A Clarke é difícil de lidar

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Narradora

Segunda-feira amanhecia em Polis, de um lado Lexa brigava com o despertador enquanto Clarke já estava de pé e fazia seu próprio café da manhã por Mary não ter chegado ainda. Sabia que Nana Rose descansava em seu quarto, nunca foi de acordar muito cedo. Já Lexa desceu as escadas de sua casa encontrando Antônio Woods e Katy Woods em uma conversa animada. Revirou os olhos, largando sua mochila em um lugar qualquer e sentou-se a mesa desejando um "bom dia".

- Tome café rápido. - o mais velho falou chamando sua atenção. - O diretor quer que chegue mais cedo para conversarem.

Lexa bufou, negando. Tomar bronca logo pela manhã seria com certeza um pesadelo virando realidade. Clarke por outro lado já sabia que teria que chegar mais cedo, Mary lhe avisou no dia em que o diretor lhe ligou. Ainda sentia raiva de Lexa por causar aquele vexame e principalmente por invadir sua casa, conquistando as duas pessoas mais importantes para ela em pouco tempo. Passou os cinco dias - que juntando com o final de semana eram os totais de suspensão, pensando se aquela garota de cabelos longos estava mesmo sendo bem intencionada. Mary falava tão bem dela que sentir um pouco de ciúmes era inevitável, a mulher fora a única a lhe dar a atenção e carinho.

Enquanto a  Woods passou os cinco dias perguntando tudo sobre Clarke a Lincoln, mas é claro que o amigo não deu todas as respostas que sabia, não queria facilitar a vida de Lexa e muito menos perder sua moto, mesmo sabendo que era quase impossível a amiga vencer. O que Lincoln não sabia era que quanto mais falava que a Woods não iria conseguir, mais sangue nos olhos tinha e mais vontade de concretizar todos seus planos desejava. Seus pais também lhe ajudavam, sentiam-se animados pela filha finalmente ter um objetivo bom: Conquistar o coração de uma garota. Claro que eles não sabiam nada sobre a aposta e com certeza a mais nova não iria contar.

Chegaram praticamente juntas a escola, o Ford Thunderbird 1995 de Clarke e a Harley Davidson FXST de 1990 de Lexa eram os únicos veículos que se encontravam estacionados no local. A mais baixa, sentia-se orgulhosa de si mesma por mais uma vez conseguir arrumar sua tão amada moto. Encontraram-se na recepção aguardando para adentrar a sala do diretor, Clarke foi a primeira a chegar e se encontrava sentada no pequeno sofá mexendo em suas redes sociais.

- Bom dia, Griffin.

Lexa desejou usando seu tom provocativo enquanto se aproximava de Clarke, a mesma nem se deu trabalho de levantar o olhar enquanto a morena fazia questão de jogar o corpo ao lado da mais alta. Seus olhos rolaram trincando a mandíbula para não se irritar logo pela manhã, aparentemente parecia impossível.

- O que será que ele quer com nós ainda? - voltou a falar, tentando iniciar um assunto.

 - Me deixar em paz significa não falar comigo, me olhar ou sentar ao meu lado.

Clarke falou com os olhos vidrados em seu celular, Lexa negou se mordendo para não mandar aquela loira longe. Se não fosse por sua moto. Jogou o corpo para trás, cruzando seus braços e apoiando a cabeça no sofá enquanto encarava o teto.

- O que fez nesses cinco dias?

Lexa era insistente quando queria e Clarke acabará de perceber isso, suspirando enquanto guardava seu celular na bolsa. Fez menção de levantar seu corpo, mas antes que o fizesse Lexa tocou seu braço a puxando de volta para o sofá.

- Vou ficar calada. - falou olhando para a loira que agora a encarava também.

- Não acredito.

- Prometo de dedinho.

Levantou seu mindinho em direção a Clarke, desviando o olhar para a mão cheia de anéis não conseguiu evitar de rir. Lexa era o que? Uma criança? Negou com a cabeça, mas apenas por diversão entrelaçou seu dedo no da mais baixa que sorriu, querendo falar algo, mas rapidamente fechou sua boca.

Be My Forever - ClexaOnde histórias criam vida. Descubra agora