O décimo quarto gole

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Jimin abriu a porta da catumba com pesar e desceu as escadas escutando o eco dos seus passos. Parou de frente ao túmulo, que agora era mantido limpo e ergueu os olhos para a estátua.

— Eu tenho uma pergunta! — proclamou em alto e bom som, escutando a sua voz ecoar. — Eu preciso saber se se nós realmente somos a mesma pessoa ou se- — engoliu em seco tomando coragem novamente. — Ou se eu sou apenas um substituto. Se eu sou alguém que se parece muito com você e por isso estou aqui. Ele se lembra de você, é óbvio, foi por isso que ele chegou até mim. Nós somos a mesma pessoa ou eu estou apenas roubando o homem era para ser o seu marido?

O loiro ficou parado, esperando uma resposta, um sinal. Qualquer coisa. Porém nada aconteceu, ele ficou no silêncio até bufar irritado.

— Que seja eu tenho um compromisso de qualquer maneira — gritou pisando duro e batendo forte a porta fazendo com que a estátua tremesse.

Jimin se encontrou com Hoseok ainda emburrado.

— Você tem certeza? — era a décima vez que fazia essa pergunta para o humano na esperança dele desistir.

— Sim, hyung, eu sei o que eu estou fazendo!

— Tem mesmo? — murmurou pegando as chaves do seu carro.

— Não, mas eu vou fazer mesmo assim.

— Como tudo que você fez no último ano.

— E deu certo, não deu?

— Em teoria. — Os dois entraram no carro do lobisomem. — Você vai se casar, Jimin-ah!

— Eu vou — riu. — Você também não acredita?

— É só que você saiu de alguém que teve o último namoro a anos, que nem saia de casa para encontrar alguém, que só baixou o tinder para falar mal do povo. Para alguém que vai se casar em menos de um ano de relacionamento.

— Você acha que é rápido demais? — perguntou se encolhendo no banco do passageiro.

— Não. Sinceramente, eu acho que cada casal tem o seu tempo. Alguns demoram anos para estar prontos para se casar, já outros só precisam de três dias para decidirem que vão ficar juntos pelo resto da sua vida.

— Três dias?! — riu atônito.

— 90 dias para casar é assim.

— Eu adoro esse programa!

Jimin batia nas próprias coxas em nervosismo, até que eles pararam nos portões que separam os vampiros dos humanos. Hoseok abriu a carteira, mostrando algo para o guarda que liberou a sua passagem.

— O que foi isso?

— É a permissão que eu tenho para passar. Ela diz que sou humano e tal.

— Você não é humano.

— Calado. Em teoria eu sou.

— Em teoria e em prática você é um pinscher.

— Me rebaixou até o inferno. — Jimin começou a rir.

— Mas isso não é chato? Tipo, você tem que fazer isso todo dia?

— Um pouco, mas não é agora que eu fiquei rico que vou parar de trabalhar. O que seriam das crianças sem mim? — Hoseok era professor de educação física de uma escola.

— Você ficou rico? Enfim, não entendo porque o Taehyung ainda não se demitiu. Todo dia ele fala mal do chefe e do trabalho.

— Ele diz que é porque quer sair do emprego xingando o chefe e se der tudo errado e você e o Yoongi terminar, como que ele vai voltar para o emprego?

Por um gole amaisOnde histórias criam vida. Descubra agora