe some sem deixar vestígios, depois Ming Fan age estranho e por fim, havia aquela caixinha em sua mesa que o incomodava profundamente.

Decidido a esclarecer melhor a situação, ele desfez o nó e abriu a tampa da caixinha. Embrulhado cuidadosamente em tecido fino, havia um leque belíssimo. A cor branca era misturada com as cores verdes da seita. De um lado havia a pintura do pico Qing Jing e do outro, uma poesia sobre um amor resistente até ao fogo mais impuro.

Qingqiu tinha quase certeza que a letra era de Binghe. Se imaginava corretamente, aquele leque luxuoso havia sido feito pelas próprias mãos de seu discípulo.

Seu coração aqueceu de forma que o fez se sentir patético.

Ele fez sua refeição e terminou de organizar a casa de bambu. Fez algumas coisas que sua responsabilidade como líder de pico exigia e então próximo do almoço, vestiu uma roupa mais formal, pegou o novo leque e saiu em direção ao pico de seu shidi, Liu Qingge.

Calmamente passando pelo caminho deslumbrante das montanhas, ele parou para admirar a vista. Perdeu alguns minutos observando alguns discípulos treinando e correndo de lá para cá, sentindo-se completamente revigorado.

Não entendia bem porque todos pareciam apressados naquele dia, mas somente ignorou e chegou a residência pessoal de Liu Qingge.

Foi recebido por uma carranca.