Capítulo 2 - Calor Insuportável

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Dessa vez Binghe estava preparado. Apesar de suas mãos tremerem intensamente — não por estar prestes a tomar seu shizun, pois eles já haviam ficado juntos diversas vezes, mas sim porque desta vez havia um pedido explícito de Shen Qingqiu e a atitude dele em tomar a frente naquele momento era algo até então, inédito —, ele pegou rapidamente o frasco de óleo em suas vestes jogadas no chão da casa de bambu.

Ele tinha noção que seu tamanho era bem generoso. Não era um motivo de vergonha, mas ele não exatamente se orgulhava quando sua grossura e comprimento faziam Shizun sofrer nos primeiros minutos de penetração. Antes, isso se dava por inexperiência. Hoje, ele tem focado em prepará-lo bem e prestar a máxima atenção em cada suspiro, gemido e arfar, para identificar se estava fazendo tudo certo.

Não havia maior satisfação para Binghe do que ver seu shizun satisfeito. Vê-lo se desmanchando e arfando com força nos lençóis, sabendo que era a razão e tinha a capacidade de dar a Qingqiu prazer o deixava nas nuvens.

— Shizun, você quer fazer aqui mesmo? Não prefere a cama? — ele interrompeu o beijo para perguntar, cheio de dificuldade e falta de ar. O corpo em seu colo parecia febril, de tão quente.

— Não, eu gostaria de fazer aqui — Qingqiu segurou os ombros de seu discípulo, escondendo o rosto ruborizado no pescoço dele. Não havia leque que pudesse salvar sua cara naquele momento, por isso optou por colar suas peles e descansar os lábios no pescoço pálido de Binghe.

Shen Qingqiu podia sentir o corpo do outro tremer quando era tocado. Não eram coisas habituais, ele não fazia isso com frequência e ver quão devastador era seu próprio toque em Binghe, o fez se sentir culpado.

A quanto tempo ele recebia cuidados, mas não cuidava? Era uma atitude cruel.

Muito cuidadosamente, ele sentiu Binghe afastá-lo um pouco para poder alcançar seus mamilos. Para si aquilo era profundamente vergonhoso, mas não importava o quanto lutasse, ele não conseguiria afastar o outro. No fim, não podia deixar de suspirar quando a língua quente o acariciava e em seguida os lábios delicadamente o sugavam.

Shen Qingqiu lutava contra seus arfares e suspiros, mas alguns ainda escapavam. Ele tentava se manter no lugar segurando firmemente nos ombros de Binghe, entretanto era absolutamente difícil. Às vezes seu quadril involuntariamente se movimentava, acariciando o volume em contato com sua bunda — toda vez que isso acontecia, Binghe tremia e arfava miseravelmente — e sua coluna ia fazendo um arco suave, abrindo espaço para os toques em seu peito, quadris e cintura. A cabeça queria pender para trás, mas mesmo com dificuldade ele mantinha-se firme.

Dois pares de mãos fortes subiram por suas coxas embaixo da água, agarrando os quadris para ajudá-lo a manter as fricções constantes. Dessa forma, Shen Qingqiu poderia dizer que era Binghe quem estava o fazendo se mover daquele jeito, ele não perderia a cara; no entanto, tanto ele quanto Binghe podiam sentir que as simulações impetuosas de estocadas vinham todas de Qingqiu. 

Binghe sentia que poderia evaporar junto da água quente. Para que a água não viesse a ficar fria e consequentemente seu Shizun pudesse pegar um resfriado, ele ajustou a energia espiritual, transmitindo calor na própria água que rapidamente entrou em estado de calefação, enchendo o quarto fechado de névoa perfumada.

— M-muito quente — Qingqiu murmurou acima de seu corpo, completamente tonto ao ter uma das mãos de Binghe o masturbando tão lentamente que chegava a ser doloroso.

Vendo-o suar pelo esforço e pela água evaporando, Binghe diminuiu as ondas de energia, deixando que a água ficasse morna novamente.

— Shizun, você pode ficar de joelhos? — pediu gentilmente, sem parar de acariciar o corpo acima do seu. 

Happy Birthday, Shizun!Onde histórias criam vida. Descubra agora